segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Capítulo 5 - DEDICADO À KELLY!

PARABÉNS KEKEL! Tudo de maravilhoso na sua vida. Amor, paz, saúde, dinheiro... E LUAAAN! Feliz aniversário, adoro você, minha Loirinha! ❤️ By: Tatah. 



Tanara's POV.
Todos estavam cientes do meu tédio, grandioso tédio. Então, resolvi sair sozinha mesmo. Afinal, um cineminha não é coisa de outro mundo e eu não sou analfabeta. Comuniquei minha mãe numa ligação e em seguida me arrumei. Chamei um táxi e perguntei qual era o shopping mais famoso da cidade. Ele respondeu e eu pedi para ele me levar ao mesmo, adoraria conhecer. Ao longo do caminho acabamos conversando, o taxista chegou a perguntar se eu era de São Paulo e eu respondi que não. "Ceará", respondi sorrindo e ele disse que pensou mesmo no nordeste, pelo meu sotaque.
Paguei a corrida, me despedi dele e entrei no shopping. Devo comentar que era bonito, mas percebi que estava pouco movimentado. Quer dizer, mais ou menos! Estava cheio de pessoas que trabalhavam no local, mas imagino ser pelo dia da semana, apenas um palpite.
Os filmes que estavam em cartaz eram poucos e sinceramente? Não fazia o meu tipo, nenhum dos que estava ali. Pessoas inteligentes pesquisariam antes de sair de casa, mas a inteligente aqui não sabia nem em que shopping iria. Já falei que morro de medo de filme de terror e não gosto nem um pouco? E adivinha? Tive que escolher um desse tipo, aparentava ser o mais legalzinho. Comprei o que eu comeria e entrei na sala, um pouco vazia. Sentei-me na última fileira, que estava vazia e fiquei mexendo no meu celular, até o filme começar.
Eu sempre fui a lesada das situações e nem imaginava que nessa linda tarde, nessa linda cidade, nessa linda sala de cinema, isso iria mudar. Fui acertada com um jato de refrigerante, dois copos cheios. Como esses três patetas escolheram logo a última fileira? A que só tinha EU? E para piorar tudo, o pateta responsável pelo estrago era nada menos que Luan Santana, meu querido ídolo, o metido mais lindo. Vi que sua reação também foi de surpresa, mas após notar que sua vítima era eu, me atrevo à comentar que ele gostou e riu de mim. Como eu sou uma pessoa generosa, não podia negar esse prazer à ele, o prazer de também ser atingido por refrigerante. Fui até boa, só joguei um. Well como sempre muito meigo, tentou se aproximar de mim e o Luan impediu. Discutimos, pra variar e eu saí, vendo o estado horrível da minha roupa.
Fiquei no corredor que dava passagem pra sala, tentando ligar pro Gabriel. Tentei uma, duas, três vezes... E nada!
Luan chegou por trás, falando comigo e me dando um susto. Ele queria as desculpas, vê se pode? Só que nunca! Discutimos mais uma vez e eu saí. Todos olhavam pra mim, pela roupa, claro. Ignorei isso e fui até a saída, peguei o primeiro táxi que vi e mal sabia que isso só seria uma chateação do dia, viria mais.

Luan's POV.
Não prestei muita atenção no filme. Meus pensamentos só passavam as minhas cenas com a metidinha. Ela era louca, essa era a palavra ideal! E como falamos, espero não ver ela nunca mais.
Cheguei em casa quando já estava anoitecendo e a sala estava vazia.
- Que bom que chegou, querido! - Minha mãe apareceu, enxugando as mãos.
- Oi, Mamusca.
- Tá sabendo, Pi? Vai ter um jantar aqui hoje. - Bruna apareceu depois dela.
- Que jantar? - me joguei no sofá.
- Ah... Uma amiga minha, convidei a família dela para um jantar.
- Nem vem, Mamusca, eu vou sair.
- Ô filho, por favor? É importante que você esteja.
- Por que? - perguntei e a Bruna deu uma risada. - Que foi, piroca?
- Nada... - se controlou, colocando a mão na boca.
- Porque eu quero que meus filhos participem, já que ela vai trazer os dela. Sem reclamar os dois e se arrumem logo porque eu marquei às 20:00.
- Tá, né. - Concordei, derrotado.
- Pi, ela tem uma filha... - Piroca piscou pra mim, sorrindo.
- Ah, é? Gata? - perguntei e minha mãe saiu, revirando os olhos e rindo.
- Ninguém conhece...
- Vai que é aquelas muié feia... Credo. - falei me benzendo e ela riu.
- Ô palhaço, não vai ser nada demais! Se for feia você só cumprimenta... E se for bonita...
- Piroca, da onde cê tirou que eu sou assim? Ocê sabe que eu sou um santo! - falei brincando e ela sentou no outro sofá.
- Santo... Aham... - balançou a cabeça negativamente. - Pi, já faz tempo que você terminou com a Jade, nem quer seguir a vida.
- Uma gata vindo aqui em casa, vai resolver?
- Só curte... Ficar não mata.
- Pode ser.
- Como foi o cinema? E por que você tá... - se aproximou. - Molhado? - pegou na minha blusa.
- Uma longa história, depois eu conto procê. Vou subir... - levantei e fui pro meu quarto, deixando ela sozinha na sala.
Fiquei no meu violão um tempo e quando olhei as horas, já eram 19:30. Corri pro banheiro, tirei a roupa e entrei debaixo do chuveiro. Rapidamente me arrumei, me vesti muito simples... E demorei mais para ajeitar meu cabelo, que estava escondido na touca. Da escada já dava pra escutar vozes diferentes e quando desci, me deparei com 3 visitas. Um jovem que aparentava ser da minha idade, uma coroa bonita e uma menininha.

- Ele desceu! - minha mãe falou sorrindo. - Esse é o meu filho gente, Luan. - me apresentou e a expressão deles foi de surpresa. Cumprimentei todos e sentei do lado do meu pai.
Comecei a conversar com eles, descobrindo mais sobre os mesmos. A coroa é a amiga da minha mãe. O rapaz é enteado e a garotinha é a filha caçula.

- A Pi... - minha mãe me olhou feio. - A Bru me falou que tinha uma filha mais velha, não veio? - perguntei e ela sorriu para a minha mãe.
- Veio sim, foi ali com a Bruna... Aliás, olha elas aí. - apontou o olhar para a Piroca e para a... Metida das últimas situações, eu não acredito.
- Oi, Luan... - ela sorriu cínica. - Nossa, eu sou sua fã! - se aproximou de mim, me dando um beijo no rosto. - Tomara que isso acabe logo, querido ídolo.- Sussurrou no meu ouvido.
- Oi, muié... Prazer! - também sorri cínico. Obrigado, minha linda. - a fuzilei com o meu olhar, enquanto ela sentava do lado de sua mãe.
- Nossa filha, eu pensei que você ia até chorar, você é louca por ele. - Erika falou e eu sorri convencido pra ela.
- Não sou de chorar... Nem pro meu primeiro abraço. - me devolveu o sorriso.
- Mas estou muito feliz, vou aproveitar bastante meu momento com ele.
- Então você já o conhecia pessoalmente? - Meu pai perguntou.
- Já sim, Seu Amarildo. - respondeu simpática. - Ganhei camarim, em Fortaleza.
- Ah bom...
Todos conversavam animadamente e para meu azar, todos da minha família haviam gostado dela, principalmente minha irmã. Entre as conversas, nós dois trocávamos olhares matadores, sem nos importar se alguém podia perceber.

- Vamos jantar? - minha mãe levantou. - A mesa já está posta.
- Vamos. - Dona Erika levantou, seguindo a minha mãe. Meu pai disse algo para a Duda e saiu brincando com ela. Bruna e Gabriel também foram conversando e só sobrou nós dois, naquela sala. Nada confiável, nadinha.

- Que bom que nossas palavras não foram concretizadas, num é Ídolo? - veio pro meu lado.
- Uma maravilha poder te ver duas vezes em um dia, fã. - sorri.
- Estou tão emocionada em te ver... Acho que vou chorar. - fungou e passou a mão debaixo dos olhos, fingindo chorar.
- Não fica assim, vem, me dá um abraço... - me aproximei, nos deixando muito próximos.
- Não sei se mereço tanto... - falou fingindo uma voz embargada e me abraçou.
- Cheirosa até.
- Digo o mesmo de você, cantor. - falou no meu ouvido, com uma voz... Deixa pra lá.
- Vocês não vêm? - Bruna apareceu nos chamando, fazendo a gente se soltar.
- Desculpa atrapalhar esse momento de realização de sonho... Mas estão chamando. - falou rindo e a Tanara levantou, me olhando.
Tive o desprazer de sentar do seu lado. Enquanto o pessoal comia e conversava, sem querer, entramos no assunto da van novamente, fazendo nossa discussão retornar. Sempre retrucávamos; Ela não assumia que foi a culpada. Todos olhavam assustados, até a minha mãe se pronunciar.

- Gente... Parem! Eu pensei que ia ser uma coisa bonita... Encontro de fã e ídolo. Não passava pela minha cabeça que vocês dois iam ficar brigando, assim. - falou assustada.
- Não estamos brigando, tia Mari. - Tanara falou toda cínica. - Ele apenas não assume que o motorista da van foi culpado, não eu.
- Ô garota, você que parou do nada... - Falei num tom mais alto e meu pai me interrompeu.
- Luan! Morreu o assunto. - falou sério, olhando para nós dois, e voltamos a comer, emburrados.
Todos elogiaram a comida, inclusive eu. Depois veio a sobremesa e se separaram dentro da casa, cada um conversando com um. Eu estava comendo o doce, sentado na parte externa, observando a piscina.

- Pensando na Jade? - ouvi sua voz, era ela de novo.
- Tá louca? - me virei e ela sentou do meu lado.
- Vou ficar aqui com você. - ela sorriu pra mim e posicionou seu olhar para piscina, como eu.
- E eu deixei? - Credo Rafael, eu sou sua fã. - falou rindo e eu ri também.
- Fica aí, fazer o quê né?
- Você adora minha companhia, assume.
- Logiquisim!
- Mas vem cá, vai dizer que você não pensa nela? Depois de um término, é normal acontecer isso.
- Às vezes acontece mesmo uai, mas só às vezes mesmo.
- Você ainda gosta dela né?!
- Pior que não. Sinto um carinho por ela, por tudo que aconteceu... Mas gostar como no começo, não.
- Você amava ela...
- Me enganei. Se eu amasse mesmo ela até agora não teria superado, estaria sofrendo e tudo mais... Eu gostei dela, gostei muito.
- Eu te amo eternamente, minha Jade. - ela cantou fazendo careta.
- Tinha que rimar, uai.
- Homens...
- Agora permanece nossa amizade, pelo menos eu espero. - falei rindo e ela fez careta de novo. - Você não gostava da gente?
- Não.
- Ciúmes né?!
- Claro que não. - ela gargalhou.
- Uai...
- Ela não gostava de você, como você gostava dela. Quem sabe da história de vocês desde o começo, sabe como funcionou.
- Como assim?
- Eu sei de tudo amorzinho... Ela aceitou ficar com você, depois da fama. Eu sempre achei que você estava cego de amor e não via isso. Aliás, eu pensei realmente que você era louco por ela.... E sempre soube que ela não sentia o mesmo. Qual é, ela te beijava de olho aberto, velho.
- Não é assim... - falei mais baixo.
- Eu falo demais né?! Desculpa. Enfim, vamos mudar de assunto?
- E você? Namora? - perguntei e ela caiu na gargalhada.
- Não.
- Por que?
- Porque não apareceu ninguém, ué.
- Mas tá gostando de alguém?
- Não. Tô de boa. - sorriu. - Quer dizer, tô encalhada mesmo.
- Nem ficando com ninguém?
- Pior que não.
- Você é sapatona muié?
- Não?! - riu. - Quando aparece alguém querendo e eu também quero, rola.
- Agora tudo se encaixa! Tá explicado porque você tá solteira, encalhada.
- Eu sou chata né?! - concordei com a cabeça. - Talvez seja por isso mesmo.
- Mas já namorou?
- Já.
- E Por que acabou?
- Ele me machucou, me traía.
- Nossa...
- Pois é. Eu me apego rápido e me ferro. Sofri demais depois disso e resolvi quê... Vou só curtir, não vou sofrer por ninguém.
- Agora você tem medo?
- Muito. É a pior coisa do mundo... E se tratando de pessoas como eu...
- Como assim como você?
- Eu sou romântica...
- Ah.
- E é isso...
- Encalhadinha.
- Querido, pare viu?! Eu não tenho culpa se os homens não se interessam numa coisa gata dessa... - piscou e eu ri.
- Vai saber né... Deve ser porque você não é gata?
- Não corta meu barato, eu tô tentando levantar minha auto-estima. - ela riu sem graça. - E você? É o transão que todas suas fãs pensam?
- Transão?
- É. A maioria das mulheres gostariam de dar o "priquito" para você, ué. - Terminou de falar e eu gargalhei.
- Priquito?
- Desculpa, deveria ter usado termo melhor para me dirigir ao príncipe.
- Não, idiota, só achei engraçado.
- Só tem nome feio, pra isso. - ela riu. - Mas enfim...
- Eu não sou "transão", mas também não sou besta.
- Hum...
- E você, Pikitinha?
- O que, Luan? - foi a vez dela de gargalhar.
- Vou te chamar assim, pelo o que ocê falou.
- Vai se ferrar.
- Gostou? Sou criativo né?
- Pode ir parando, credo.
- Vou te chamar assim pra sempre...
- Que pena que você não vai me ver mais, pra poder usar esse apelido feio.
- Graças a Deus.
- Eu só te chamo de coisa bonitinha e você me chama disso...
- Uai, é carinhoso. - fiz um coração com a mão e ela riu. - E eu mereço ser chamado de coisas bonitinhas, eu sou lindo.
- Nem se acha né?!
- Mas eu sou, vai dizer que não?
- Mais ou menos.
- Que nada, cê me acha lindo, gostoso e tudo mais!
- Convencido.
- Só gosto de mim, uai.
- Pessoas normais gostam de algumas coisas, convencidos que nem você, gostam de tudo!
- Nada a ver muié, eu gosto mais da...
- Sua boca.
- Como ocê sabe?
- Sou sua fã né?!
- Nem parece, toda grossa.
- Eu só acho que você não é intocável. - falou metida e eu revirei os olhos.
- Ocê não gosta da sua?
- Não. Acho ela grande...
- Seus lábios só são um pouco carnudos... As muié gostam de ter boca assim.
- Pois eu não gosto, acho feia...
- Uai... - me aproximei, deixando nossos rostos próximos. - É bom pra fazer isso aqui... - Encostei nossas bocas, pegando seu lábio inferior e mordendo, puxando pra mim, enquanto olhava nos seus olhos.
Era bom pra morder, era macio... Fiquei roçando meus dentes e ela tentava falar algo, fazendo a cara mais engraçada do mundo. Mas sabia que se puxasse, rasgaria e machucaria. Selei e rapidamente pedi passagem para a minha língua e ela ainda de olhos abertos, mostrava que estava assustada, mas liberou a passagem, me fazendo aproximar nossos corpos para melhor o "nosso beijo";



Quando vi minha mão já estava nos seus cabelos e não conseguíamos parar. Ela me empurrou de leve e eu percebi que ela estava sem fôlego. A soltei e sem saber o porquê, ficamos nos olhando, estranhando aquilo.
- Luan...
- Foi mal. - cocei a cabeça e ela deixou a boca entreaberta. Fazendo eu focar meu olhar na sua boca de novo. Ela era metida, mas a sua boca tinha o meu respeito, puta que pariu.
- Você não deveria ter feito isso, seu...Vesgo metido! - ela me olhou brava, um pouco fofa.- Tá pensando o quê? Que sou assim? Que faz tudo que você quiser na hora que você quiser? Não sou não! - Ela falava e eu prestava atenção. Quer dizer, eu a escutava mas só prestava atenção na sua boca.- Luan Rafael, eu tô falando com você!
- Terminou? - perguntei e ela parou, cruzando os braços.
- Sim. - falou mais calma.
- Olha, primeiramente, eu não tenho culpa se sua boca é assim... Tão, gostosa. - me aproximei, passando a mão novamente, pela sua nuca. - Então, eu não tenho culpa se estranhamente gostei dessa parte de você. Cala essa boca e deixa eu aproveitar. - falei e ataquei sua "boquinha". Mordi devagar em um selinho, mas logo pedi passagem e ela deixou, nos fazendo começar outro beijo. Confesso que estava com um certo medo de alguém chegar, mas não conseguia parar, como já falei, era mais forte que eu.
Ela foi se esquivando e nós estávamos no chão, um pouco próximo da piscina. Acabamos deitando de vez, coloquei o cabelo dela de lado, e fiquei por cima dela. Me afastei um pouco, pegando ar, mas logo voltei a beija-lá, se não ela se afastaria. Eu estava por cima e seus cabelos boiavam na água, já que eram um tanto grande. Mesmo nos beijando ela tentou nos virar. Me virou pro lado errado e acabamos caímos na piscina. Ouvi o barulho do "bum" na água e afundamos, ainda nos beijando. Colocamos a cabeça pra fora d'água e puxamos o fôlego; Nos olhamos rindo e ela começou a andar até a escadinha de saída. A puxei, nos aproximando novamente e fui nos guiando até uma pontinha mais discreta da piscina. A prensei ali.

- O que está acontecendo aqui? - era a Bruna, merda.




Ooooi gente! Primeiro deixem eu me apresentar: eu sou a Duda, que dou sempre uma forcinha aqui na Fic quando a Tatah precisa rsrs' Boom, mas e aí? Gostaram? Primeiro beijo (E que beijo)... "Pikitinha" ..Luan e sua criatividade kkkk' LARISSA OBRIGADA PELA AJUDA ' Obrigada pelos comentários no capítulo anterior e continuem comentandoooooo, isso ajuda bastante, falem o que vocês gostaram (ou não gostaram), o que acham que vai acontecer, enfim...' 10 comentários e o próximo (Sou boazinha) Bjs :* Voltareeei em breve HoHoHo



sábado, 27 de dezembro de 2014

Capítulo 4



Tanara's POV. 

Cheguei em São Paulo depois de algumas horinhas, e lá estava ela, me esperando. 

- Meu amor! - minha mãe me abraçou, quer dizer, me esmagou. 
- Oi Dona Erika! Benção?
- Deus te abençoe. - me soltou e beijou minha mão. 
- Ê São Paulo... - olhei em volta, enquanto ela pegava uma das minhas bolsas. 
- Fez boa viagem? 
- Sim... Só dormi. - falei rindo e ela apontou para a direção que iríamos. 
- Gabriel e Duda estão numa ansiedade só! 
- Minha vó e o Ale quase choraram... A senhora não podia fazer isso, tá?! 
- Vamos ver se você não toma jeito, aqui, comigo. 
- Nem vem... Eu não fiz nada! 
- Magina, você é a pura santa. 
- Sou mesmo. 
- Te ajeita, te ajeita... 
- Já chega né?! Vamos logo. 


Dentro do carro eu observava a grande São Paulo, e nossa, como era movimentada. Não era longe e logo entramos em um condomínio, imagino que deva ser onde eles moram. 
Me surpreendi ao ver que o Gabriel não estava exagerando, era chique. Mamãe estacionou o carro e eu desci, curiosa para ver como era a famosa casa da dona Erika. Entramos e eu estendi minha visão para todos aqueles detalhes, nossa, era tudo muito bonito! 

- Tataaaaaah! - uma pirralhinha correu para me abraçar, vulgo minha irmãzinha Duda. 
- Oi Du! - me abaixei, envolvendo meus braços na sua cintura. - Você tá diferente hein?! Cresceu. - avaliei seu rosto e sua altura. 
- Eu sou uma moça agora.- falou sorrindo, toda "ispilicute". 
- Vai me dizer que já menstruou? 
- Hã? - perguntou. 
- Deixa a menina, Tanara! - minha mãe me repreendeu e ouvi risadas vindo da escada. 
- Já começou as doidices? - Era Gabriel. - Heeeey, querida amiga! - abriu os braços e foi minha vez de correr para abraçá-lo.
- Que saudade, branquelo! - o apertei, fazendo ele rir mais ainda. 
- Também estava, chatinha. - beijou meu rosto. 
- Biel, pega ali as malas dela! Seu pai chegou?
- Ainda não... - me soltei, indo até o carro. 
- Vem Tatah, vou te mostrar a casa! - Duda falou animada, puxando minha mão.
- Meu quarto é lindo né?! 
- Ainda vamos comprar seus móveis, querida. - minha mãe falou e eu fiz bico. 
- Vem! - Duda me puxou novamente e subimos. 

Ela foi me mostrando tudo, coisa por coisa... Era tudo lindo, mesmo! Eu ficaria no quarto de hóspedes, por enquanto. Mas estava ótimo, já que eu esperava passar apenas alguns dias, apenas. 


Dois dias depois... 

Nunca pensei que vir pra São Paulo seria tão tedioso. Sabe a Ana? Minha amiga? Até ela me abandonou! Não veio me ver, pois afirma que está muito ocupada, trabalhando e estudando. Tá mas... E eu? Cris me ligou quase chorando, reclamando por ter acontecido tão rápido e eu expliquei que não tive culpa de nada, ou tive?! Tati também veio com seus dramas, o que me fazia rir... Prometi que logo logo veria minhas vaquinhas de novo e espero cumprir.  

Estava na sala, jogada no sofá, quando ouvi minha falando com alguém no celular. 

- Ela está reclamando, acredita? - riu. - Tem uma amiga aqui, Aninha... Mas ela trabalha e estuda, não teve tempo de vir ainda. - Ela estava falando de mim para alguém? É isso mesmo? Eu não sei o que fazer com ela, de verdade. - O Gabriel também trabalha... Só sobra a Duda, que também estuda! - deu uma risada, mais uma vez. - Deveria trazer a Bruninha aqui, mulher... Pra fazer companhia à ela. - deu uma pausa, acho que a outra pessoa estava falando. - Isso! Pergunte à ela, são da mesma idade.. Podem sair... - concordava com algo que a outra pessoa falava. Quem é? - Tchau, até mais, beijo! - desligou e me olhou, sorrindo. 

- Quem era?
- Uma amiga.
- Que amiga? 
- Pra quê você quer saber? Vem lavar essa louça pra mim! - apontou para a pia, que estava lotada. - Hoje a mulher não vem. 
- Mãe, quem era? A senhora estava falando sobre a minha pessoa, então eu tenho direito de saber. Né não?! 
- Né não. Anda, vem lavar isso aqui. - bateu na minha perna.
- Sou visita, fofa. - me ajeitei no sofá, mudando o canal. 
- Vá logo. - falou e subiu as escadas. 

Só o que me faltava, sair de fortaleza pra ser empregada doméstica em São Paulo... Sem receber ainda! 

(...) 

Luan's POV. 

Minha agenda estava lotada, estava uma correria só! Mas hoje tinha um show próximo à minha casa e eu pude passar o dia com a minha família. Aproveitei para curtir um pouco, optei por um cineminha e os meninos gostaram da idéia. A Piroca não quis ir, estava entretida lendo um livro e mal me respondeu direito. 

Coloquei uma touca para me disfarçar um pouco e entramos no shopping. 
Não tinha muitas pessoas, já que era uma tarde de semana e a maioria ali, estava trabalhando. Com certeza o cinema também estaria vazio e isso era até bom, para não tumultuar, mesmo com o Well indo. Compramos o ingresso bem em cima da hora, a sessão já iria começar. Escolhemos um filme de terror e parecia ser bem maneiro. Compramos os refrigerantes e as pipocas, a moça que nos atendeu acabou me reconhecendo, pedimos discrição e tirei a foto com ela. 

Entramos na sala com o filme já começando, como eu imaginava, tinha pouquíssimas pessoas. 

Rober apontou para a última fileira, que só tinha uma garota e assim, seguimos ele. Rober na frente, eu em seguida e o Well por último. Estávamos passando pela tal garota e eu acabei me desequilibrando, estava segurando os dois refrigerantes, o meu e o do Rober, e sem querer, caiu tudo nela.

- Foi pro pau. - passei a mão na touca, vendo os dois copos nas suas pernas e ela totalmente encharcada. Ela abriu a boca em indignação e foi subindo o olhar. 
- Olha o que você fez, garoto! - apontou pra sua roupa, ainda assustada. 
- Desculpa moça, foi sem querer! - Falei nervoso, tentei pegar os copos e ele deu um tapa na minha mão. Rober que já estava sentado, ria da situação. 
- Da licença, moça.- Well pediu passagem e ela levantou, me encarando. 
- Você? - falamos juntos, com a mesma surpresa. Era ela, a metida da van. 
- Luan, senta. - Well falou baixo, ainda em pé. 
- Olha o que você fez, Luan Rafael! - Ela me olhava brava e eu agora, controlava minha risada. 
- Desculpa, foi sem querer... Qual seu nome mesmo? 
- Tanara. - ela sorriu cínica. Pegou o seu refrigerante e derramou tudo em cima de mim. - Desculpa, foi sem querer. - levantou as mãos em rendimento, imitando a cara que eu fiz. 
- Sua louca! - falei olhando para o meu estado, com o tom mais alto. Well se aproximou dela, lhe fazendo medo e eu coloquei o braço, o impedindo. 
- Que é fofo? Vai me bater porquê eu melei seu patrãozinho príncipe? Ele é intocável, não é mesmo? - ela falava atrevida e o Well ia falar algo, mas eu o interrompi. 
- Eu falei que foi sem querer, sua metida! - tentando limpar o estrago que ela tinha feito. - Eu pensei que fosse minha fã. 
- Ow ídolo, já pedi desculpas! - Ela fez bico, cínica. - Veja pelo lado bom... Agora estamos quites.- soltou beijo e saiu andando. 

Sentei do lado do Rober, ele ria com a pipoca na boca. 
- Vocês dois ficaram sem refrigerante. - Well nos zoava. 
- Era a mina da van? - Rober perguntou. 
- Exatamente. - falei, bufando. - Isso tá gelado, porra. - reclamei, desgrudando minha camisa molhada da minha pele. 
- Ainda nem ajeitamos o dinheiro do concerto lá... Tenho que ligar pra ela. - falou simples.
- Você não viu o que essa louca fez?
- Mas foi você que deixou a moça molhadinha... - falou o "molhadinha" com maldade e eu me levantei. 
- Vai pra onde, Luan? - Well perguntou, se levantando também.
- Fiquem aí, vou atrás dela.


Saí da sala, procurando ela e por sorte, ela estava naquele "corredor deserto", iluminado por poucas luzes. Notei sua roupa molhada, estava grudada e marcando seu corpo... Uau. Aparentava tentar uma ligação, e pelo visto, não tinha muito sucesso. 

- Muié... - falei chegando por trás dela e ela praticamente deu um pulo, virando assustada.
- Que susto, filho de uma égua! - Me deu um tapa no ombro.
- Você acha que faz isso e sai assim? 
- Você que começou. 
- Eu me desequilibrei! 
- Pois eu também, oh...
- Isso foi infantil, metidinha. 
- Que seja! O que veio fazer aqui? Volta pro teu filminho, cantor. - falou saindo, mas eu segurei seu braço. 
- Vim cobrar o que está me devendo, fã. 
- O que eu estou te devendo, ídolo? 
- Minhas desculpas.
- Sonha que eu vou te pedir desculpas, só sonha! - soltou uma risada sarcástica. 
- Você só daqui quando isso acontecer...- apertei seu braço com mais força, a puxando pra mim. 
- Se você não soltar meu braço, eu vou chamar a segurança! - tentou se soltar mais uma vez e eu peguei sua outra mão.
- Espero que não nós vejamos nunca mais... Querida fã. - falei olhando nos seus olhos.
- Eu também espero... Querido ídolo. - falou da mesma forma e eu a soltei. Se ajeitou e saiu, toda metida. 




Nem demorei, demorei? Hahaha. 
Oieeee! Sobre estar pequeno, é preciso para manter o "suspense". 
Gostaram? Espero que sim. Sobre os comentários... Vou responder alguns, oh...


Laura Araújo > Laurinha, cê tá muito sentimental mesmo! Mas não tem problema, continue comentando com essa sua sensibilidade, hahaha. 

Vanessa > Eu não sou doida e você sabe disso! Continuo, está aí... Hahaha. (Quando será que eles ficam juntos, hein?) 

Lívia Oliveira > Awn Brasel, será que vai mesmo? Aguarde, sou má hein?! u.u 

Letícia Reis > Mandar mensagem? Ir atrás dela? Só digo uma coisa... Espere sempre o inesperado... Eu sou imprevisível. Hohoho 💅 

Dessona > Oi, continuo, tchau e beijo.

Princesa do Rafa > Querida, que boca suja é essa? Se situe! Aí meu pescoço menino... Faz isso não. #EuNãoMereçoSerMorta e oh.. Só quero o melhor pra fic, por isso fiz isso! Eu queria mudar o nome dela e só não mudei pra vocês não ficarem mais bravas. Tá vendo? Eu só penso  em vocês ❤️ E... SERÁ QUE LUNARA VAI BRILHAR NESSE CARAÍ? AÍ MEU DEUS, EU NÃO SEI!!!!!!!!! 

Noemi Figueiredo > que bommmmm que está amando! Indico sim mulher.. | VAMOS LER A FIC DA NOEMI? ESTÁ NO COMEÇO!!!!!! www.naoeumsonhols.blogspot.com | Vou ler também... 0/ 


É isso gente, obrigada à vocês que comentam, seja por aqui ou falando comigo (né Kekel?) E as fantasminhas... Comentem, ajuda muito! 11 comentários. (Ou será que conseguimos mais?) BEIJO!!!! 
(Eu estou viciada em "hahaha" e em pontos de exclamação, socorro!!!!)

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Capítulo 3



Tanara's POV. 

Eu dormi no quarto da minha vó, estava com medo que ela passasse mal durante a madrugada. Meus sentimentos não tinham outro rumo, eu  só pensava naquele show. O que será que ele pensou sobre eu não ir? Será que ele se importou? Será que lembrou de mim? Com tantos "serás" eu acabei pegando no sono. 

No domingo, eu acordei cedo. Graças à Deus minha vó estava bem e já estava nas suas panelas. Alexandre só chegou de manhãzinha e eu achei melhor não contar nada. Estava me sentindo tão estranha... Foi tudo muito louco e eu já estava mal, com saudades. Mas ao mesmo tempo, irritada com as suas palavras e sua forma de falar. Cris me ligou, me contando que abraçou mais uma vez e me agradecendo, eu fiquei muito feliz em saber que deu certo. Tive que contar tudo à ela e ela me xingou de tudo que era nome. Mas logo depois riu da situação. Aquilo era engraçado? Pelo menos um lado bom. Disse que depois me mandaria as fotos e desligou. Ela com certeza vai contar tudo pra Tati e eu não teria trabalho. O dia todo foi assim, eu, minha cama e meus pensamentos. 

(...) 

E para variar, mais uma segunda e mais uma vez atrasada! Deixe-me contar um pouco da minha vida. Moro com a minha avó, pois quando mamãe se mudou para São Paulo eu ainda estudava. Logo depois que terminei meu 3º ano, meu tio arranjou um emprego para mim, me impedindo de ir morar com a minha mãe (sua grande vontade). Trabalho numa empresa de eventos! Eu e minha equipe fazemos de tudo para que, cada comemoração seja a mais perfeita! Se eu gosto? Até que gosto. Eu sempre gostei dos detalhes das festas e modéstia parte, sempre fui criativa! Pretendo fazer publicidade e assim tudo encaixou. Única coisa chata é que tem que estar na empresa sempre às 8:00. Quem disse que eu consigo? Minha chefe, que diz me adorar, vive puxando minha orelha pelos meus freqüentes atrasos! 

E como já falei, dessa vez não foi diferente. Mas o que eu não sabia é que teria uma surpresa, que abalaria minha vida. 

"Sinto muito... Mas você está demitida!"

Eu sabia o motivo, mas não podia dizer isso para a minha vó! "Oi vó, perdi um ótimo emprego porque o meu sono é maior do que eu" Não, eu não podia. E o pior não era nem a minha vó, era o que estava por vir... Dona Erika! 

(...)

- Tia vai te matar. - Ale ria de mim, após eu contar sobre minha demissão. 
- Isso eu já sei! Me ajuda.
- Ajudar como?
- É verdade, eu também não sei como... Mas sei lá, vamos pensar! 
- Não priminha, você tem duas opções! Contar pra ela e ela te matar ou contar pra ela e ele te assassinar. 
- Qual é a palavra mais bonita? Matar ou Assassinar?
- Acho que assassinar.
- Então terei que ir na segunda opção! - disse levantando. 
- Boa sorte! 
- Obrigada. - sorri forçada, pegando o celular. 
Olhei várias vezes para o nome "mãe" e na 20º vez, tive coragem para apertar em "chamar". 

- Oi mãezinha, boa tarde! Benção? - falei mansa. 
- Oi minha filha! Tudo bom? Deus te abençoe! Não deveria estar trabalhando? 
- Ah... É que... Tá tudo bem por aí? 
- Tá sim. Aliás, como foi seu show? 
- Eu não fui. Vovó passou mal e eu fiquei a noite com ela.
- Que pena bebê... Mas outras chances virão... - ela riu sapeca. 
- Pois é... - ri fraco. - Mãe, preciso te contar uma coisa. 
- Fale.
- Eu... Hum, é que eu.. 
- Você?
- Fui demitida. - falei tão rápido que até me impressionei com a minha capacidade.
- Você o quê? Fale devagar. 
- Fui demitida mãe... 
- Como é que é dona Tanara? Não acredito! Quando você vai deixar de ser irresponsável? Você já tem 18 anos. 
- Eu sei mãe, deixa eu falar...
- Me escute! Ali era maravilhoso, várias meninas se esforçariam pra conseguir, mas você, não se esforça nem para manter! Trabalhar era o mínimo que você poderia fazer. Aliás, e sua faculdade? Cadê?
- Calma mãe! Eu sei que não deveria ter perdido mas aconteceu. Você sabe que eu já fiz prova aqui em fortaleza, só não quero fazer em uma particular! Mas não se preocupe... Daqui a pouco eu arranjo outro emprego aqui, vai dá certo.
- Vai dá certo mesmo, porque você vem pra cá! Quero ver se debaixo do meu nariz você não toma juízo. Sua vó te mima e você fica desse jeito... Irresponsável! Vai vir para São Paulo, vai resolver tudo aqui.
- Claro que não mãe! Eu gosto daqui, sempre morei em fortaleza. Eu já tenho 18 anos, você não pode fazer isso comigo. 
- Posso! Enquanto comer do meu pirão, prova do meu cinturão. - Qual é mãe, que frase mais antiga. - Sempre sustentamos você e agora mais do que nunca, está desempregada. 
- Mãe, pelo amor de Deus...
- Você vem e o mais rápido possível! Passe para a mamãe. 

Fechei a cara e fui até a minha vó, entregando o celular. Ela não podia fazer isso comigo! Eu já tinha 18 anos e podia decidir em que cidade eu vou morar. Aliás, infelizmente ela podia fazer isso. Mesmo trabalhando, era ela que me "sustentava". Não só ela, minha vó, meu tio... O meu salário eu usava mais em festas, roupas, bolsas, sapatos... Gastava só para o meu luxo, devo admitir. Eu mimada? Talvez um pouco, mas eu não tinha culpa não é mesmo?! Eles não me davam nenhuma obrigação relacionada ao meu dinheiro, então eu tinha que gastar comigo, oras. O pior de tudo, é que com o meu desemprego, e indo para São Paulo, eu vou depender totalmente dela. Minha vó me entregou o celular, me olhando feio. 

- Eu não quero ir, vó. - choraminguei. 
- Mas vai! Pra deixar de ser irresponsável. Sua mãe está certa...- falava tentando parecer "durona". 
- Mas vó...
- Quem mandou você fazer isso?
- Eu não fiz nada, nem sei o porquê da minha demissão. 
- Pois eu acho que eu sei, sabe?! 
- Vó... 
- Lá não deve ser tão ruim! Se você mostrar que mudou, talvez ela deixe você voltar. 
- Isso é tão injusto... Eu já sou maior de idade. 
- Então saía sozinha pelo mundo, senhora maior de idade. 
- Vó... 
- Arrume suas malas. 
- Armaria vocês! Nam. - sai batendo o pé, realmente chateada. 



3 dias depois... 


Dona Erika foi firme na decisão e eu não tive como contestar, estou indo passar uma temporada em São Paulo! 
Eu sei que qualquer "fã" estaria amando essa idéia, ficaria mais próximo do Luan. Mas eu não, eu não queria deixar minha casinha, minha vó, meu primo, minhas amigas, minha cidade! "Querer não é poder" esta frase se encaixou no momento e cá estou eu, no aeroporto, abraçada com a minha vó. 

- Poxa Tatah, eu deveria te dar um tapa por você ter perdido esse maldito emprego! Como eu vou ficar sem você? - Ale falou todo bobo, com a mão no queixo. 
- Tá escutando vó? Ele tem coração! - soltei minha vó e alisei seu rosto. 
- Tô sim minha filha... Aposto como vai ter até febre, de tanta saudade. - Dona Fátima falou divertida, fazendo ele rir. 
- Quem sabe? Eu até que gosto de você, pirralha. - me olhou fofo. 
- Eu acho que também gosto um pouco de você, playboy. - falei indo o abraçar. 
- Ow meu Deus! - minha vó falava "apaixonada" enquanto nos abraçávamos. 
- Acho que é o seu vôo... - ele me soltou triste, ao ouvirmos a chamada. 
- Chegou a hora... - respirei fundo. - Tchau vó, obrigada por tudo! Eu volto logo, prometo. - a abracei novamente, me segurando para não chorar. - Eu te amo, idosa da minha vida! - tentei descontrair. 
- Se cuida lá hein?! Juízo dona doida, juízo! Tomara que volte mais responsável... Não é? - soltei um risinho. - Me ligue sempre. - me apertou. - Vó te ama. - beijou meu rosto e depois minha testa. 

- Vem cá, pirralha! - Ale me abraçou. - Cuidado na vida lá hein?! Tô de olho! 
- Ai Alexandre... - revirei os olhos. 
- Vou sentir muitas saudades, das tuas perturbações. Trate de voltar logo... - me apertou forte e eu soltei uma risada.
- Eu sei que vai e eu também te amo, viu?! - falei e ele concordou sem graça.  - Bom, tenho que ir. - peguei as malas, dei mais beijo nos dois e apressei meus passos. 

(...) 

Luan's POV. 


Fazia quatro dias desde o encontro turbulento com aquela "minha fã" e também fazia quadro dias que eu não parava de pensar nela. Nunca ninguém me enfrentou assim, sempre pagavam pau pra mim! Ainda mais uma fã, uma fã. Como pode isso? O fato dela ter sido orgulhosa e ter negado sua presença no meu camarim, também me deixou mexido. Não que eu quisesse ver ela de novo... Ou era? 
Não, claro que não! Não gostei dela, e vai continuar assim... Tomara que eu nunca mais a veja, tomara até que ela desista mesmo do seu fanatismos e tomara também que o primo tenha matado ela. Vamos Luan, esquece essa louca que cruzou o seu caminho, esquece!



Oi gente!! Felizzzzz Natal amores! 😍 É o nosso 2º natal juntas, não é?! Tudo de maravilhoso e abençoado pra vocês... Pessoinhas que me apóiam em todas minhas maluquices.. ❤️
Bom, foi pequeno pra ficar organizadinho... Hahaha! Daqui pra frente o negócio começa a ficar bom. 10 comentários para o 4? Pode ser? Se tiver posto ainda hoje! Bem-vindas leitoras novas (será melhor ainda já que não sabem dos capítulos antes do "recomeço") beijossss! 😘 

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Capítulo 2




Luan's POV. 

Ficamos esperando a mulher entrar e claro, nos preparando para o susto que ela vai levar ao me ver. 

- Ele me garantiu que não são estu... CIRILO! - Uma morena falava entrando, mas se assustou ao ver o Cirilo. Ele não era tão feio assim... Ou era? E por que ela chamou ele de Cirilo? Bom, parei para notar nela. Eu imaginava uma mulher mais velha, e essa parece ter uns 20 anos. 
- Moça? - Rober a chamou, tentando tirar ela do transe. Estava olhando para o Cirilo, de boca aberta. 
- ROBER! Porra, eu bati na van do Luan? - olhou pro Rober e depois para todos os lugares, até parar o seu olhar em mim. - Luaaaaaaaan! - quase gritou, com a mão na boca. 
- Ela é fã. - Rober citou, rindo. 
- Ela congelou. - falei, rindo. Estiquei meu tronco, sob os olhares de todos ali. - Moça... - Toquei de leve no braço dela e ela pegou na minha mão. Olhou pra mim, ainda de boca aberta, com os olhos piscando. Vi suas lágrimas caírem. - Minha van bateu no seu carro, lembra? - falei e ela assentiu com a boca ainda aberta e as lágrimas descendo. - Não precisa chorar, eu vou pagar seu concerto...
- Quando começa o estupro? - falou sorrindo pra mim e eu arregalei os olhos. - Quer dizer... Nossa, eu sou sua fã. - sorriu, largamente. Foi tocando no meu braço e eu estava achando a sua cara a mais engraçada. 
- Vem cá, muié! - falei, a puxando de leve. Por estarmos na van, foi um abraço improvisado, mas eu sentia seu carinho. 
- Nossa Luan, eu... - falou, me apertando. 
- Muié, a gente tem que conversar sobre o dinheiro... - falei baixinho e ela ficou sem graça, me soltando. 
Sentou, um pouco afastada de mim. 
- Então, como vai ser? - Rober perguntou. 
- Eu não quis parecer chata mas o carro não é meu... Estava indo pro aeroporto, ver você. - sorriu pra mim e eu confesso, aquela sua expressão foi linda. Ela realmente era muito bonita. 
- Sério? Me ver? - perguntei sorrindo,  brincalhão e ela riu. 
- Mas não cheguei à tempo... 
- Pois é. 
- Que fique claro, que seu motorista estava com uma velocidade não permitida nessa BR! 
- Ah, mas você freou do nada, não foi? Isso é errado. - falei, um pouco mais sério. 
- Sim, mas só quis evitar outro acidente, por causa de outro motorista irresponsável! Igual o seu. 
- Meu motorista não é irresponsável! Você foi errada, deveria ao menos assumir. 
- Não! Não posso assumir nada, se não fiz nada de errado! Ela estava rápido, freei e ele bateu. Simples! Agora vocês me dão o dinheiro e talvez meu primo não me mate. 
- Pagar eu vou pagar, porque não gosto de discussões desnecessárias! Mas você foi a errada, deveria ser mulher o suficiente para assumir. 
- Luan, se situa! Ele estava rápido, eu fui um anjo em ter freado... Já pensou se um acidente maior acontece? 
- Talvez não tivesse necessidade de você frear, você pode estar exagerando apenas para não pagar isso! E mesmo que ele estivesse na velocidade permitida, bateria no seu carro. 
- Ah claro! O trânsito estava muito chato, um tédio sabe? Aí eu decidi frear do nada, pra dar emoção! - falou irônica e revirou os olhos. - Estudou física? Acho que não! Assuma você  que seu motorista errou e pague pelo erro dele! - Ela não era minha fã? Minha nossa senhora. 
- Posso lhe garantir que ele foi errado, mas não mais do que você! Vou pagar porque eu sou uma boa pessoa, mas o erro foi seu! Aliás, não quero fã minha sendo assassinada pelo primo... Mesmo sendo uma irresponsável no trânsito. - ela riu com sarcasmo. 
- Eu peguei esse carro pra te ver! E em momento algum fui irresponsável, você sabe disso, não se faça! Eu fui a mais certa! 
- Certa? Além de eu pagar, ela ainda quer ser a dona da razão! - cruzei os braços. 
- Você que tem que deixar de querer ser o dono da razão! E quer saber? Não precisa mais pagar isso não, deixa que eu me viro! Pra ajudar, vou começar vendendo meu ingresso. - me olhou feio e levantou. Indo até a porta da van. Todos nos escutavam calados e assustados. Nunca uma fã discutiria comigo assim! No máximo, choraria desesperadamente. Pediria desculpas... Mas fazer isso, nunca. 
- Calma moça! Vamos conversar... Você é fã, não é?! - ela assentiu, toda marrenta. - Camarim, que tal? - Rober perguntou simpático e ela fez cara de desdém. - Pode levar as suas amigas... - O que ele estava fazendo? Ela é uma metida! 
- Sendo assim, eu aceito! - falou de nariz empinado. 
- Ótimo! Me passa seu número para trocarmos as informações sobre o estrago aí... - tirou o celular do bolso e ela me encarou novamente. - Pode falar. - Rober disse tirando seus olhos de mim. Começou a ditar os números e ele ia digitando. - Seu nome? 
- Tanara. 
- Sobrenome? 
- Albuquerque. - Sobrenome de gente metida, certinho pra ela! 
- Pronto! Espero que seu primo não faça nada com você. - Rober riu sem humor.
- Com fé em Deus eu apareço viva nesse show! - sorriu também. - Tchau Rober! Tchau meninos. - acenou para todos, menos pra mim. 
- Que muiézinha mais metida! Elamordedeus. - falei bufando, quando ela desceu. 
- Boi, você tem cada fã viu... - Falou sentando.  
- Tá aí, primeira fã que eu não gosto! Afinal, são minhas fãs! Mas essa daí... Minha nossa senhora! Pra quê cê foi convidar ela pra camarim? 
- Esqueceu que ela pode espalhar isso? Tudo com seu nome vira uma grande coisa! Seja simpático, metida ou não, é sua fã! 
- Vou tentar. 
- Gata pelo menos...
- Testudo, testudo! - o zoei.
- Mas é Boi, cê num viu? Vai dizer que não achou? - me olhou desconfiado.
- Nada demais! Vai ver que sem maquiagem deve ser uma bruxa. 
- Não vi maquiagem nela...
- Você é muito seco. 
- Tá né, se você não achou... - levantou os braços, se rendendo. 
Logo nosso motorista entrou e fomos rumo ao hotel. 


Tanara's POV. 

Minha ficha ainda não caiu! Como assim eu abracei meu ídolo? Como assim eu discuti com meu ídolo? Como assim meu ídolo é tão chato? Porra! Qual o meu problema? Estava tão triste por não ter visto ele e quando eu vejo, eu discuto? Aí meu Deus. Ele não tinha nada que bancar o dono da razão, me chamou de exagerada! O motorista dele foi o errado, não eu. Mas devo esquecer esse episódio estranho, hoje verei ele novamente e com fé em Deus vai dá tudo certo! 

(...) 

- Menina! O que foi isso nesse carro? - minha vó falou se aproximando, assim que eu estacionei. 
- Vó, eu...
- Você bateu o carro do seu primo e ele vai te matar! Tatah! 
- Vó, escuta! Eu vi ele, eu vi...
- Ele quem? 
- O Luan! - praticamente gritei, saindo do carro. - Eu ainda não tô acreditando. - coloquei as mãos na cabeça, fazendo as cenas rodarem na minha mente. 
- Você conseguiu minha filha? Que ótimo! Fico muito feliz... - me abraçou. 
- A Van dele bateu no carro do Ale, vó. 
- Van de Luanzinho? 
- É vó! Ele vai pagar... Eu discuti com ele...
- Menina, você tá bem? Tá fazendo hora com a minha cara? 
- Tô falando sério! Ele me chamou de exagerada, quase mentirosa! Acredita? Metido.
- Você tá falando do homem que você ama... que você, "vive"! Tá sabendo disso?
- Tô! Vesgo metido! - me soltei dela. - Ahgr! - bufei, saindo dali. 

Nem eu estava me entendendo! Eu realmente me irritei com o Luan e não quero nem ouvir falar dele. 
Optei pela opção mais acessível para o meu cérebro, meu celular D E S L I G A D O! As meninas devem ter ficado me esperando também e não é por nada, ela que peguem um táxi! Tranquei minha porta e liguei meu ar condicionado. Olhei para a minha foto com ele, estampada na parede no meu quarto e a virei, será melhor. Tudo pronto, hora de dormir! 

(...) 

Acordei com pancadas fortes na minha porta, ainda estava com a roupa que fui encontrar as meninas e aparentava estar de noite. Estavam tão fortes, que me fez acordar mal humorada! 

- Quem é, porra? - Poderia ser a minha vó e se eu falasse assim com ela, poderia dá adeus aos meus queridos dentes. Mas ela não bateria na minha porta assim, fazendo a possibilidade de ser o Ale, ser 90%. 
- Eu vou te matar! - Ele gritou, dando um último soco na minha porta. Sim, era o Alexandre. 

Ajeitei meu cabelo e fui até à porta. Contei até 10 e a abri, o vendo com uma cara nada boa. 

- Antes que você fale alguma coisa... O responsável por isso vai pagar! Pronto, me esculhamba. - falei sorrindo cínica. 
- Eu nunca mais te empresto nada! E alguém realmente vai ter que pagar essa porra! 
- Tá estressadinho por causa que as putas não te quiseram hoje? Não desconta em mim não, querido! Desculpa, eu sei que confiou em mim... Mas não foi culpa minha, ele vai pagar. 
- Não te interessa o meu estresse! Bom, eu já tô indo, fica com a vó aí! - saiu e eu pude perceber, ele estava arrumado! Mas espera aí, eu também vou! Ele não pode ir. 
- Volta aqui Alexandre! Hoje é meu dia de sair! - falei, o olhando descer a escada. 
- Sinto muito, minha carona já chegou! - sorriu cínico pra mim, dando um "tchauzinho"
- VIADO! - gritei, fazendo ele rir. 

Fui olhar as horas e o celular ainda estava desligado, merda! O liguei rapidamente, querendo que seja cedo e dê tempo de tudo! Merda de novo, já são 21:00! O show do Luan! Aliás, MEU CAMARIM! 

Peguei minha toalha correndo e ao mesmo tempo, disquei o número da Cris. 

- Eu já tô na fila! Vem logo! - foi a primeira coisa que ela disse, enquanto eu tirava a roupa. 
- Oh, depois eu te explico tudo... Mas vai com a Tati pro camarim e diz que vocês são as amigas da menina que bateu a traseira na van! 
- Hã?
- Ele vai atender vocês! Vai logo! Pelo visto não vai dar tempo eu chegar então CORRE! 
- Você tá zuando com a minha cara, Tatah?
- Não porra! Vai logo... Se você não for, você vai se arrepender por toda sua vida! Tchau! - desliguei e coloquei o celular em qualquer cômodo ali. 

Tentei tomar o banho mais rápido possível e pareceu dar certo. Graças a Deus, já tinha separado a roupa que eu iria pro show e só teria o trabalho de a vestir. Estava passando o meu lápis, quando ouvi os gritos da minha vó, por mim. Ignorei, continuando minha maquiagem mas ela gritou mais forte e eu escolhi a alternativa de me atrasar mais um pouco, mas ver o que estava acontecendo. 

Estava no seu quarto, com a TV ligada, passando a novela. Deitada, com a mão no peito. 

- O que foi? Cê tá bem?
- Minha pressão Tatah! Pega o remédio pra mim. - apontou pra uma mesinha.
- Tem certeza que é só isso? Vamos pro hospital! - peguei na sua mãe e estava suada. 
- Não minha filha! Vá pro seu show... Eu vou ficar bem, me dê aí o remédio.

Procurei por onde ela apontou e entreguei à ela. O colocou na boca e logo fechou os olhos. Fiquei a olhando e ela percebeu e me olhou incomodada. 
- Vai pro teu show! Eu já estou melhorando. 
- Não! Vou ficar aqui com a senhora! E nem reclame. 
- Mas e o seu sh...
- Vó! Esquece isso! Eu já estava atrasada mesmo, talvez nem desse tempo... Descansa aí, vou só tirar minha roupa. - sorri saindo. 

Voltei pro quarto derrotada! Tudo conspirando para eu não ver ele novamente... Já tinha até esquecido o motivo da nossa discussão, eu só queria poder sentir seu abraço de novo... 

Luan's POV. 

Raramente eu vinha pro Ceará e sempre me surpreendia com o público! Os ingressos sempre esgotavam, o carinho era imenso e me fazia preenchido! Devo comentar que passei a tarde pensando na mocinha do carro, a forma que ela me enfrentou foi diferente e eu estava me achando diferente, depois do nosso encontro. Forcei minha memória e me lembrei de uma fã que já abracei, muito parecida com ela! Aliás, abraço milhares de fãs e seria impossível lembrar de qualquer rosto. Mas o dela eu lembrei! Sim, lembrei! Ela não mudou muito, e o seu jeito era o mesmo... Quer dizer, nesse dia ela estava mais dócil. Só sabia sorrir e dizer que me amava. Foi muito rápido, como todo encontro no camarim mas nada que impedisse de eu reparar nela, era bem bonita, Testa tinha toda razão. Pena que com o tempo, ficou metida! Como pode querer ser dona da razão daquele jeito? Ela foi errada, era o óbvio! E eu até me ofereci de pagar, nem assim ela assumiu! Metida. Mimada. Irresponsável. Uma má motorista! Enfim, eu veria ela novamente e estava deixando claro para todos que aquilo seria um esforço, um grande esforço! Mas sei lá, gostaria de ouvir aquela voz  dizendo que realmente estava errada e um pedido de desculpa. Afinal, ela deve ter pensando e vai me pedir desculpas, claro. 

O atendimento aos fãs começaram e cada uma que entrava, eu tinha esperança de ver aquele seu olhar, com atrevimento. Fui tirando as fotos e nada dela... Mas ela viria, óbvio que viria. Que fã me deixaria esperando? Aliás, que fã desperdiçaria um abraço e uma foto? Nenhuma. Me avisaram que entrariam as duas últimas e agora era ela, com certeza. 

- Aí meu Deus! - uma baixinha falou, vindo me abraçar. Porra! Nenhuma das era ela. 
- Oi linda... - a abracei. 
- Assina aqui pra gente? - a outra me entregou uma blusa, me olhando boba. 
- Claro, claro! - peguei a caneta que elas seguravam e a blusa. - Qual o nome de vocês?
- Cris e Tati. - a baixinha falou e eu anotei, terminado meu autógrafo. 

Me abraçaram mais uma vez e se posicionaram para a foto. Saíram, sorrindo e logo tomaram minha atenção para outras coisas. 

- Anda Luan, 5 minutos! - Rober me apressava, batendo na porta. 
- Ela não veio Rober.
- Ela quem?
- Aquela metida lá do carro... 
- Sério? 
- Sim. Não apareceu.
- Mas ela é fã...
- Mas é nariz empinado! Não veio e com certeza foi pra dá uma de orgulhosa... 
- Ou o primo dela matou ela. - falou rindo. 
- Será? - entrei na brincadeira.
- Sei lá! Mas por que isso agora?
- Nada. Só pensei que ela viria...
- Hum... 
- Você tem o número dela né?! 
- Sim, vamos ajeitar o concerto do carro. Se ela ainda aceitar, claro. 
- Pois depois cê me passa? 
- Pra quê?
- Pra nada uai... 
- Boi boi, tá estranho... 
- E quando resolver com ela, me conta tudo. 
- Beleza! Vai lá, sua hora de entrar. - bateu no ombro e eu ajeitei a camisa, saindo. 

Erika's POV. 

Foi bom ter começado as aulas de dança, muito mesmo! Me distraio, emagreço e ainda ganhei amigas. Falando nelas, ontem descobri que Marizete é a mãe do Luan Santana! Sim, ídolo da minha filha. Pensei em pedir ajuda dela para quando a Tanara vier, ela já abraçou uma vez mas já fui fã e sei como funciona, nunca é demais! Fiquei espantada com a minha  sorte... Não sou ligada nessas coisas e quando fiquei amiga dela, nunca imaginaria que ela fosse a mãe do amor incondicional da minha filha. Hoje mesmo comentei com ela e ela adorou. Disse que acha lindo o carinho que o filho recebe e poder proporcionar um encontro, realizar o sonho de uma fã, vai ser maravilhoso! Tanara vai morrer do coração, tenho certeza. 



Nem demorei, estão vendo? Hahaha. 
E aí? Não foi só love o encontro dessa fã hein?! Como vocês já são acostumadas com Lunara... Devem imaginar o que vem por aí! 6 comentários para o 3º. Beijo! 💋



Capítulo 1


E lá estava eu, implorando ao meu querido primo, apenas seu automóvel. 
Se ao menos passasse táxi freqüentemente nessa joça de bairro, eu não precisaria estar aqui! O que custa ele me emprestar? Eu já tenho 18 anos e já tenho minha habilitação, não tem problema algum. E se ligar para qualquer um, vai demorar um século também! Poxa, eu preciso chegar naquela droga de aeroporto! Não é todo dia que o seu ídolo vem para sua cidade, não é mesmo? Aliás, se tratando da minha cidade, era praticamente um milagre. 

- Alexandre, por favor! Estou te pedindo. - eu falava, de braços cruzados, o encarando. 
- Já falei milhões de vezes, não! Qual o seu problema? Já vai pro show, aquieta essa bunda aí! - bufou, escondendo o rosto no travesseiro. 
- Eu te pago! Mas por favor... - me aproximei, sentando na sua cama. 
- Não caralho! Se faz tanta questão de ver o cantorzinho, vai de pé! Fã idiota.

Ia o responder, mas fui atrapalhada pelo toque do meu celular. 
- Você vem ou não? - Já era a sua décima ligação, me apressando.
- Calma! O Alexandre está de TPM e não quer me emprestar o carro. 
- E seu tio? Cadê?
- Tá viajando! Me espera, pelo amor de Deus. - falava soltando algumas lágrimas, em desespero. 
-  a Tati está louca aqui, vem logo, por favor! - Cris desligou, com uma voz preocupada. 

Desliguei e resolvi tentar novamente, afinal, a esperança é a última que morre. 
- Por favor, eu tô te pedindo! - falei mansa. 
- Não Tatah! Você apesar de ter 18 anos e ter habilitação, não confio em você andando por aí, não vou perder meu carro. 
- Me deixa lá então! Eu tô te implorando! - falei com a voz embargada.
- Vai chorar de novo? Porra Tatah, esquece esse cara! Deixa de ser besta, nem sabe que você existe. Já abraçou e ainda quer ir pra aeroporto... Vai lavar uma louça, varrer uma casa, procurar o que fazer! 
- Você não entende! Mas valeu viu... Por ser um primo tão legal, que me ajuda! Se preocupa não, não vou mais encher teu saco, obrigada. - saí, emburrada. 
Desci as escadas correndo, com a minha bolsa e fui até à minha vó, que me olhava curiosa. 
- Ele deu? 
- Não! Ele vai ver vó! Mas por enquanto, me diz um número de um táxi... Mesmo que demore, não vou desistir assim. 
- Tem um aqui sim! Espere aí. - largou a panela e pegou um caderninho. 
Começou a folhear e meu coração só apertava. 
- Oh... Toma! Mas se acontecer alguma coisa, você vai pagar! - Ale apareceu, me entregando a chave. Involuntariamente pulei nele. Nossa avó sorriu, fechando a lista de contatos. 
- Obrigada! De verdade... Aí vó, eu vou conseguir, você vai ver! - eu falei e ela riu, me olhando boba. 
- Vai sim minha filha! Agarre aquele lindo! 
- A senhora ainda apoia as idéias dessa abestada... Bom, boa sorte! - subiu, bocejando. 

Minha bolsa já tinha tudo que seria preciso, então, a peguei e fui até o carro. Minha vó me seguiu, toda feliz. 
- Boa sorte minha filha! Você vai conseguir, tenha fé em Deus! - beijou minha testa. 
- Obrigada Dona Fátima, vai dá tudo certo! - sorri, ligando o carro e fechando a porta.

Apertei o controle do portão, liberando a passagem. Dei ré e fui rumo à aquele bendito aeroporto. Por ser sábado à tarde, imaginei que não teria tanto trânsito, mas me enganei! Ê Fortaleza, me ajuda, vai! 

Depois de enfrentar todo aquele caminho, todo aquele engarrafamento... Me vi mais próxima do aeroporto, quer dizer, mais perto do quê longe! Meu celular tocou, e novamente era a Cristina. 
- Calma que eu tô qua...
- Ele já chegou e já passou por aqui, Tatah. - ela me interrompeu, com a voz um pouco triste. Diminui a velocidade, abrindo a boca. 
- Sério isso? 
- Sim! Eu consegui Tatah... - podia imaginar seus olhos cheios de lágrimas. - Não foi exatamente um abraço, mas consegui... 
- Parabéns, de verdade! Você merece mais do qualquer pessoa, tô muito feliz por você! 
- Oh... Ainda tem a volta, não desiste! Você ainda vem? Se vier, eu não preciso pagar táxi de volta...
- Já tô na metade do caminho, vou sim! E a Tati, conseguiu? 
- Sim! - exclamou, animada. - Ela tá chorando mais que tudo aqui.. - riu.
- Graças a Deus! Vou desligar aqui, tô chegando, beijo! 

Desliguei, voltando à prestar atenção no trânsito. Estava muito feliz pelas minhas amigas, muito mesmo! Sempre tentávamos juntas, e até agora, só quem tinha conseguido, era eu. Uma apoiava a outra e assim corríamos atrás do nosso sonho, o tão esperado abraço. Mas ainda sim, um pouco triste... Mesmo ainda tendo a volta, era mais difícil, praticamente impossível! Agora é curtir o show e esperar ele vir de novo pro Ceará, daqui a um ano. 


Luan's POV. 

Essa semana, os shows seriam todos no Nordeste! Estava gostando, claro. Era um lugar que eu demorava pra vir, e ficava surpreso com o tanto de fãs que eu tinha, mesmo assim. Hoje, em Fortaleza! Rapidamente atendi as meninas que me esperavam no aeroporto, muitas, aliás. E em seguida, fomos em direção ao hotel que ficaríamos. Sem querer, meus pensamentos foram parar na Jade... Mesmo eu tendo terminado nosso relacionamento, estava ciente que não esqueceria da noite pro dia. Mas meus pensamentos foram variando, em coisas diferentes... E os mesmos, foram atrapalhados, com um impacto na van.
- O que foi isso, Boi? - perguntei ao Rober e ele balançou os ombros. Negando. 
- Já desceram pra ver, vamos esperar. 

Tanara's POV. 

Estava um tanto desligada, quanto a direção e acabei causando uma batida. 
Aliás, não exatamente eu! Dei uma freada, querendo evitar outra coisa, e uma van, bateu na minha traseira. Merda! Só o que faltava, agora o Alexandre me mata, de verdade. Respirei fundo e desci, vendo o estrago que foi feito. Um homem, desceu da van, com uma expressão nada boa. 

- Olhe o que você fez! Eu não tive culpa disso! 
- Aí meu pai... Senhor, eu sei tá? Mas você também não estava vindo na velocidade permitida, não! 
- Você que freou do nada, foi culpa sua, mocinha! Se bem que nem habilitação você deve ter, eu estou trabalhando! 
- Ô querido, vamos diminuir esse tom de voz! Tá pensando o quê? Eu sei que freei, mas você não viu que foi para evitar um acidente? Por conta do erro de outro carro?! - falei firme, com a mão na cintura. - Você pode está trabalhando mas eu também tenho meus compromissos, estava indo pro aeroporto, sabia?
- Seus pais sabem que vai viajar? Sabem que você anda por aí, causando acidentes? - falou todo marrento, eu já estava perdendo a paciência. 
- Não vou viajar e isso não é da sua conta! Eu sei dirigir, o senhor que foi o errado, e vai pagar meu prejuízo! - ele riu irônico. 
- Eu estou trabalhando mocinha, qual parte você não entendeu? Não vou pagar nada! Estamos atrasados, se me permite, com licença! 
- Senhor, deixe de ser rabugento! - bufei. - Esse carro infelizmente não é meu... E eu vou ser assassinada, se aparecer com ele assim! Me ajude, pague o que tem que pagar. 
- Tá vendo? Sabia! Não vou pagar nada, tenho coisas mais sérias para fazer. 
- Vou chamar a fiscalização, seu abusado! 
- Chame! Aposto que você será a mais prejudicada, ou você pensa que eu acredito que tem ao menos, habilitação? 
- Como você pode julgar assim? Não é da sua conta! 
- Pelo visto, acertei! Sim mocinha, é da minha conta a partir da hora em que você - apontou o dedo pra mim. - bateu na van que estou trabalhando. 
- Aí meu pai... Moço, me ajude! Eu vou ser morta! Não quero brigar, não gosto de brigar! Mas me ajude, pague isso, por favor. - falei pegando o celular.
- Mesmo que eu quisesse, não poderia! Isso não é comigo... Estou à trabalho, já falei. 
- Oras, se está à trabalho, ligue para o seu chefe e o avise! Não vou ficar com o prejuízo, não mesmo. 
- Moça, vá pra casa... Seu pai não vai lhe matar, me deixe trabalhar em paz! - disse, dando as costas pra mim.
- Quer saber? Deixa que eu me viro, seu mesquinho!
- Eu mesquinho?
- Você, mão de vaca. - bufou, e eu o encarei. 
- Bom, vou ver o que eu posso fazer aqui! Fique aí... - me deu as costas novamente, entrando na van. 

Luan's POV. 

- E aí, o que foi? - Cirilo perguntou ao motorista. 
- Uma batida. A moça freou do nada e eu acabei batendo nela... 
- E por que não vamos embora? - Rober perguntou.
- Porque ela diz ser culpa minha e até discutimos. - falou, sem jeito. - Mas depois me chamou de mesquinho, alegando que pagaria. Como eu realmente não estava em uma velocidade permitida, disse que veria o que poderia fazer. E aí? 
- Paga o prejuízo da moça, aliás, chama essa muié aqui pra nóis conversar. 
- Certeza Luan?
- Sim, Boi! - respondi, mexendo no celular. 
- Tá, vou chamar. - o motorista saiu e o Rober encostou a cabeça na janela. 


Tanara's POV. 

Esperei, esperei... Até que ele desceu, com um sorrisinho. 
- Vai pagar? 
- Quer conversar com a senhorita! Pode entrar, por favor? Eu olho seu carro aqui. - falou, todo calmo. 
- Como assim entrar? Por que ele não desce? 
- Vamos moça, entre logo! Não quer que o seu prejuízo seja pago? 
- Quero, foi culpa sua! Mas por que ele não desce? Vocês podem ser seqüestradores! Posso entrar e quem estiver aí dentro, me estuprar. 
- Pode ter a certeza que não somos seqüestradores e que não vão te estuprar! Estamos perdendo tempo, entre. - falou, sem paciência e eu me dei por vencida, decidi entrar. 




4 comentários e o 2º mais tarde! 🙈