sábado, 28 de fevereiro de 2015

Capítulo 19

- Tanara? - uma falou, já bem próxima de mim. 
- Oi.. - acenei, totalmente sem jeito. - Acho que... - olhei pra trás novamente, totalmente nervosa. O que eu estava fazendo?
- Você veio com o Luan?
- Que Luan? - ri, tentando disfarçar. 
- Somos fãs do Luan. - ela apontou pros outros, que também estavam se aproximando. Eu vou ser linchada em público. - Você não é a nova amiga dele? - falou como se duvidasse disso. 
- Aí meu pai... - balancei o celular, sem saber o que fazer. Pra quê eu fui descer?! 
- Fica calma... A gente não vai fazer nada. - um menino falou, rindo do meu desespero. Como ele ousa? Queria ver se fosse ele. 
- Eu não sei do que estão falando...
Sou turista. - imitei um sotaque estrangeiro e todos riram. Eles estavam achando engraçado? 
- Sério, Tatah Albuquerque? - a menina perguntou, com uma feição... Boa? - Olha, relaxa tá?! Estamos aqui esperando o gordo, mas como você desceu...
- Ele me avisou pra não descer! 'Boca de praga'. - resmunguei, não baixo suficiente. 
- Esse mesmo. - o menino riu. Olhei para os outros e a maioria pareciam "de boa", já que riam. Mas umas duas, estavam com a cara fechada, me olhando com desdém. 
- Que esse? - perguntei.
- Dá pra você parar e conversar com a gente normal? Já sabemos de tudo... E se você não parar com isso, vou tirar foto sua aqui e vender pro fc Lunara... - A menina falou, com as mãos na cintura.
- Sério gente, eu não quero apanhar... - falei, ainda atrapalhada. - Quê???? Aquele fc? Menina, brinque com isso não. 
- Awn gente... Ela tá com o boné dele! - outra se aproximou, uma ruiva. 
- Desiste moça, não existe mais desculpas... - o menino falou, sorrindo pra mim. Olhei pra cima, esperando alguém cair do céu para me salvar.
- Topa conversar com a gente numa boa? - a que havia chegado primeiro falou, irei titula-la carinhosamente de fã 1. 
- Topo. - me dei por vencida e eles comemoraram, com umas palminhas. 

As outras que estavam mais longe se aproximaram de uma vez e formaram uma rodinha. 

- Primeiro : Você está viajando com ele? - Fã 1, me perguntou. 
- Você é linda. - o menino falou. (Fã 2) - Tá rolando com o cantor?
- Ele beija bem? - Outra menina perguntou. Fã 4. 
- Gente, calma! - ri das perguntas. - Primeiro : Realmente somos amigos. Então, não sei se ele beija bem... - menti e eles me olharam desconfiados. - Obrigada, bixinho. - olhei pro menino, agradecendo. 
- E por que aquele fc postou a foto de vocês se beijando? - A ruiva perguntou. Fã 3. 
- Aí meu Deus... Esse fc é super nada a ver! Sério, não existe Lunara. 
- Vai dizer que esse boné não é dele? Ele postou foto hoje. - a mesma insistiu. 
- É dele... - respondi, sem graça. 
- Vocês estão no mesmo quarto???? - fã 6. 
- Não... - ri. 
- E por que você está viajando com ele?- fã 4. 
- Estamos em frente ao hotel... Vamos pra algum lugar? Movimento, caso vocês queiram me bater. - sorri sem graça e eles riram. 
- Não vamos fazer nada com você. - O menino, fã 2. 
- Tem um Mc donald's bem aqui do lado... - fã 7 falou. - Vamos?
- Vamos. - concordamos. 


•••

- Ei Tatah... Vamos voltar às perguntas! - fã 1.
- Não é melhor você contar tudo pra gente? Explicar, ué. - fã 5 falou e todos riram. 
- Sério gente... Eu não sei se posso! O Rafa pediu pra eu ficar no quarto... 
- Pode sim! Não vamos contar pra ninguém. - fã 6.
- A última que falou isso, fez um fc pra gente. - falei, fazendo careta.
- Eu já segui... - fã 2. - Eu shippo. 
- Nem venha... - falei, sem graça.
- Seu sotaque é engraçado. - fã 1. - É do
Nordeste?
- Sim... Ceará. - sorri, com a mão no queixo. 
- Sem mais delongas... Você vai ajudar a gente a esmagar ele ou não? Olha, eu vou morrer. - fã 4 falou eufórica. 
- Eu não sei... Juro que se pudesse, eu fazia isso por vocês! - falei, fazendo bico. - É 'mó frescura'... - falei e eles desanimaram. - Mas calma, tá?! Eu vou ver o que posso... Aliás, vocês não me bateram né?! - falei, sorrindo sem graça.
- Se eu pudesse, já teria feito isso. - uma que estava com a cara feia, se pronunciou pela primeira vez. Uma amiga repreendeu ela e eu ignorei.
- Vamos aos fatos! Você foi no altas horas com ele, a Bruna deu a entender que você era a mais nova amiga dela... Depois, você postou uma foto com a mesma capinha dele... 
- Vocês prestam atenção até nisso? Caralho. - ri, assustada.
- Somos quase o FBI. - respondeu, rindo também. - Mas enfim... Aí você postou uma foto dele no seu snap com um urso gigante e depois, postou a foto com o urso, o Vevê.
- Own gente... - tentei me pronunciar.
- Calma que tem mais! Boatos que ele foi acompanhado pro churrasco do Sorocaba...
- Antes da tatuagem. - sorri, pensando alto. PUTA QUE PARIU! O que eu falei??!???
- Que tatuagem? - ela arregalou os olhos. 
- Não, não... Lembrei dessa música! Uma tatuagem... - "cantei" disfarçando, sorrindo cínica e elas pareceram aceitar minha desculpa. 
- Sim, sim... Aí a menina lá do fc viu vocês andando pelo shopping, tirou foto de vocês se beijando no provador e pra finalizar lindamente... Estão viajando juntos! - terminou, sorrindo 'vitoriosa'.
- Posso explicar? Então tá! - ri. - Aliás, antes de tudo, eu sou fã! 
- A Jade também falava isso. - uma revirou os olhos. Vulgo, outra que também estava de cara feia pra mim. 
- Mas eu sou mesmo lindinha... Pesquisam tantas coisas, deviam pesquisar minha foto de 2010 com ele! - sorri, irônica. 
- Sério isso? - Fã 1 perguntou, toda derretida.
- Simm!! - fiz a mesma expressão. - Mas enfim.. Conheci ele numa batida de carro.. Nós brigamos. - revirei os olhos.
- Você brigou com seu ídolo? - fã 3.
- Ele falou que eu era a culpada, beleza? Eu não fui a culpada! - cruzei os braços. 
- Continua. - fã 2 riu.
- Aí beleza... Eu vim pra São Paulo e conheci ele 'pra valer'! Fizemos amizade e a Bruna me arrastou pra gravação do altas horas. - estava contando só o que elas questionaram. Contar tudo seria minha morte.
- Prossiga, gata. - Fã 3. 
- Ele rasgou um urso meu e me deu o Vevê...
- Vevê?
- Apelidei assim porque eu chamo ele de vesgo e ele que me deu, né?! - sorri, lembrando. 
- Ele deixou? - fã 5.
- Mesmo que achasse ruim. - balancei os ombros. - Enfim.. A capinha lá, ele me deu. 
- Vive te dando as coisas, hein?! - fã 1 fez cara de safada e eu ri, empurrando-a de leve. 
- O boné, eu que dei pra ele... 
- E por que estão viajando? - fã 6. 
- Ele me chamou, porque eu não estava fazendo nada... Estou numa 'férias'. - falei simples. Aquilo era verdade.
- Ah sim.. 
- Só isso gente! E o shopping... Eu fui comprar umas roupas e ele quis ir comigo. 
- E o beijo?
- Aquilo não era um beijo, foi só o ângulo da foto.. - desconversei. - Tudo explicado?
- Acho que sim. - fã 2. 
- O Rafa vai me bater! Sério mesmo. - falei, ajeitando o boné. 
- Rafa?
- Eu chamo ele assim. - sorri.
- E como ele te chama?
- Nem queira saber. - ri.
- A menina lá do fc Lunara... Postou a foto dela com você! Acho que só piora pro seu lado.. - fã 4 me entregou o celular. 



"@lunara : Para quem duvidou, aqui estamos nós! Eu e a primeira dama! Hahahahahaha. Ela é uma linda! Muito simpática, simples... (Atrapalhada 🙈) O mais lindo era o olhar dele nela... Gente!!!!! Não tem como não shippar um casal desse. Brilha ou não brilha? Brilha!!!!! ✨❤️ @tatalbuquerque @luansantana" 

Terminei de ler e não pude deixar de sorrir. Que louca! 

- Meu Deus.. - ri, sem jeito.
- O Lu viu isso?
- Viu. 
- Fez o quê? 
- Mandou eu ignorar.
- Aí pai... Como ele é?
- Pra mim? Irritante. - fiz careta. 
- Vamos para as fotos!!!!! - fã 7 falou, animada.
- Deixa eu ver esse seu óculos? - perguntei pra ela, que me entregou o objeto. 

Levantamos e começamos a sessão. Eles eram muito divertidos e confesso que eu estava gostando. Tirei quase com todos, menos com as duas que viravam a cara pra mim. Ou melhor, observavam tudo mexendo no celular. 

- Tatah... Você vai ajudar a gente? Faz tanto tempo que tentamos! - fã 1 falou.
- Gente... Eu até pensei numa coisa... Mas vocês vão prometer pra mim que vão colaborar! 
- Vamos sim!!!!!! - falou, eufórica. 


Luan's POV. 

Deixei a Tatah no meu quarto, para ir fazer a entrevista na rádio. Queria muito levar ela, mas depois desse tal instagram que criaram, era melhor ela ficar escondidinha! 

Foi rápido até. Atendi algumas fãs e no meio do caminho para o hotel, ela me ligou. 

- Oi Rafa! - falou amorosa. - Você tá perto?
- Tô sim... Por que?
- Olha, não briga comigo.. 
- O que você aprontou? 
- Aí que calúnia! - se fez de ofendida. - Vai brigar?
- Fale logo, muié. 
- Eu desci pra dar uma volta e tinha uns fãs seus me esperando..
- Aí minha nossa senhora! - respirei fundo. - Falaram com você? Te reconheceram? 
- Sim. Mas calma que eles são gente boa...
- Você é louca. 
- Dá pra você escutar? Que saco, hein. - bufou. - Os bixinhos Rafa, estão na frente do hotel há horas... 
- Você falou algo? Explicou algo? Tatah, pelo amor de Deus!
- Relaxa, cantante! Eu não falei nada demais. 
- Acho bom..
- Tem como arranjar 12 pulseiras de camarim?
- O que?
- Eu já fui fã. Atendimento na van é tão sem magia.. Eu acho que eles merecem mais! Foram muito legais comigo, Rafinha. 
- Você não pode sair tentando ajudar todos os meus fãs! 
- Ei, querido! São só eles... Vai arranjar ou não? Não custa nada! Entra gente que nem é fã, vei. 
- Não sei, Tatah... - cocei a cabeça. - Tem que ver aqui.. 
- Você é o cantor ou não, porra? 'Armaria'.
- Como é que é? - ri. - Fale direito...
- Uma coisa que eu não sou é obrigada! Falo como eu quiser, principalmente se tratando de você.. 
- Larga de ser atrevida! 
- Larga de ser pau mandado.
- Tudo bem Tatah, arranjo as pulseirinhas.
- Alias, nem é arranjar, Rafa! Você é o cantor... Se quiser que 30 mendigos entre, 30 mendigos vão entrar. 
- Já entendi... - ri. - Muito marrentinha pro meu gosto! 
- Sério, ninguém entende a vida de fãs! Afu. 
- Você tá aonde?
- Um pouco afastada deles, mas estávamos comendo.
- Você saiu com eles?
- Quê que tem?
- Aí meu Deus! Onde vocês estão? 
- No MC.
- Como foram? 
- A pé. 
- Vou te buscar aí...
- Depois eu sou a doida... Vai pro seu hotel, vai! Não estou com pressa, meu amor. 
- Ih, a lá! Cê vai agora...
- Tchau, Rafa. - antes que eu falasse algo, ela desligou na minha cara. 

•••

- Isso são horas? Você chegou no Rio agora, sua doida! É perigoso. - falei, quando ela entrou no quarto. - Cê foi com meu boné?
- Não. Achei esse na rua... Parecido né?! - sentou na cama, rindo. 
- Tão engraçadinha, ocê... - joguei um travesseiro. - Eu estava preocupado. 
- Já cheguei, bebê! - se aproximou, me dando um beijo na bochecha. - Quer ver as fotos? 
- Tiraram fotos com você? 
- Não, Rafa... Tô perguntando se você quer ver as fotos que eu tirei das árvores do Rio de Janeiro... 
- Cê para, hein! - lhe acertei com o travesseiro outra vez. 
- Meu celular descarregou... Posso entrar no meu instagram, pelo seu?
- Não. - falei firme, lembrando do que eu tinha feito noite passada. 
- Por que?
- Porque não! 
- Credo, Rafa. - levantou. - Já arrumou um quarto pra mim?
- Estão todos ocupados. - menti. Não tinha precisão dela ficar em outro quarto. 
- Af! Nem você sendo o cantante, consegue?
- Nem eu sendo o cantante. - lhe encarei, sorrindo. 
- Vou ter que ficar com você?
- Se quiser ir pro quarto de outro hóspede... 
- Palhaço! - sua vez de me lançar o travesseiro. - Eles me perguntaram se você beija bem. - falou, olhando pro teto. 
- Sério? - ri. - E ocê respondeu o quê? - fiquei de frente pra ela. 
- Que não sabia, ué! - riu, sem graça. 
- Vou te ajudar a responder eles.. - fui chegando mais perto, lentamente. Com um sorriso travesso. Ela continuava sem graça. 
- Não precisa... - colocou a mão entre a gente, na tentativa de me empatar. 
- Além de empata foda, vai ser empata beijo? - perguntei, segurando a risada. Ela fez cara de ofendida e me empurrou de leve. 
- Você para, hein.. - falou, com um sorrisinho de lado. 
- Fica se achando né?! Porque eu peço beijo.
- Talvez... - riu.
- Nem se iluda! Só gosto da sua boca mesmo. 
- Que pena que pra beijar ela, tem que aturar a dona dela...
- Pena mesmo! Mas eu tô levando.. 
- Aí, Luan! Vai ver se eu tô lá na esquina. - falou, emburradinha. 
- Aí, Luan! - imitei-a. - Isso tudo pra ganhar um beijo... Depois não sabe porquê tá encalhada! Você não pode tá escolhendo não, tem que mais fácil. 
- Você deve estar me confundindo! Não troco meu jeito pra ganhar nem 1 milhão, imagine um beijo seu... 
- Então é assim?
- É. 
- Então fica com seu beijo.
- Fico. 
- Pronto.
- Pronto. - nos encaramos sérios e depois rimos, começando um beijo. 

••• 

- Borá, Tatah! Você demora demais! - jogava o celular pra cima, enquanto a esperava. 
- Calma, Rafa! Falta só os brincos... - passou por mim, indo até a bolsa. Já perdi as contas de quantas voltas ela já deu nesse quarto. - Pronto! Tá bom? - perguntou, parando na minha frente. 

Estava com um shortinho preto, uma blusa branca e um casaco preto. Sei lá o nome daquilo! 

- É... - fiz cara de desdém e ela riu. - Esse saltão é pra disfarçar que ocê é anã?
- Esse saltão é pra dá na sua cara. - falou, me mostrando o dedo do meio. 
- Pikitinha, Pikitinha! Cê fala direito comigo. - ri, levantando. Olhei pro instagram novamente e tinha uma foto dela... - Acho que aquele trem atacou de novo! 
- Que trem? 
- O FC lá... Acabou de postar, oh.. - mostrei o celular. 
- Aí meu Deus! - colocou a mão na testa. 



"@lunara : Olha aí! Tatazoca hoje mais cedo, atendendo os fãs! Ela não é um amor, gente? Os tais fãs, falaram que ela é mega divertida e não colocou problema algum em falar com eles! Com um pouco de medo (como na minha vez) mas muito simpática! Falaram também que ela negou qualquer tipo de envolvimento com o Luan.. Mas, viajar é mega coisa de amigos, né?! Claro que acreditamos! Reparem que ela está com o boné que ele postou foto mais cedo... Estou apaixonadaaaa! Hahahahaha. (Depois posto as fotos deles com ela) Brilha! ✨😍 @tatalbuquerque @luansantana" 

Terminou de ler me encarando e eu balancei os ombros.
- Te avisei né.. 
- Aí, Rafa! - me olhou preocupada. - Desculpa. 
- Não tem problema, Pikitinha... 
- Acho melhor eu ir embora.
- Deixa de bobagem! Só me comunica da próxima vez! - mexi na mecha do seu cabelo. 
- Eu sou estou te prejudicando... - falou, com o maior bico do mundo.
- Para, Pikitinha! - a abracei, fazendo sua cabeça ser apoiada no meu pescoço. Tão cheirosa. - Você sabe que cê é meu amorzinho... 
- Sou o quê?
- Gosto de você, de andar com você. 
- Primeira vez, Brasil!!!!!! Alguém gravou?
- Besta. - ri, passando as mãos no seu cabelo. 
- Também te amo, amor. - ficou de ponta de pé e me deu um beijo no rosto. 
- Tá indo toda arrumada pra ver se desencalha no meu show, é?! 
- Quem sabe?
- Ih, a lá! Nem se iluda. - ri, sem muito humor. 
- Por que?
- Só tem muié. 
- Que nada! Nos shows que eu ia, paquerava que só... - piscou, me fazendo arregalar os olhos. - Tô brincando! Eu namorava... - riu, sem graça.
- Ele ia sempre com você?
- Aham. 
- Você gostava?
- Claro! Me colocava nos ombros. 
- Hum...
- O bom te ter namorado! Isso é a coisa mais fofa, acredite... 
- Mas ele era assim, só que aprontou com océ, né?! 
- Foi. - riu. - Nem lembro mais.
- Porque ele é inútil. Se eu fosse o namorado, você só saberia chorar! Aí que saudade... Como ele beijava bem, fodia bem...
- Luan! - me deu um tapa, rindo. - Ele fazia essas coisas bem, também. - falou cínica.
- Credo. 
- Oxe! 
- Vamos pro show, né?! Vamos. - me soltei dela, sem graça. E ela riu. 


•••

- Obrigada Tatah, de verdade! - uma fã a agradecia, enquanto me apertava. Ela apenas sorriu sem graça. - E oh, hoje eu te coloco no grupo lá! - piscou, fazendo ela rir. 
- Tá bem! Vai ser legal. - respondeu.
- Que grupo? - perguntei e me olharam sapecas. - o grupo de fã que a Tatah conversou durante a tarde - 
- Aceitaria entrar no nosso grupo no WhatsApp, Lu? - uma perguntou, fazendo a outra segurar a risada.
- Não viajem... 
- Uai, a Pikitinha entrou? 
- Rafael! - me olhou brava, fazendo eles rirem. 
- O que foi, Pikitinha? - falei de novo e ela me repreendeu de novo, com o olhar. 
- Acho que descobrimos o apelido... - o fã homem falou, fazendo eu me tocar do que ela estava falando. 
- Ah... - passei a mão no cabelo, como um pedido de desculpa. 
- Sim Lu, ela vai estar! 
- Então eu topo! 'Nois lá'. - sorri pra ela. 
Ela balançou a cabeça negativamente, sorrindo. Eles fizeram uma cara desconfiada. Não entendi. 
- Posso tirar uma foto de vocês? 
- Quem? Eu e o Rafa? - Pikitinha se pronunciou. 
- Sim. - respondeu, toda derretida.
- Uai, pra quê?
- Vocês não tem fotos juntos! Vamos melhorar né?! Vai Tatah, abrace ele. - puxou a Tatah pelo braço. 

Ela ainda meio sem jeito, me abraçou de lado e eu fiz a mesma coisa. 

- Pronto! Lindos! - a menina falou, guardando o celular. 
- O tempo acabou! - Rober avisou. - Vamos. 

•••

- Cê gostou do meu show? Assim... De um lugar melhor. - sorri, sem jeito. Ultimamente estava ficando muito sem jeito perto dela. 
- Amei. - riu. - Já estava com saudade... Você vai lá na minha cidade só uma vez no ano. 
- Ah, eu não tenho culpa né... - conversávamos baixinho, indo para o quarto. 
- Eu sei. - sorriu sem jeito também. Mas o que está acontecendo? Que droga. 
- Pois é. - passei a mão no cabelo. 
- Sério que não conseguiu outro quarto? 
- Sério. - menti. - Não tem problema cê dormir comigo... Vai dizer que tá com vergonha? - perguntei, abrindo a porta.
- Não, claro que não! - riu. 
- Eu não mordo. - sorri... Safado. - Ah não ser que você queira. - falei, a encarando. 
- Não, obrigada. - sorriu irônica. - Algumas meninas tiraram foto comigo... 
- 'Óia' como cé é sortuda! Gostaram 'docê'. 
- Acho que tinha uma gravando, até! Na música nega. 
- Hum... E você tava dançando? - me aproximei. 
- Eu não sei dançar. - riu. 
- Uai... Cê tem vontade de ser nega? 
- Quem não tem? Eu tinha. 
- Ser nega agora agora... Não vai dá! Tá faltando o público, a banda e tals. Mas como eu adoro realizar sonhos... Posso realizar o seu. - me aproximei mais ainda, encarando sua boca.
- Como? - riu. 
- Assim oh... - peguei no seu cabelo, lhe dando uma juntada em seguida. Me esforcei para ser a melhor juntada da minha vida. E pela sua cara, acho que consegui. 
Ainda de corpos colados, nos encarando, ela sorriu.
- Seu louco. 
- Que nada! Não pode realizar o desejo de uma amiga? 
- Pode. 
- E você também pode... - fui aproximando nossas bocas. 

E quando íamos nos beijar, o seu celular tocou. 

Me empurrou, sem jeito. 

- Oi Cris. - atendeu. - Como assim? - respondeu e pela sua cara, ela explicava o que tinha falado. - Que merda! - me olhou, preocupada. - Vou ver aqui. - falou por último e desligou, me olhando triste. 

- Olha meu instagram. - foi a única coisa que ela disse. 
- Mas por que?
- Olha logo, Luan! - falou nervosa e séria. 

Assim que abri o meu, vi a postagem do tal fc pra gente. 



"@lunara : Eu já sabia(8 Lá lá lá lá... Estão ouvindo meus gritos? Olha quem tá assumindo! Primeira fotita deles... E essas carinhas? Gente, que lindos! Estão começando a assumir. Isso foi hoje, no show dele no Rio de Janeiro. Tirada pelos fãs que ela conversou hoje a tarde. Como assim? Simples! Ela pediu pro Luan pulseiras do camarim, para eles. Ela não é um amooooor? Como não shippar? E como negar o que está acontecendo? Viajando juntinhos 😍 Será que isso vai até quando? Ai meu coraçãooooo! Brilha ou não brilha? Brilha! ✨ @tatalbuquerque @luansantana."

Terminei de ler e ela encarava o chão, sentada na cama. 

- Isso? - perguntei.
- Vai no meu instagram, Luan.

Fiz o que ela pediu e entendi sua chateação. Sua última foto estava lotada de comentários maldosos... Estavam infernizando ela, assim como fizeram com a minha ex. 

- Tatah... - fiquei totalmente sem jeito. 
- Faz alguma coisa Luan! Você nunca se pronuncia nessa merda. - bufou. - Sempre assim... Não impôs limites no começo e agora se faz de abestado. - falou... Com raiva? 


Eitaaaaaa! Tatah parece que não gostou muito, né?! Será que ela vai aceitar isso de boa? Sei não hein... Ela não é obrigada! Hahahahahaha. Esse fc causando... Ui ui ui. (Essa foto é de um fc shipper da nah e do luan,  obrigada @affectionlunalia) Espero que gostem! Pela demora... 10 comentários e eu posto outro hoje! Beijos (: 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Capítulo 18

Dedico pra Isla Luíza, que aniversariou dia 15/02. Parabéns lindona! :) 



- AI MEU DEUS!!!!!!!! - Ouvimos outra voz, aguda.
- Não grita, muié, pelo amor de Deus! - ele se afastou de mim, tentando acalmá-las. Eram duas fãs. Nem falaram nada, só entraram no provador também, o abraçando. Ela sorriu sem jeito pra mim, elas tinham visto nosso beijo. No começo, não ligaram muito pro que viram, só falaram algumas coisas pra ele, enquanto tiravam fotos. Ele respondia "obrigado", sorrindo com os abraços fortes que elas davam. Fui pegando as roupas disfarçadamente e saí, para poder pagar tudo. Eles saíram do provador e percebi que elas faziam algumas perguntas relacionadas à mim. 

- Vocês estão namorando? - uma perguntou pra mim, enquanto eu tirava o cartão da bolsa. 
- Não! - respondi, o encarando. - É que...
- Relaxem! Não vamos contar pra ninguém. - A morena falou, sorrindo. - Vocês são amigos né?! Sei.
- Somos amigos mesmo! - dei ênfase, sorrindo. 
- Cê já passou as roupas, Pikitinha? - ele perguntou, olhando se não vinha mais fãs. 
- Relaxa, Lu! Acho que não tem nenhuma gangue... - a loirinha falou rindo. - Nós seguimos você, por isso pegamos no flagra! - falou me olhando. 
- Ai meu Deus... - entreguei o cartão, quase tremendo. 
- 'Nóis só tava...' - tentou se explicar, com a mão no cabelo. 
- Tanara, né?! - loirinha perguntou e eu assenti. A moça que estava passando as roupas nos olhava estranhamente. Ela já havia tirado foto com ele. 

Os três ficaram conversando enquanto eu terminava. 

- Rafa.. - o chamei, mostrando as sacolas. 
- Calma, Tatah! - a morena falou. - Meu nome é Priscila. - sorriu.
- E o meu é Beatriz. - a outra falou. 
- Eu não sou antipática gente, sério mesmo! Mas eu...
- Você está nervosa, pelo o que a gente viu. - Priscila falou simples, me deixando um pouco constrangida. Pelo menos elas não são as possessivas. - O Lu nos contou... Já shippo! - falou rindo. 
- O que você contou? - o fuzilei com os olhos. 
- Depois te conto... Vamos? - falou sem graça. 
- Pera! Posso tirar uma foto com você, Tatah?! - Priscila perguntou.
- Claro... - sorri, entregando as sacolas pra ele e me aproximando dela. 

Tiramos várias! Caretas, sorrisos, bicos... E eu confesso que relaxei um pouco. 
A Beatriz também tirou, mas depois voltou a abraçar ele. Depois de um tempinho, nos despedimos pedindo para que elas não contasse para ninguém, o que viram.


- Se elas contarem pra alguém, eu tô lascada! - falei, levando algumas sacolas. 
- Eu acho que elas não vão fazer isso.
- Vamos ter fé! - disse olhando pra trás e ele me puxou, para um abraço. 
- Larga de ser besta! - falou rindo e eu o olhei feio. 

•••


Depois do susto, ainda passamos em algumas lojas. Adivinha? Comprar pra ele também. Segundo ele, para aproveitar a ida ao shopping. Eu tentava ajudar, mas ele tinha um gosto estranho! Nos resultou em algumas roupas e boas gargalhadas. Devo citar que ele brigou comigo, por eu ter pagado as minhas roupas. Pode uma coisa dessa? 

- Foi bom demais! Mas agora eu tenho que arrumar as malas...
- Depois das mil roupas que você comprou, você pode viajar até um mês comigo. 
- Hahahaha. - mostrei a língua. - Estava precisando mesmo... 
- Não vai caber nem no seu quarto.
- Quero ver quando eu voltar pra Fortal! Não vai dá. - ri e ele fechou a cara. - Que foi?
- Nada. - ajeitou a touca. 
- Lembrei de uma coisa que eu comprei pra você...
- Oba! O quê? 
- Nem se anima. Foi besteira. - sorri sem graça. - Deixa pra lá... 
- Não! Eu quero, uai.
- Me ajuda a subir com as sacolas que eu te dou.
- Me dá, é?! - falou com segundo sentido e eu lhe dei um tapa, negando suas palavras. - Borá. - abriu a porta do carro com o celular na mão. 

Para o nosso azar, o Gabriel estava na sala. Entramos rindo e quando o vimos, ficamos sérios. Ele não gostava do Luan e deixava claro! Não sabia que uma aposta com seu amigo causaria isso. 

- Oi, Biel. - sorri e ele só acenou. - Mal educado! - bufei, indo para a escada. Luan me seguiu, segurando a risada. 

- Ele não superou a brincadeira que fizemos com o Júlio? 
- Não. - coloquei as sacolas na cama. - Depois eu que sou a dramática. - balancei os ombros. 
- Posso fazer nada. - fez o mesmo. - Cadê minha surpresa? - esfregou as mãos, como se estivesse ansioso. 
- É uma besteira Rafa! - ri sem jeito. - Só lembrei de você e decidi comprar.
- Pega logo isso! 

Fui até o closet e o peguei, meio envergonhada. Não chega aos pés do urso que ele me deu! Pra quê eu fui falar? 

- Tá vendo? Uma besteira. - falei entregando um boné. 
- Que massa! - pegou, animado, me surpreendendo. 
- Gostou? - perguntei, surpresa.
- Amei demais, Pikitinha! - tirou a touca e colocou na cabeça. - Óia que top! - foi pra frente do espelho, ajeitando. 
- Ah, que bom...
- Valeeeu! - falou sorrindo, que nem criança quando ganha um brinquedo que muito almejava. Não acredito que ele realmente gostou! 
- Nem chega perto do que você me deu, mas... - tentei me explicar e ele me olhou feio. 
- Para com isso! Eu gostei demais da conta. - sorriu de novo, vindo me abraçar.  - Tô com preguiça de ir pra casa.. - deitou na cama, se esparramando. - Experimenta as roupas ai pra eu ver! - falou safado e eu lhe mostrei o dedo do meio. - Uai, Pikitinha...
- Tão gaiatinho, né?! - falei e ele riu. 
- Vem cá! - empurrou as sacolas, batendo na cama.
- Quê? - perguntei, desconfiada.
- Uai... Só tô te chamando! Senta aqui. - me olhou safado. 
- Não. - sorri forçado. - Vou guardar as coisas. - peguei uma das sacolas e fui tirando. - Você me disse ontem que ia viajar hoje a noite.. 
- Mudança de planos. - falou simples, girando o celular. 
- Hum... Tem certeza que não vai ter problema eu ir?
- Claro, Pikitinha. 
- Eu não sei não... Aquelas meninas já viram nosso beijo. 
- Elas não vão fazer nada, relaxa.
- Elas podem espalhar, Luan Rafael!
- Elas prometeram que não. 
- Você confia?
- Tem que confiar né. 
- Eu tô com um mau pressentimento dessa viagem... Elas vão juntar as peças e falar que estamos tendo algo!
- É... Eu também pensaria isso. - falou calmo. Qual era o problema dele?
- Somos amigos e eu não quero morrer à toa! 
- Exato, Tatah. Mesmo que elas pensem besteira, espalhem... Somos só amigos! Não estamos omitindo um namoro, estamos omitindo uma amizade. 
- Foi tão rápido né... Não sei se deveria confiar tanto em você! - falei sorrindo sapeca.
- Uia.. Cê que sabe! - riu. - Até que eu gosto de você, sabia?! - levantou, se aproximando. 
- Sabia. Sou amável.
- Tão amável e está encalhada. - me abraçou, rindo. 
- Obrigada por passar na cara.
- Meu defeito é a sinceridade, ué.
- Você também está encalhado, sabia?! - tentei reverter o jogo. 
- Sabia. - beijou meu pescoço. - Mas é só eu estalar os dedos que eu tenho a namorada que eu quiser... Estou por opção minha. 
- Eu também estou por opção minha, tá?!
- Não está, não. - riu. - Ninguém te quer. 
- Me apresente esse ninguém. - sorri.
- Oh aí, tá vendo?! - gargalhou baixinho. Eu adorava aquela risada. 
- Mas sério, Rafa, eu não quero me envolver com ninguém... O Erick me machucou demais e eu não estou disposta a enfrentar isso novamente, não tão cedo. 
- Nem todo homem é igual, Tatah. 
- Só mudam de endereço.
- Nada a ver. - mordeu meu ombro. - Eu nunca traí nenhuma namorada.
- Você é você.
- Então não diga que os homens são todos iguais.
- Quem disse que tu é homem? Tu é uma "besha vesga". - falei rindo e ele me mostrou o dedo do meio.
- "Armaria!" Não é assim.. Eu te chamo de bicha, você fala que vai me mostrar a bicha e me beija, entendeu? - virei, ficando de frente pra ele. 
- Não entendi. - mordeu os lábios, me encarando. Fiquei de ponta de pé e tentei lhe beijar, mas ele se esticou dificultando ainda mais. Tentei mais uma vez e ele continuava intacto. - Você não sabe brincar. - cruzei os braços emburrada e ele riu. 
- Eu sei brincar, sim. - Pegou no meu cabelo, aproximando seu rosto e em milésimos, estávamos em um dos nossos maravilhosos beijos. 
- Acho que isso é uma amizade colorida. - falei, em uma pausa para o fôlego. 
- Não é.
- É.
- Que seja. - ia começar outro, mas eu o impedi com a mão no seu peito. 
- Amizades coloridas não dão certo. - falei, receosa. - Ou acabam em namoro, ou acaba a amizade. 
- Não vamos namorar. 
- Não quero perder sua amizade.
- Não vai, relaxa! - riu, baixinho. - São só uns beijinhos... Enquanto eu tô na seca e bom, você também. 
- Ei! Eu não gosto de ser usada. - falei sorrindo, tentando disfarçar. 
- Qual é, Tatah? Você está carente que eu sei. Só aproveita. - Veio pra cima de mim novamente e dessa vez eu não recuei. Eu estava traindo minha razão e meu coração. Mas o que eu podia fazer? Eu amava nossos momentos de carinhos, que só acontecia nos beijos. Escutei a voz da minha mãe e lembrei que já era tarde. Não seria legal ela ver ele no meu quarto à essa hora. 

- Minha mãe, Rafa! - falei ainda entre o beijo. 
- O quê que tem? 
- Ela não vai gostar muito de te ver aqui.
- Por que? Ela gosta de mim.
- Já olhou as horas? Já percebeu que estamos sozinhos no meu quarto?
- Ah... - coçou a cabeça, sorrindo sem graça. 
- Fica quieto. - falei me afastando. Tranquei a porta e pedi silêncio pra ele.
- Tatah... - bateu na porta. 
- Oi mãe...
- Pra quê essa porta trancada?
- Já tô deitada e quis trancar. - Deus me perdoe pela mentira. 
- Hum... Boa noite.
- Benção?
- Deus te abençoe. - falou por ultimo e eu ouvi seus passos se afastarem. 


Rafa segurou a risada e sorri, aliviada. 

- E agora? Como que eu vou embora?
- Aí Rafael... Você só me complica! - coloquei as mãos na cintura, procurando uma solução. - O Gabriel está lá embaixo.. 
- Por isso mesmo. - deitou de novo. - Não tem problema eu dormir aqui, Mamusca deixa. 
- Hahaha, que mãe legal! - sorri irônico. 
- Xumba é massa mesmo. - sorriu simples, tirando o sapato.
- Garoto, você não vai dormir aqui! - falei, agoniada. 
- Você que quis esconder que eu estava aqui...
- Aí meu Deus! 
- Relaxa, amanhã cedinho eu vou embora. 
- Não, Rafael.
- "Não, Rafael". - imitou minha voz. - Cala a boca, tampinha. Você não manda em nada! Vou dormir aqui e acabou. 
- Rafa, é sério... Não rola. Anda, levanta! 
- Rola sim. - sorriu, safado. - E se quiser, rola outras coisinhas. 
- Você é muito folgado. 
- Tá com vergonha de quê? Eu já dormi com você e bom... Já fiz outras coisas com você. - secou meu corpo. 
- Você poderia ser um estuprador, né?! Acho que não devia confiar. 
- Não gosto de fazer a força, gosto de dar prazer pra garota também. E outra, não transaria com você.
- Hahahaha... Obrigada! Ainda bem que não tenho problema de auto-estima.
- Devia ter.. O Luan Santana está falando isso. - fez cara de "fodão" e eu ri.
- Não é qualquer cantorzinho que vai estragar minha auto-estima. 
- Af. - bufou. 
- Rafael! Levanta!
- Não. 
- Eu vou te levantar daí à força. 
- Hahahahahahahahahahahahhaa.
- Tô falando sério.
- Vai crescer, muié. 
- Aqui é meu quarto, sabia?! 
- Você não manda nem em você, sabia?!
- Aí Luan, vai se fuder.
- Não. Já disse que não quero foder você.
- Eu sou tímida, tá?! Pare de falar essas coisas.
- Tadinha gente... - falou e eu fiz cara de inocente. 
- Se eu tivesse um namorado, ele resolveria isso pra mim... 
- Cê tá querendo muita coisa difícil, hein?! Transar comigo, ter um namorado...
- Eu não quero transar com você, garoto.
- Tá bom... - riu, ignorando o que eu falei. 
- É sério! Só porque eu sou sua fã não significa que eu queira transar com você...
- Significa sim. 
- Luan!!!!
- Uai. - riu. 
- Viado. 
- Não espalha, muié! Bicha assumida não vende CD. - falou com uma voz de gay e eu não me controlei, soltei uma gargalhada. 
- Sempre desconfiei. 
- Segredinho nosso hein...
- Tá bom, linda. - falei, pegando o celular. 
- Como cê prefere seu nome no meu celular? Pikitinha, Empata Foda, Encalhada ou Tampinha? - perguntou mexendo no celular.
- Eu prefiro que você vá embora.
- Assim eu vou ficar magoado hein.. 
- Ai Luan! É sério! A gente vai viajar amanhã e se você dormir aqui, vão ver. 
- Tá bom, coisa chata! - levantou, fazendo bico. 
- Obrigada por cooperar! Agora eu vou descer pra ver se tem alguém lá em baixo... Fica caladinho aí! 
- Beleza. - fez "joinha" e voltou a mexer no celular. 

Desci, cautelosamente e graças a Deus não tinha ninguém na sala. Chequei nos outros cantos e estava tudo limpo. 

Subi e o avisei que ele já podia descer. 

Saiu reclamando, segurando as sacolas. 

- Amanhã, cedo. 
- Tá Rafa... Anda!
- Obrigado pelo boné, massa demais. - sorriu pra mim, parado na porta. 
- De nada! Não sei como você pode amar essa besteira se me deu coisa melhor...
- Você comprou pensando em mim, num foi? Além do mais eu amo esse tipo... Sério, amei, Pikitinha. - sorriu de lado. 
- Tão humilde... - sorri, encantada. Quando percebi que ele podia notar minha cara de apaixonada desmanchei, fazendo ele rir. Não que eu esteja apaixonada, foi só a feição. Eu não estou apaixonada. 
- Combinamos nisso! Até que ocê não é fresca... 
- A diferença é que eu sou humilde por obrigação! Sou pobre fofo. - ri leve.
- Tô vendo sua pobreza... - olhou ao redor. 
- Aí Rafa! Anda, vai! 
- Acho que seu plano falhou. - olhou pra fora. 
- Por que? 
- Meu carro tá aqui... Acho que sua mãe viu. - fez uma carinha fofa e corria riscos de levar mordidas.
- É mesmo oh.. Deixa! Só vai embora.
- Valeu viu?! - fingiu chateação. 
- Você sabe que eu te amo... Mas vai logo! - sorri, agoniada.
- Você vai amanhã?
- Já falei que vou... Comprei até roupas! - ri, olhando pra trás. 
- Se ocê não for..
- Rafa, pare de coisa! - o repreendi, sem jeito. 
- Então tá! Tchau... - falou, sem se mexer. 

Segurei o sorriso, encarando ele. Aquela situação estava no mínimo engraçada. Ele estava parado, sorrindo pra mim. Ele devia ter saído, não devia?

- Sabia que eu estava esquecendo alguma coisa! - falou, levando a mão para a testa. 
- O quê? - passei o olhar nas suas coisas, tentando desvendar o que ele tinha esquecido. 

Ele não me respondeu. Simplesmente colocou as coisas no chão e pôs as mãos na minha cintura. Assustada, o encarei e ele mantinha o sorriso cafajeste. Antes que eu falasse algo, ele abaixou o rosto. Sim, iniciou outro beijo.


 Me pegando totalmente desprevenida. Me pegando literalmente. 

Não tinha muita lógica o que andávamos fazendo. Mas pra quê lógica? 

- Era isso. - falou, após parar um demorado selinho. 
- Você é tão gaiatinho. 
- Gosto da sua boca, ué.
- Cara de pau também. 
- Não concordo com você.
- Vai embora! - falei em meio um sorriso. 
- Só porque pediu com jeitinho... - tirou as mãos de mim, se afastando. Quando pensei que ia embora de verdade, me roubou mais um selinho. Foi tão rápido que mais tarde eu iria rir desse acontecimento. Pegou as sacolas e saiu, com aquele jeitinho faceiro. 


Luan's POV. 

Eu realmente não me controlava perto dela. É minha amiga, mas tem um beijo tão bom... Não sabia decifrar o que acontecia comigo, quando estava perto dela. Beijo bom. Pessoas gostam de beijos bons. Então tá explicado. Eu estou normal. 

Cheguei quando todos já dormiam - ou não - Mas as luzes estavam todas apagadas, o que me levou a deduzir isso. 

Subi, guardei minhas compras e encarei o boné. Posso dizer que achei fofo da parte dela? Não que ela seja fofa... Ela não é fofa! Ela é doida. Mas eu gostei, amei aliás. Guardei ele é tirei a touca, me jogando na cama em seguida. 

Peguei meu celular e fui para a minha galeria. As fotos que eu havia tirado dela tinham ficado engraçadas e teve uma que me achou atenção. Ela ficou mais natural... Posso titula-lá de linda? Vulgo, a foto. 

Fiquei um certo tempo olhando pra ela e me vi sorrindo. Doidinha. Sem pensar muito, coloquei na minha tela de bloqueio.



Tomara que ninguém veja! Como vou explicar algo que nem eu entendi? 

Tomei um banho e peguei no sono.

•••

- Dá pra você sair desse celular? - reclamava com a Tatah, que não parava de mexer um minuto se quer! 
- Eu nunca tinha vindo no Rio!!! - falava olhando pela janela da van.  
- Está vendo? Estou lhe proporcionando passeios... Devia cobrar! 
- Desculpa aí se foi você que implorou pra eu vir! - falava, rindo. 
- Foi, Boi? - Rober perguntou, atrás da gente. 
- Que nada, Testa! Mentira dessa empata foda. 
- Aham... - fingiu concordar, fazendo ele rir. 
- Sai desse celular, muié!! - tomei.
- Me dá, eu tô no snap! - esticou a mão. 
- Vai parar e me dar atenção?
- Não. - riu, simples. - Devolve, Rafa. 
- Não. - imitei seu riso. - Deixa eu ver suas fotos...

Antes que eu começasse a mexer, o instagram enviou uma notificação de um novo seguidor. Ela pegou rapidamente, arregalando os olhos em seguida. 

Tanara's POV. 

Tínhamos chegado no Rio de Janeiro, cidade do show de hoje. Estávamos indo pro hotel, quando o Rafa roubou meu celular. Antes que ele começasse a mexer, fui avisada de um seguidor. Uma solicitação para me seguir. Arregalei os olhos para ver se aquilo era verdade... Não podia ser! 

Usuário "lunara" deseja lhe seguir. O que seria aquilo? Curiosa, fui até o seu perfil e desejei não ter visto isso. 

Era um fc shipper, para mim e o Luan. E advinha? A primeira foto era nós dois nos beijando no elevador. Maravilha. 

- O que foi, muié?
- "Elas não vão contar pra ninguém..." - o encarei. - Elas realmente não contaram! Olha o que as bixinhas fizeram. - joguei o celular nas suas pernas.  
- Porra. - também arregalou os olhos. 
- E agora?
- Acho que não dá pra ver que é a gente...
- Por causa dessa foto, ela já está lotada de seguidores!!! - murmurei, preocupada. 
- E os seus seguidores?
- Várias solicitações aqui...
- Deixa eu olhar no meu.. 
- Eu não acredito que isso está acontecendo comigo! Meu fim está próximo. - falei, fazendo bico de choro.
- Larga de ser dramática... - riu, olhando a tela do celular. 
- Você virou assunto nos meus  comentários. 
- Aí meu Deus!!!!! 
- Relaxe... É só negar. 
- Eu vou embora. 
- Tá louca?
- Se elas me verem, vai piorar tudo... Não, não! Eu vou embora de verdade. - peguei o celular, vendo a biografia dela. 
- Deixa de coisa... Só ignora! 
- Como ignorar uma coisa dessa? "Ontem, eu estava no shopping com a minha amiga quando vi sabe quem? O Luan! Sim, meu ídolo. Sorte tremenda né?! Mas seria muito louco ser ele ali, naquelas horas... Ainda estava com uma mulher, que diminuía as possibilidades! Mas nós seguimos o "casal" e quando eles entraram numa loja, ficamos de tocaia. A cada olhar, parecia mais com ele... Mas quem seria ela? Eu já estava quase chorando, juro!!!! Me aproximei mais ainda e vi eles entrar no provador... Pronto! Hora certa! Quando fui ter a certeza... Adivinhem? Estavam se beijando. O próprio Luan!!!! Ele pediu pra gente ficarmos quietas e fomos abraçar e tudo mais... Só tinha nós duas ali e aproveitamos bastante. Conversamos um logo tempo com ele... Sabe a garota? É a Tatah. (Para os íntimos rsrs) Ela pareceu estar nervosa com a nossa presença, mas foi bem simpática. Tirei algumas fotos dela (disfarçadamente) mas posto logo logo! Eles foram uns fofos com a gente... Não tenho dúvidas que está rolando algo e por isso, criei isso aqui. O PRIMEIRO E ÚNICO fc pros dois. Lunara : Luan + Tanara. (Sim, este é o nome dela) 
Que tal vocês me seguirem, lindos? Fotinha com os dois eu já tenho! Hahahaha. Brilha ✨ @tatalbuquerque @luansantana" - terminei de ler, fazendo novamente cara de choro. 
- Vish... Foi pro pau! - passou a mão cabelo, sorrindo sem graça. 
- Ah, quer saber? Dane-se. Não vou poder fazer nada mesmo! - cruzei os braços, bufando. - Culpa sua.
- Culpa minha????
- É! E fica calado que você não tem argumentos...
- Vai deixar ela te seguir?
- Vou. Ela pelo menos não está me xingando.
- Se ela shippa nós dois, ela vai te defender né?!
- Ainda é doida! Como alguém pode shippar a gente?
- Né, cara!
- Maldita hora que fui pra shopping com você.
- Cala a boca, Encalhadinha. - falou um pouco mais alto e pude escutar a risada dos meninos. 
- Isso Luan, ninguém ouviu. - resmunguei, emburrada. 
- Lunara... Nunca saberia o que é! - riu, tentando descontrair.
- Melhor que luade. - fui sincera. Mas ainda emburrada e ele riu - E fica calado que eu não tô falando com você! 

•••

- Oh, eu vou fazer a entrevista na rádio... Cê não saí daqui não, tá?!
- Eu vou ficar fazendo o quê nesse quarto de hotel? 
- Vai andar por ele... Mas é melhor você não ir comigo, hoje! - falou, enquanto eu olhava meu instagram. 
- Awn... Você postou foto com o boné! - falei, ao ver sua recente postagem.



- Você não viu?! Foi na hora do almoço. - riu, simples. 
- Deixa ele aqui... 
- Por que? - ajeitou o boné na cabeça. 
- Você já postou foto com ele, deixa aqui! - levantei, puxando dele. 
- Ei, devolve! Eu quero ir com ele.- fez bico.
- Deixa aqui Rafa..
- Por que?
- Sei lá! - ri, simples.
- Beleza... - Foi até a mala e pegou outro. - Tô gato?
- Tá gato! - pisquei. 
- Então tchau... - se aproximou, me dando um beijo na bochecha. - Cuidado. 
- Cuidado com o quê, menino?
- Você sabe. E oh, não posta nada comprometedor... 
- Relaxa, amor. - sorri. - Vai lá. - acenei e ele saiu, sorrindo. 


Depois que ele saiu, fiquei procurando o que fazer. Mexi no celular, olhei a vista, mexi no celular, comi... Aquilo estava realmente um tédio! Bom, não seria nada demais dar uma voltinha, né?! 

Vesti uma blusa branca de mangas, uma saia preta e coloquei o boné que havia dado pro Rafa. 

Quando coloquei o pé fora do hotel, tive outra surpresa! Tinha vários fãs. Uns 12. Perceberam minha presença e transpareceram que iam me abordar! Dei um passa para atrás, pensando em voltar... Mas seria muita covardia! Será que eles realmente iam falar comigo? Será que o Rafa me mataria por isso?






Como será que eles vão reagir? hahahahahahahahahahahaha DESCULPA A DEMORA! (to sem internet) Gostaram? tentei fazer grande :) OH, FANFIC P VCS!!! PROMETE QUE VAI SER SÓ MINHA? Conta a história da Ana Júlia e do Luan.. Ela foi pra um show dele, foi escolhida pra ser a nega e acabaram... enfim, rolou! Depois eles meio que viram amigos coloridos e tipo, é muitooooo viciante! Muito bom! Só lendo pra saber... (Sou horrível nisso) (Mas tentei um resuminho) SIMMM! É da Giovanna Simon (minha escritora favorita) (já li todas e ela sempre me surpreende, me vicia..) Vou tentar não demorar no próximo. Beijossssss :* (desculpem os erros aí, tá sendo na pressa) (sem meta, mas comentem... Ajuda muito!) 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Capítulo 17

Tanara's POV. 

Cheguei em casa cansadíssima. Só deu tempo de tomar banho e me jogar na cama, mas me enganei em pensar que o sono viria rápido. Virei pro lado, virei pro outro... E depois de tanto negar, me permiti lembrar dos beijos que ganhei do Rafa. Mal sabia ele como aquilo era perigoso... Ele sabe que eu sou boba? Acho que já contei que me apego rápido, num já?! Merda. Ele não morre mais, já que depois de sorrir que nem uma idiota lembrando, chegou uma mensagem dele.

Respondi rápido e logo começou mais um dos  nossos papos sem noção. Falávamos de tatuagem. Eu o ajudei numa suposta tatuagem e ele me ajudou. Claro que não faríamos, mas planejar estava sendo legal. 

Ele disse que por ligação seria melhor e então me ligou, retomando o nosso papo. 
No final, acabou que eu disse que se ele fosse louco ao ponto de fazer a tattoo que eu falei, eu seria louca de acompanhá-lo e também fazer. Ele confirmou, marcando um horário e desligando na minha cara. Claro que eu não acreditei! Ele não era doido... Ou era?


Depois disso, finalmente consegui pegar no sono e meus planos era dormir até tarde.  

•••

- Borá, borá! - ouvi alguém falar alto, enquanto meus pés eram puxados. Abri meus olhos com dificuldade e com esforço, olhei para a tal pessoa, vulgo o Luan Rafael. 
- Qual seu problema? Tá de madrugada. - quase sussurrei, já que minha voz estava dominada pelo sono.
- Levanta, Tatah! - ele puxou meu pé com mais força, conseguindo me arrastar até ele. - Vamos desenhar no seu corpo. - me puxou pelos braços, me fazendo nossos rostos ficarem frente a frente.
- Deixa de besteira! - encostei minha cabeça no seu peito, tendo outro apoio para voltar a dormir. 
- É sério, vamos fazer! - falou animado. 
- Sério? - abri os olhos, o encarando.
- Sim! Agora vai tomar banho pra gente ir...
- Quê? Eu não vou. - falei séria, com medo de que aquilo fosse verdade. 
- Vai! Porque disse que se eu fosse, você iria... Então vai pro banheiro! - me pegou pela cintura, tirando meus pés da cama. 
- Rafa... - falei sonolenta, negando sua decisão. Quando vi, já estava dentro do banheiro. - Eu tenho medo! - abri os olhos, me escoltando na parede.
- Não dói... Toma banho! - fechou a porta na minha cara. 
- Viado! - gritei. 


•••

- Eu não vou entrar aí... - estávamos na porta do estúdio e eu tentava me soltar dele, para ir embora.
- Vai! - ele me segurava, rindo. 
- Isso é pra vida toda, sabia? Você não pode me obrigar. 
- Veio porque quis! Tá fazendo manha porque você é a pessoa mais dramática que existe. 
- Dói, Rafa! - fiz bico. 
- Me poupa, Tatah... Vai...
- Vai doer. - o abracei, fazendo voz de choro. 
- Seja homem, Tatah! Vai ter medo de uma agulha?
- Eu tenho um pau, né?! Claro que tenho que ser homem. 
- Claro que você tem... Agora o honre, e entre aí sem chororô. 

Entrei resmungando e ele só sabia rir. 
Cumprimentamos o tatuador, que segundo Luan, é um dos melhores. "Já fez tatuagem de uns amigos meus", disse me garantindo, me fazendo ficar menos nervosa. Contamos pra ele nossas ideias e lugares e ele desenhou, reproduzindo do jeito que o Luan queria e arrancando um sorriso ansioso do mesmo. Também gostei da minha frase, a letra, tamanho... Tudo me agradou. Adivinha quem foi o primeiro? Eu! Luan se dizia tão homem e me empurrou para essa missão. 


Luan's POV. 

Passei a noite pensando se eu faria ou não... E por fim, decidi que sim! Eu amei a frase e a forma que ela ficaria - provavelmente - também. Agora só teria que convencer a medrosa da Tatah, que aceitou, achando que eu amarelaria. 

•••

Gostei bastante do desenho que o cara fez para a minha. Era que nem o da Tatah, só que mais caprichado, óbvio. Fiquei mais animado e foi a vez da Tatah resolver como seria a dela. Ela estava tão nervosa que me fazia rir. 

Fiz ela ser a primeira, porque não aguentava mais seus dramas! Ele começou e as caras que ela fazia eram as melhores, me arrancava risadas. O lugar que ela escolheu era um que doia bastante, no ombro, no caminho para o pescoço. 

Creio que faltava pouco para terminar, pelo tanto de tempo que estávamos ali.
Ela já havia chorado e tudo, só que agora estava mais quieta. Resolvi tirar uma foto, guardar aquele momento pra mim e, claro, usar para zoá-la depois. 


Logo o tatuador acabou e colocou o plástico. Deu as recomendações a ela, que concordava aliviada. Tatah levantou e ficou tentando olhar.


- Acho que ficou do jeito que você queria. - sorri, sincero. 
- Ai que bom! Depois de ser obrigada, isso era o mínimo, né?! - riu fraco.
- Eu te obriguei? Não obriguei nada... Se ocê se arrepender, não coloque a culpa em mim! - ergui os mãos. 
- Vamos? - O tatuador se dirigiu à mim e eu juntei os dentes, fingindo medo.
- Vai lá, bixão das tapiocas... - falou com o seu sotaque, toda "vingativa" e eu não pude controlar minha vontade de rir. 
- Não sou medroso que nem você, Pikitinha. - O homem nos olhou estranho e tenho a certeza que foi pela minha última palavra. Ela riu, meio envergonhada e eu deitei, para começar. 
Faria nas costelas, do lado direito. 
Com toda a certeza essa doeu mais que a minha primeira, bem mais! Tentava disfarçar pra não dar o braço a torcer, mas ela percebeu e me olhou sem graça. 

Depois que o sofrimento acabou, eu fui avaliar. - mesmo ainda não estando do jeito que vai ficar -. A frase que a Tatah disse foi "Eu não canto porque sou feliz, eu sou feliz porque eu canto", e eu quis usar o inglês informal. Ficou I don't sing cause I'm happy, I'm happy cause I sing  " Idon't sing cause I'm happy" normal e "I'm happy cause I sing" de cabeça pra baixo, também em letras pequenas, e eu aprovei essa minha escolha. Acho que a dor valeu a pena! Ele colocou o plástico e também me deu algumas recomendações. Paguei as tatuagens, agradecendo e o parabenizando. Tatah me olhou feio por pagar a dela, mas não me repreendeu na frente dele. Não tinha saído muito caro e eu não deixaria ela pagar. 

Estávamos morrendo de fome! Olhei meu celular, voltando a ter noção do tempo e vendo que estava certo, a hora do almoço já tinha passado. 

Ela também agradeceu, dizendo que ainda não acredita. Ri dela. 

•••

- Não somos muito normais. - comentou, quando entrávamos na sua casa. - Minha mãe vai me matar. 
- Eu não deixo. - sorri, fingindo cavalheirismo e ela riu.
- Eu ainda não olhei direito! Tem certeza que ficou boa? 
- Ficou massa, Tatah! Que nem a minha.
- A sua está mesmo linda.
- Você tá assim porque é a sua primeira, relaxe! - sentei no sofá, pegando o celular. 
- Depois que a gente almoçar, te dou o dinheiro da minha. - falou subindo. - E o da pomada também... - falou mais alto. 
- Não precisa, já falei. - disse um pouco mais sério. Tá pra nascer alguém mais teimoso que ela. Voltou com outra roupa e com um chinelo de dedo. 
- Precisa. - voltou com a teimosia. - Vem almoçar. 
- Eu não aceito mesmo. - balancei os ombros. - Mas almoçar eu aceito! Tô morrendo de fome. - falei passando a mão na barriga, a seguindo. 
- Hum... Tem lasanha! - comentou animada. - Você gosta?
- Claro, uai... 
- Vai que você é que nem aquelas espécies que só se alimentam de uma coisa? No caso seria creme de abacate, pamonha, peixe... - falou rindo. 
- Você é tão engraçada. - lhe joguei um pano que estava em cima da mesa.
- Valha. - falou ainda rindo. - Cê come de tudo então, rapaz? - imitou o meu sotaque e eu ri. - Que bão! - continuou. - Nóis come, aí depois nóis vai tocar umas moda! - falava pegando os pratos e os talheres e eu ria. - Música nova pra galera! Te dei o sol, te dei o mar... - imitou melhor ainda e eu soltei uma gargalhada. 
- Ocê gosta, né? De me zoar. 
- Querido, pessoas como você merecem sofrer bullying. - falou esnobe, colocando a lasanha na minha frente.
- E pessoas que nem ocê, merecem apanhar. - mostrei meus músculos e ela soltou uma gargalhada. 
- Só vejo banhas balançando. 
- Que fã amorosa! - mostrei a língua.
- Olha aí cara... Tem coca! - pegou e colocou na mesa também. Depois pegou os copos e sentou. 
A encarei e ela me olhou sem entender.
- Que foi, Rafa? 
- Tô esperando ocê me servir.
- Coitadooooo! - riu, irônica. 
- Por que, uai?
- Nunca te ensinaram que você tem duas mãos, não?
- Mas eu tô na sua casa... Anda Tatah!
- Não. - riu. - Você não vai ter essas frescuras né?! Deixa de besteira! Você coloca o tanto que você quiser.
- Você é tão chata. - reclamei e ela sorriu, colocando coca nos dois copos. 
- Lindo. - soltou beijo. - Sabe que eu te amo, né?! - fez coração e eu mostrei meu dedo do meio. - Awn gente! Tão meigo... 
- Come e cala a boca, vai. - resmunguei, colocando a lasanha e ela riu, calando. 

•••

- Que convite era aquele? - perguntou, mexendo no celular. 
- Verrrrrdade! Tinha esquecido... - falei, lembrando. - Mas não vou mais convidar! - bloqueei o celular. 
- Ah nem! Eu fiquei curiosa. - fez birra. 
- Esquece, Pikitinha. - desliguei a TV. 
- Fala!!
- Era besteira. 
- Rafael... Fala!
- Então tá... Cê quer ir viajar comigo? Assim... Não tá fazendo nada mesmo. - mal terminei de falar e ela soltou uma gargalhada. - Que foi?
- Eu? Viajar? Com você? 
- Quê que tem? - perguntei, 'inocente'.
- Pra suas fãs me verem, ir atrás de coisa, ligar tudo e achar que eu sou seu novo affair? Hum, deixa eu ver... Não! - falou com firmeza. 
- Não acho isso... Ninguém ainda me viu com você... - me olhou. - Tá, só no churrasco do Sorocaba...
- Eu fui pro seu show, coloquei foto sua no meu snap, tirei foto com o puff, fizeram montagem até da capinha!!!! E ainda tem o altas horas... Acha mesmo que elas vão ficar "de boa"?. 
- Não... Mas... Ah, Tatah, o que custa? Elas nem vão te ver! E se ver, somos só amigos mesmo. 
- Você fala isso porque não é você que é xingado e não descobrem até seu tipo sanguíneo...
- Então beleza. - virei, fechando os olhos. Estávamos no seu quarto, descansando o almoço. 
- Rafa... - me chamou e eu não respondi. - Você é tão incompreensivo! - bufou e eu continuei fingindo que já dormia. - Quer saber? Eu vou... Você ganhou! - virei pra ela, sorrindo. 
- Sério?
- Sim, mas... - antes que ela terminasse, a abracei.
- Vai ser legal, cê vai ver! - falei animado, apertando-a.
- Deus me proteja. - fez drama. 


Tanara's POV. 

Depois de concluir nossa loucura, Rafa foi almoçar lá em casa. No caminho, passamos numa farmácia e eu desci, para comprar a pomada que teríamos que passar na tatuagem. Pra variar, não tinha ninguém em casa e isso até me aliviou, já que minha mãe levaria um susto ao ver o que eu fiz. Comemos a lasanha que estava preparada e depois subimos, para descansar o almoço. Eu ainda não estava acreditando que fiz uma tatuagem... Porra! Eu fiz uma tatuagem! Eu sou tão corajosa, cara. Ria dos meus pensamentos. E o pior era que fiz com ele e isso faria ele nunca mais sair da minha lembrança. Sempre que olhar para o meu corpo, vou lembrar... Isso era bom, não era? Afinal, quero que a nossa amizade dure. Depois de conversarmos um pouco, o lembrei de um tal convite que ele ia me fazer e acabou não fazendo. Luan negou um pouco e eu insisti, sabendo do que se tratava. Viajar com ele! Isso não é loucura? Coisa que eu já fiz demais! Neguei, contando os argumentos ÓBVIOS e ele ficou emburrado, virando e não me respondendo mais. Pensei, repensei... Não gostava de negar nada que ele me pedia, - eu sei, sou idiota - mas ele era meu Rafa, o que eu podia fazer? Pensei em tudo que poderia acontecer e lembrei que não posso deixar de curtir por causa do meu medo! Se elas fizessem alguma confusão... Só seria boatos! E ele está me chamando, ele que se responsabilize. 
Aceitei, fazendo ele pular em mim, todo alegre! 

Depois de conversarmos mais um pouco sobre o assunto, ele foi embora, deixando um horário pra eu estar pronta. "Amanhã, 9:00", disse.

Aproveitei para dormir e absorver tudo que está para acontecer. Como será as viagens deles? Sempre tive curiosidade... Deve ser um máximo! Isso me animava, mas meu medo fazia o contrário. Será que elas vão inventar histórias? Será que eu vou morrer? Eu sou tão nova para isso! 


Acordei tarde, tomei um banho e desci. Minha mãe estava assistindo novela. Nem me toquei que ela podia ver a tatuagem e... Dito e feito! A frase em inglês tinha ficado: Keep me where the light is. 

- Vira aqui! O que é isso?
- Fiz uma tatuagem. - falei sorrindo.
- Meu Deus! - ela falou de boca aberta. - Como? Quando?
- Hoje mais cedo. - ri. - Estava com vontade há tempos, e resolvi fazer. O que achou?
- Eu acho que você é louca. - mal sabe ela que o louco da história é outro! 
- Nem vem mãe... Eu já tenho 18 anos. 
- Infelizmente. - resmungou. - O que significa? 
- "Mantenho-me onde a luz está" - falei e ela deu mais uma avaliada. 
- Ficou bonita. Quanto foi?
- Esqueci...
- Como assim você esqueceu? - na verdade eu não sabia. Mas eu não queria explicar tudo agora. 
- Esquecendo... - ri, balançando os ombros. - Mãe, amanhã vou viajar com o Luan...
- Falando nisso... Vocês estão ficando, algo assim?
- Claro que não! - neguei rápido. - Por que isso?
- Vocês vivem juntos, agora... Ele aqui, você lá... Saem pra todo lugar... Sério que não tá acontecendo nada? Pode me falar, eu sou sua mãe. 
- Não, mãe, somos só amigos. - falei a verdade, rindo. 
- Ta bom... Mas se caso acontecer... Se cuidem, pelo amor de Deus! - voltou a atenção pra TV. - Viajar? Com ele?
- É! Pros shows... Ele me chamou e eu não achei uma má idéia. 
- Vai, mulher! Conhecer cidades novas, se divertir... 
- Exatamente! Eu não estou fazendo nada mesmo. - ri, animada. 
- Pois é. 
- Acho que eu não tenho roupa! - sentei, fazendo bico. - E agora?
- Num faça eu esfregar na sua cara, não... Só o que tu tem é roupa! Com etiqueta, até. 
- 'Armaria'! Pode falar nada com a senhora. - levantei, irritada. - Vou comer que ganho mais.
 


Terminei de comer e fui tentar arrumar a mala, ou melhor, as malas. Entrei naquilo que eu chamava de closet e fiquei olhando algumas coisas. Estava prestes a explodir, eu não tenho roupa e aquilo era óbvio! Em São Paulo eu nunca parei para "um dia de compras". Continuei olhando e nada, nada de roupas, sapatos, nada! 
Decidi ligar para o Rafa que pela voz que ele atendeu, estava dormindo.
- O que foi, caralho? 
- Tão meigo...
- Fala logo.
- Eu não vou mais! - disse e ele suspirou, pesado.
- Como assim "não"?
- Não, de não ir, sabe? Não dá e fim. 
- Não viaja, Tanara! - deu pra ver que ele levantava da cama, pelo barulho das molas que ecoaram já que ele sempre pula e com certeza, dessa vez não foi diferente. 
- E eu não vou mesmo, Rafa... - ri e ele soltou um "idiota". - É sério, oh! Eu até tentei arrumar minha mala e adivinha? Eu não tenho roupa, nem sapato, nem nada.
- E o que você veste? - perguntou tedioso.
- Uai, roupa. Mas não roupa de viajar com um dos cantores mais famosos do Brasil.
- Ai, nada a ver...
- Era só isso, tá? Pode voltar a dormi.
- Melhor... Tô indo aí.
- Quê? Pra quê? 
- Te ajudar a arrumar sua mala, ué.
- Não precisa.
- Tchau, Tatah. - desligou no minha cara e como eu tinha certeza que ele não viria, deitei e fiquei mexendo no celular. 

Depois de alguns minutos comecei a ouvir voz de homem e imaginei ser do Gabriel, que só vinha em casa uma vez na vida outra na morte.
- Oi, Pikitinha. - Luan pulou no meu colo, derrubando meu celular na minha cara.
- Você veio mesmo! - me espantei, jurava que ele nem ia sair da cama.
- Você duvidou? - perguntou e e eu olhei pra ele com cara de óbvio. - Cadê suas roupas? - levantou indo em direção ao closet e ficou lá. - Tanara! - ele gritou, vindo até mim com várias roupas na mão.
- Oi, Rafa.
- Sério que você não tem roupa? - me olhou bravo e eu concordei, um pouco tediosa. - Olha isso, vei. - começou a tacar o que estava na sua mão em mim, com cabide e tudo.
- Para, Luan! 
- Tem roupa com etiqueta aqui, porra.
- Tudo velha.
- Ah é? Beleza. Se arruma.
- Pra quê?
- Vamos comprar roupas, você num tá necessitada? Então...
- Que comprar o quê.
- Não vai trocar de roupa? - neguei - Então você vai assim mesmo! - me pegou no colo, me colocando no ombro.
- ME SOLTA LUAN! - comecei a bater na sua barriga já que o inteligente colocou minhas pernas pra trás.
- O que é isso, meninos? - minha mãe perguntou, rindo.
- Vamos comprar roupa, tia. Ela não tem.
- Como assim não tem? Não acredito que você tá fazendo isso, Tanara! 
- Dá pra me pôr no chão? - falei e assim ele fez. - Eu não tô fazendo nada, tô indo contra minha vontade.
- A gente já tá indo... 
- Deixa eu me arrumar?
- Cinco minutos. 
- Eu não consigo me arrumar em cinco minutos, Luan! 
- Agora são quatro minutos e quarenta segundos. 
- VIADO! - falei subindo as escadas correndo.


Me tranquei e me joguei na cama. Seria criancice minha ficar trancada até ele desistir dessa ideia idiota? Fiquei pensando e quando percebi, ele já batia na porta. 

- Eu já tô indo, porra. - falei ainda deitada. 
- Abre a porta. 
- Não. 
- Abre!!!
- Que saco! - levantei, abrindo a maldita porta.
- Você ainda tá assim?
- Eu não vou pra lugar nenhum, Luan! 
- Você não reclamou que estava sem roupa? Vai comprar.
- Não com você.
- Comigo sim. 
- Qual o seu problema? 
- Só tô cansado desses seus dramas! 
- Então vai embora. 
- Mas tô cansado, porque justamente eu quero você comigo. 
- Não devia querer uma dramática.
- Tá vendo? Drama de novo! Vai ser legal viajar com você... Você vai comprar as roupas, ou não? - perguntou, mais calmo. 
- EU vou pagar, beleza?
- Beleza. - falou sem muita firmeza e eu olhei, intrigada.
- Luan...
- Falei que sim, uai. - respondeu, um pouco mais sério e eu me dei por vencida. 
- Eu vou sozinha... Pode ir pra casa.
- Eu quero ir também. 
- Garoto, você não é uma pessoa que pode sair por aí! Entendeu? Aquiete esse seu rabo. 
- Eu vou. - falou decidido. Odeio essa marra dele. 
- Então chama o Well e o Rober.
- Vamos só nós dois.
- Luan!!!! 
- Vai se arrumar ou não? 
Bufei, começando a tirar a blusa. 

- Ou ou... Eu tô aqui. - falou e eu o olhei com desprezo. 
- De intruso! O quarto é meu... - sorri, tirando a blusa por completo. Ele virou, todo sem graça e eu ri. 

Fiquei só de calcinha e sutiã, e percebi que ele dava umas olhadas pra mim. Passava a mão no cabelo, como se tivesse agoniado. 

Já tinha tomado banho há mais ou menos 1 hora e não era preciso agora. 

Optei por um macacão preto, curtinho e com uns detalhes. Calcei um saltinho e penteei meu cabelo. Não passei nada de maquiagem e peguei minha bolsa. 

- Vamos? - falei, fazendo ele virar pra mim.
- Amém! 
- Nem demorei. - balancei os ombros. 
- Borá. - fez gesto pra mim sair primeiro e eu o obedeci. 
- Tomara que você não seja atacado por fãs! Seja o que Deus quiser! - me benzi, fazendo ele rir. 

Avisamos a minha mãe e ela nos olhou desconfiada. Lembrei do que ela tinha me perguntado e neguei com a cabeça, fazendo ela rir. 

Dentro do carro ele colocou uma touca e por estar de noite, ele falou que estava disfarçado o suficiente! Ele sabe que dá pra notar que é ele, só pelas canelas finas?


Já estava um pouco tarde, o que me aliviava por saber que não teria tanta gente no shopping. - era uma segunda-feira. - 

Rafa é mesmo um louco de sair sem segurança! Mal chegamos no shopping e eu já perdi a conta de quantas pessoas já vieram em cima dele.
Diante isso, ele acabou confessando pra mim que tinha saudade de fazer essas coisas... Passear no shopping, ir numa padaria, cinema... Eu ri dele, soltando um "own" de dó e o abraçando. As pessoas nos olharam estranhamente e me soltei dele. Em vão, já que ele apontou pra uma loja e pegou na minha mão. 

Entramos e ficamos olhando algumas roupas. Confesso que estava sendo legal fazer aquilo com ele; que para me irritar, disse que hoje seria o contrário, ele seria o paparazzi! Ficou tirando várias fotos minhas e eu fazia pose de metida, só para acompanha-lo na brincadeira. 







- Sei que sou linda... Mas solta esse celular e me ajuda. - falei, o puxando. 
- Eu não sei escolher roupa procê, muié. - falou e a vendedora nos olhou atenta, como se reconhecesse a voz dele.
- Pelo amor de Deus! Faz o favor de não falar: "Oi galera, eu sou o Luan Santana..."
- Tá! Relaxa. - riu da minha preocupação. - Cê quer ajuda? Então eu vou te ajudar. - colocou o celular no bolso e começou a pegar várias roupas. Eu o chamava de abestado e ele ria. Começou a comentar sobre algumas roupas, imitando voz e jeito de gay. Eu dava umas risadas e a mesma mulher olhava assustada, nos fazendo rir juntos. 

- Chega né, Rafa? Vem! - o puxei para o provador. 
- Cê vai trocar na minha frente? 
- Pra você me dar uma opinião. 
- A muié vai pensar que vamos fazer safadagem. - me olhou sapeca e eu lhe dei um tapa. 
- Ela tá quase dormindo. - ri. - Vem! - o puxei pra dentro e fechamos a "porta". 

Enquanto eu vestia, ele jogava no celular. E na hora de dar a opinião, eu lhe pedi sua famosa sinceridade. Assim ele fez! Aprovava alguns e outros não... "Muito curto, ficou coisado" "Te deixou mais gordinha".. Fui decidindo quais levaria e ainda nos divertíamos. 

- Pronto! Acho que é isso, né?! - falei, já vestida com meu macacão. 
- É sim...
- Certeza que ficaram bons?
- Absoluta, muié! - levantou do puff, sorrindo. 
- Então deixa eu... - ia pegar a roupas, quando ele me parou.
- Eu estava pensando, sabe?! E percebi uma coisa! - me olhou sorrindo, me empurrando pra parede. 
- Percebeu o quê? - perguntei, sorrindo sem graça. 
- Que hoje não demos nenhum beijo. 
- Ah, é isso? Me pou... - antes que eu terminasse de falar, ele me beijou. De uma forma tão rápida, que me fez derrubar a blusa que eu segurava. 

Confesso que um dia sem o beijar, já me fazia sentir falta, mas não imaginaria que isso também acontecesse com ele! Estava no nosso ritmo preferido e suas mãos como as maioria das vezes, no meu cabelo. 

- Eu não acredito! Luan? - ouvimos uma voz diferente, assustada e... Emocionada? Ele parou o beijo. Me lançando um olhar, ainda com a boca próxima da minha. 
- Puta merda. - sussurrou baixinho. 






Voltei!!!! E aí? O que será? Hahahahahah. A fase mais esperada se aproxima ❤️ Obrigada pelos comentários amores! Tinha mais coisa pra falar e fanfic pra indicar.. (mas eu tô com tanta dor, que vai ficar pro 18) Desculpem qualquer erro... Sobre meta, borá de 15 comentários? Borá!!!!! Beijossss.  

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Capítulo 16 - Dedicado à Cris!

Parabéns Cristirica! (Atrasado) Seu presente shuahshuashuah. ❤️ 




Chegamos na festa do Sorocaba e Tatah cochichou no meu ouvido que se aquilo fosse uma mini festa, ela queria ver a grande. Ri dela e peguei sua mão, a puxando. Sorocaba nos recebeu sorridente, desejamos feliz aniversário e eu entreguei o presente. Apresentei a Tatah e eles pareceram se dar bem; em seguida fomos pra mesa do Fernandinho. 

                  Tanara's POV.

Luan estava me apressando e eu já estava ficando irritada! Não tenho culpa se agora ele não demorou com o cabelo fresco dele. Optei por uma blusinha bem estampada e uma shortinho preto, meio desfiado. No cabelo, eu fiz um pouco de Babyliss e ele ficou ao meu gosto. Passei lápis, máscara e um batom básico. Desci e pude ouvir ele falando algo de mim, elogio não era. Retruquei, discando o número de Mãe. Lhe avisei do meu rumo e ele me mandou ter cuidado, apenas. Ele reclamou mais uma vez da minha demora e foi tirar o carro, enquanto eu fui falar com a Tia Marizete. 

Dentro do carro, Luan mais uma vez estava reclamando e eu só fiz ignorar, enquanto mexia no meu celular. Fiquei tirando umas fotos e a última me agradou bastante. Analisei mais uma vez e comecei a pensar em uma legenda. 

Alguns minutos depois, eu postei. 



"Dou a minha vida a Deus para que Ele a guie. Confio e entrego. 💛✨" 

(...) 

- Nova namorada, Luan? - perguntaram enquanto o Rafa alisava minha coxa.
- Não! - neguei rindo. 
- É minha amiga, Rapaz! - Respondeu extrovertido.

Desde a hora que chegamos, tinha uma garota olhando pra nossa mesa e sempre que o Luan olhava, ela sorria. Era bonita e com toda a certeza, estava dando mole para o meu acompanhante, que parecia adorar e eu já sabia que daqui à alguns minutos eles estariam se pegando. Problema? Claro que não. Não temos nada! 


Passou um tempo e a garota começou a se aproximar. Eu e o Luan havíamos levantado e ficamos cochichando, na frente da piscina. 

- Que gata! - Comentou, com o copo de cerveja. 
- Bonitinha. - falei com desdém e ele riu. 
- Vou chegar nela! Tô bão? - perguntou se referindo à aparência e meu Deus, ele estava tão lindo. 
- Tá lindo! - sorri, boba. Idiota também poderia ser minha característica. 
Ele piscou, todo garanhão e me entregou o copo de cerveja. Dá pra acreditar? 

Fiquei observando, fazendo algumas caretas enquanto eles riam. Não sou de beber, mas com a situação até tomei um gole da sua cerveja. 

Espera, ele já está voltando? Mas eu não vi beijo nenhum. Será que eles marcaram pra depois? Será que ele levou um fora? 

- Que foi? Levou um fora? - Me iludi com essa opção e confesso que fiquei um pouco animada. 
- Quase isso. - ele falou rindo.
- Como assim?
- Ela não estava olhando pra mim.
- Valha! E era pra quem?
- Pra você. - falou rindo mais ainda.
- Quê? Já tá bêbado, Rafa? 
- Tô falando sério, Pikitinha. - disse pegando seu copo de volta. - Ela está paquerando com você e até pediu minha ajuda...
- Credo! - arregalei meus olhos. - Você tá falando sério?
- Sim. - jogou os ombros e pareceu bem sincero. 
- Valha meu Deus! - a olhei e ela piscou. Fazendo o Rafa rir mais ainda. Virei de costas, assustada, segurando no seu braço. 
- Cê gostou? Vai rolar? - o olhei incrédula e ele só sabia rir da minha cara. - Por que não investe? Experimentar coisas novas, uai. 
- Que tal você ir dar seu rabo? - perguntei irritada e ele riu novamente. 
- Ela tá 'afinzona', oh lá... - olhei rapidamente e ela me olhava como uma tarada, o que me deixou mais incomodada.
- Faz ela parar, Rafael.. 
- O que cê quer que eu faça, muié?!
- Sei lá! - esbravejei. 
- Ela está vindo... - me avisou, como se não fosse nada. 
- Aí Rafa... - apertei seu braço e ele viu que eu realmente estava nervosa. 
- Relaxa, vem cá.. - pegou na minha cintura, me aproximando e depois na minha nuca, levando meu rosto para perto do seu. Quando dei por mim, já nos beijávamos. Como eu amava beija-lo e até esqueci do quase vexame que eu passei. Parou o beijo, com um mordida no final. 

- Ela desistiu. - falou simples, rindo. 
- Ai Rafa, te amo... - falei o abraçando e ele me apertou, deixando um beijo na minha testa. 
- Amigos? - Fernandinho falou se aproximando e o Luan coçou a cabeça, sem graça. 
- Amigos. - confirmei rindo e ele levantou as mãos, 'se rendendo'. 
- Borá ligar pro Max? 
- Ah, é! Hoje também é o aniversário dele... 
- Isso. - sorriu. - Vem, vamos ali... - pegou na minha mão e eu deixei ele me guiar.

(...)


- Que vergonha, Rafa! - riamos. - Eu mal conheço ele e você já coloca pra eu desejar feliz aniversário... 
- Que besteira, Pikitinha! Ele gostou docê. 
- Tomara né?! - amarrei o cabelo, pegando o óculos escuro.
- Pikitinha...
- Oi. - desbloqueei o celular.
- Com os homens não tá tendo muito sucesso não, agora com as 'muié'... - riu.
- Palhaço! - ri, negando. - Os homens não sabem o que estão perdendo... Aquela mulher se interessou, porque somos as mais inteligentes! Beijão. - soltei beijo no ar.
- Ui... 
- Vem cá, tira uma foto minha aqui! - fui pra frente do painel de plantas e entreguei meu celular.
- Pra quê isso, muié?
- Mostrar meu look...? 
- Paciência, paciência! - juntou as mãos, balançando com o olhar pra cima. 
- Vai logo. - fiz a pose e ele posicionou o celular. 
- Pronto. 
- Deixa eu ver... - peguei meu celular, vendo-a em seguida. - O que acha? - lhe mostrei a tela do celular.
- Tá massa. - respondeu simples e eu concordei, indo pro editor. Coloquei um efeito quase despercebido e postei. 
- Vai curtir, vai...
- E se eu não quiser? 
- Vai querer, querido. - fiz cara de superior e ele me mostrou a língua. 
- Ocê não colocou nada comprometedor pra mim, né?!
- Não Rafa, relaxe! - ri. 



"Pausa no churrasco pra esse lugarzinho! 😍 hahahahaha 💅"

(...)


- Estou morta! - falei quando ele parou o carro. 
- Que bom que você gostou! Eles gostaram muito de você. - sorriu. 
- Eu já amava eles. Agora então... - ri. - Vou pegar minha bolsa pra você me deixar em casa.
- Já vai? 
- Já perturbei demais. - ri.
- Que nada, fica mais um pouco! Amanhã à noite começa minha rotina. 
- Preciso ir pra casa, sério mesmo. - fiz bico, alisando seu rosto. 
- Tá, né. Vai lá! - destravou o carro e eu abri a porta. 

Entrei, contei rapidamente pra tia Mari como foi e depois subi, pegando minhas coisas. Bruna reclamou sobre eu já ir e eu tive que prometer que viria logo logo. 

(...) 

- Obrigada, Rafinha. - falei, quando ele estacionou em frente a minha casa.
- Fazer o quê né... - entortou a boca.
- Quer que eu pague a corrida?
- Engraçadinha. - riu sem humor. 
- Tchau. - segurei o celular com uma das mãos e abri a porta. 
- Ei... - pegou no meu braço.
- Quê?
- Eu tenho um convite pra você. 
- Eu pensei que ia pedir beijo, af! - falei sincera e ele riu. 
- Se quiser, pode dar.
- Eu não, desisti. - fiz cara de nojenta e ele arqueou as sobrancelhas. 
- Você é tão louca, Tatah! - falou sorrindo e se aproximou. Não me mexi, facilitando para o seu objetivo. Parabenizei meus pensamentos quando ele colou as nossas bocas. Eles acertaram. Foi mais calmo, explorávamos lentamente e aquilo parecia ser mais gostoso. Acho que talvez sabíamos que isso demoraria para acontecer novamente, ou talvez nem acontecesse. Pela primeira vez ele finalizou com selinhos, foi mais cuidadoso e eu tive a certeza que estava sonhando.

- O que era o convite? - foi a primeira coisa que eu consegui falar. 
- Deixa pra lá. 
- Fala... 
- Não, era besteira. - riu, com a mão no cabelo. 
- Boa viagem então. - beijei seu rosto. - Se cuida. - falei sorrindo, ao abrir a porta.
- A gente se fala...
- Tá. - sai por completo, sob seus olhares.

Luan's POV.

Deixei a Tatah em casa e voltei pensando no dia que tivemos. Me faz bem, a companhia dela. Muito bem. 

Cheguei em casa, fiquei conversando um pouco com a Mamusca e  atualizando as minhas mensagens, para ver se tinha alguma dela. Mas foi em vão. 

Subi para tomar banho e nada. Tomei meu banho e nada. Deitei e nada. Ela não vai falar comigo não, é?! Não agüentei e acabei enviando um "Oi".

Ela já tinha mudado a foto do seu perfil e não demorou pra ela responder. 



E assim ficamos, falando de tatuagens. 
Ela me disse qual tinha vontade de fazer, era uma frase que ela sempre achou linda. Algo a ver com luz... Também confessei que tinha vontade de fazer outra, algo que falasse sobre meu dom: cantar. Ficamos um bom tempo conversando. Ela me disse uma frase que eu adorei! Aliás, duas frases como se fosse uma. Deu a ideia do design também e eu estava ficando com mais vontade. Desenhou do jeito que estava falando e eu cheguei a conclusão que faria ela. Podia parecer loucura fazer uma tatuagem assim do nada, com uma ideia recente, mas eu estava realmente pensando na hipótese. Voltamos a falar da dela e foi a minha vez de ajudá-la. Não iríamos fazer, mas estávamos falando como se fossemos... Quem sabe? Decidi lhe ligar, para falarmos melhor. 

- Oi! - ela falou animada, como se não estivéssemos nos falado há um minuto. 
- Voltando... Você faria em português, normal? 
- Não! Em inglês fica melhor. 
- Acho que também fica mais legal... Você não tem nenhuma, né?!
- Nenhuma. - ela riu. - Eu tenho medo... Acho que dói muito.
- Outras coisas que dói, você não teve medo de fazer. - falei com segundo sentido e ela entendeu, já que soltou uma gargalhada. - Mas nem dói tanto... Eles colocam um negócio lá, que ajuda. 
- Ah, sendo assim... Acho que faria! 
- Topa fazer junto comigo?
- Você vai fazer uma coisa que eu desenhei? - ela riu, desacreditada. 
- Não... Mas com a sua ideia... Acho que vai ficar top. 
- Duvido! 
- Duvida?
- Claro. - riu. 
- Por que, uai?
- Porque é muito louco! A gente acabou de falar...
- Não duvide...
- Pois tá aí, se você fizer, eu faço também! 
- Sério? 
- Sério! - ela disse rindo, certa que eu não faria. 
- Amanhã, 10:00, passo e te levo no estúdio. Beijos. - desliguei, decidido.



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