terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Capítulo 17

Tanara's POV. 

Cheguei em casa cansadíssima. Só deu tempo de tomar banho e me jogar na cama, mas me enganei em pensar que o sono viria rápido. Virei pro lado, virei pro outro... E depois de tanto negar, me permiti lembrar dos beijos que ganhei do Rafa. Mal sabia ele como aquilo era perigoso... Ele sabe que eu sou boba? Acho que já contei que me apego rápido, num já?! Merda. Ele não morre mais, já que depois de sorrir que nem uma idiota lembrando, chegou uma mensagem dele.

Respondi rápido e logo começou mais um dos  nossos papos sem noção. Falávamos de tatuagem. Eu o ajudei numa suposta tatuagem e ele me ajudou. Claro que não faríamos, mas planejar estava sendo legal. 

Ele disse que por ligação seria melhor e então me ligou, retomando o nosso papo. 
No final, acabou que eu disse que se ele fosse louco ao ponto de fazer a tattoo que eu falei, eu seria louca de acompanhá-lo e também fazer. Ele confirmou, marcando um horário e desligando na minha cara. Claro que eu não acreditei! Ele não era doido... Ou era?


Depois disso, finalmente consegui pegar no sono e meus planos era dormir até tarde.  

•••

- Borá, borá! - ouvi alguém falar alto, enquanto meus pés eram puxados. Abri meus olhos com dificuldade e com esforço, olhei para a tal pessoa, vulgo o Luan Rafael. 
- Qual seu problema? Tá de madrugada. - quase sussurrei, já que minha voz estava dominada pelo sono.
- Levanta, Tatah! - ele puxou meu pé com mais força, conseguindo me arrastar até ele. - Vamos desenhar no seu corpo. - me puxou pelos braços, me fazendo nossos rostos ficarem frente a frente.
- Deixa de besteira! - encostei minha cabeça no seu peito, tendo outro apoio para voltar a dormir. 
- É sério, vamos fazer! - falou animado. 
- Sério? - abri os olhos, o encarando.
- Sim! Agora vai tomar banho pra gente ir...
- Quê? Eu não vou. - falei séria, com medo de que aquilo fosse verdade. 
- Vai! Porque disse que se eu fosse, você iria... Então vai pro banheiro! - me pegou pela cintura, tirando meus pés da cama. 
- Rafa... - falei sonolenta, negando sua decisão. Quando vi, já estava dentro do banheiro. - Eu tenho medo! - abri os olhos, me escoltando na parede.
- Não dói... Toma banho! - fechou a porta na minha cara. 
- Viado! - gritei. 


•••

- Eu não vou entrar aí... - estávamos na porta do estúdio e eu tentava me soltar dele, para ir embora.
- Vai! - ele me segurava, rindo. 
- Isso é pra vida toda, sabia? Você não pode me obrigar. 
- Veio porque quis! Tá fazendo manha porque você é a pessoa mais dramática que existe. 
- Dói, Rafa! - fiz bico. 
- Me poupa, Tatah... Vai...
- Vai doer. - o abracei, fazendo voz de choro. 
- Seja homem, Tatah! Vai ter medo de uma agulha?
- Eu tenho um pau, né?! Claro que tenho que ser homem. 
- Claro que você tem... Agora o honre, e entre aí sem chororô. 

Entrei resmungando e ele só sabia rir. 
Cumprimentamos o tatuador, que segundo Luan, é um dos melhores. "Já fez tatuagem de uns amigos meus", disse me garantindo, me fazendo ficar menos nervosa. Contamos pra ele nossas ideias e lugares e ele desenhou, reproduzindo do jeito que o Luan queria e arrancando um sorriso ansioso do mesmo. Também gostei da minha frase, a letra, tamanho... Tudo me agradou. Adivinha quem foi o primeiro? Eu! Luan se dizia tão homem e me empurrou para essa missão. 


Luan's POV. 

Passei a noite pensando se eu faria ou não... E por fim, decidi que sim! Eu amei a frase e a forma que ela ficaria - provavelmente - também. Agora só teria que convencer a medrosa da Tatah, que aceitou, achando que eu amarelaria. 

•••

Gostei bastante do desenho que o cara fez para a minha. Era que nem o da Tatah, só que mais caprichado, óbvio. Fiquei mais animado e foi a vez da Tatah resolver como seria a dela. Ela estava tão nervosa que me fazia rir. 

Fiz ela ser a primeira, porque não aguentava mais seus dramas! Ele começou e as caras que ela fazia eram as melhores, me arrancava risadas. O lugar que ela escolheu era um que doia bastante, no ombro, no caminho para o pescoço. 

Creio que faltava pouco para terminar, pelo tanto de tempo que estávamos ali.
Ela já havia chorado e tudo, só que agora estava mais quieta. Resolvi tirar uma foto, guardar aquele momento pra mim e, claro, usar para zoá-la depois. 


Logo o tatuador acabou e colocou o plástico. Deu as recomendações a ela, que concordava aliviada. Tatah levantou e ficou tentando olhar.


- Acho que ficou do jeito que você queria. - sorri, sincero. 
- Ai que bom! Depois de ser obrigada, isso era o mínimo, né?! - riu fraco.
- Eu te obriguei? Não obriguei nada... Se ocê se arrepender, não coloque a culpa em mim! - ergui os mãos. 
- Vamos? - O tatuador se dirigiu à mim e eu juntei os dentes, fingindo medo.
- Vai lá, bixão das tapiocas... - falou com o seu sotaque, toda "vingativa" e eu não pude controlar minha vontade de rir. 
- Não sou medroso que nem você, Pikitinha. - O homem nos olhou estranho e tenho a certeza que foi pela minha última palavra. Ela riu, meio envergonhada e eu deitei, para começar. 
Faria nas costelas, do lado direito. 
Com toda a certeza essa doeu mais que a minha primeira, bem mais! Tentava disfarçar pra não dar o braço a torcer, mas ela percebeu e me olhou sem graça. 

Depois que o sofrimento acabou, eu fui avaliar. - mesmo ainda não estando do jeito que vai ficar -. A frase que a Tatah disse foi "Eu não canto porque sou feliz, eu sou feliz porque eu canto", e eu quis usar o inglês informal. Ficou I don't sing cause I'm happy, I'm happy cause I sing  " Idon't sing cause I'm happy" normal e "I'm happy cause I sing" de cabeça pra baixo, também em letras pequenas, e eu aprovei essa minha escolha. Acho que a dor valeu a pena! Ele colocou o plástico e também me deu algumas recomendações. Paguei as tatuagens, agradecendo e o parabenizando. Tatah me olhou feio por pagar a dela, mas não me repreendeu na frente dele. Não tinha saído muito caro e eu não deixaria ela pagar. 

Estávamos morrendo de fome! Olhei meu celular, voltando a ter noção do tempo e vendo que estava certo, a hora do almoço já tinha passado. 

Ela também agradeceu, dizendo que ainda não acredita. Ri dela. 

•••

- Não somos muito normais. - comentou, quando entrávamos na sua casa. - Minha mãe vai me matar. 
- Eu não deixo. - sorri, fingindo cavalheirismo e ela riu.
- Eu ainda não olhei direito! Tem certeza que ficou boa? 
- Ficou massa, Tatah! Que nem a minha.
- A sua está mesmo linda.
- Você tá assim porque é a sua primeira, relaxe! - sentei no sofá, pegando o celular. 
- Depois que a gente almoçar, te dou o dinheiro da minha. - falou subindo. - E o da pomada também... - falou mais alto. 
- Não precisa, já falei. - disse um pouco mais sério. Tá pra nascer alguém mais teimoso que ela. Voltou com outra roupa e com um chinelo de dedo. 
- Precisa. - voltou com a teimosia. - Vem almoçar. 
- Eu não aceito mesmo. - balancei os ombros. - Mas almoçar eu aceito! Tô morrendo de fome. - falei passando a mão na barriga, a seguindo. 
- Hum... Tem lasanha! - comentou animada. - Você gosta?
- Claro, uai... 
- Vai que você é que nem aquelas espécies que só se alimentam de uma coisa? No caso seria creme de abacate, pamonha, peixe... - falou rindo. 
- Você é tão engraçada. - lhe joguei um pano que estava em cima da mesa.
- Valha. - falou ainda rindo. - Cê come de tudo então, rapaz? - imitou o meu sotaque e eu ri. - Que bão! - continuou. - Nóis come, aí depois nóis vai tocar umas moda! - falava pegando os pratos e os talheres e eu ria. - Música nova pra galera! Te dei o sol, te dei o mar... - imitou melhor ainda e eu soltei uma gargalhada. 
- Ocê gosta, né? De me zoar. 
- Querido, pessoas como você merecem sofrer bullying. - falou esnobe, colocando a lasanha na minha frente.
- E pessoas que nem ocê, merecem apanhar. - mostrei meus músculos e ela soltou uma gargalhada. 
- Só vejo banhas balançando. 
- Que fã amorosa! - mostrei a língua.
- Olha aí cara... Tem coca! - pegou e colocou na mesa também. Depois pegou os copos e sentou. 
A encarei e ela me olhou sem entender.
- Que foi, Rafa? 
- Tô esperando ocê me servir.
- Coitadooooo! - riu, irônica. 
- Por que, uai?
- Nunca te ensinaram que você tem duas mãos, não?
- Mas eu tô na sua casa... Anda Tatah!
- Não. - riu. - Você não vai ter essas frescuras né?! Deixa de besteira! Você coloca o tanto que você quiser.
- Você é tão chata. - reclamei e ela sorriu, colocando coca nos dois copos. 
- Lindo. - soltou beijo. - Sabe que eu te amo, né?! - fez coração e eu mostrei meu dedo do meio. - Awn gente! Tão meigo... 
- Come e cala a boca, vai. - resmunguei, colocando a lasanha e ela riu, calando. 

•••

- Que convite era aquele? - perguntou, mexendo no celular. 
- Verrrrrdade! Tinha esquecido... - falei, lembrando. - Mas não vou mais convidar! - bloqueei o celular. 
- Ah nem! Eu fiquei curiosa. - fez birra. 
- Esquece, Pikitinha. - desliguei a TV. 
- Fala!!
- Era besteira. 
- Rafael... Fala!
- Então tá... Cê quer ir viajar comigo? Assim... Não tá fazendo nada mesmo. - mal terminei de falar e ela soltou uma gargalhada. - Que foi?
- Eu? Viajar? Com você? 
- Quê que tem? - perguntei, 'inocente'.
- Pra suas fãs me verem, ir atrás de coisa, ligar tudo e achar que eu sou seu novo affair? Hum, deixa eu ver... Não! - falou com firmeza. 
- Não acho isso... Ninguém ainda me viu com você... - me olhou. - Tá, só no churrasco do Sorocaba...
- Eu fui pro seu show, coloquei foto sua no meu snap, tirei foto com o puff, fizeram montagem até da capinha!!!! E ainda tem o altas horas... Acha mesmo que elas vão ficar "de boa"?. 
- Não... Mas... Ah, Tatah, o que custa? Elas nem vão te ver! E se ver, somos só amigos mesmo. 
- Você fala isso porque não é você que é xingado e não descobrem até seu tipo sanguíneo...
- Então beleza. - virei, fechando os olhos. Estávamos no seu quarto, descansando o almoço. 
- Rafa... - me chamou e eu não respondi. - Você é tão incompreensivo! - bufou e eu continuei fingindo que já dormia. - Quer saber? Eu vou... Você ganhou! - virei pra ela, sorrindo. 
- Sério?
- Sim, mas... - antes que ela terminasse, a abracei.
- Vai ser legal, cê vai ver! - falei animado, apertando-a.
- Deus me proteja. - fez drama. 


Tanara's POV. 

Depois de concluir nossa loucura, Rafa foi almoçar lá em casa. No caminho, passamos numa farmácia e eu desci, para comprar a pomada que teríamos que passar na tatuagem. Pra variar, não tinha ninguém em casa e isso até me aliviou, já que minha mãe levaria um susto ao ver o que eu fiz. Comemos a lasanha que estava preparada e depois subimos, para descansar o almoço. Eu ainda não estava acreditando que fiz uma tatuagem... Porra! Eu fiz uma tatuagem! Eu sou tão corajosa, cara. Ria dos meus pensamentos. E o pior era que fiz com ele e isso faria ele nunca mais sair da minha lembrança. Sempre que olhar para o meu corpo, vou lembrar... Isso era bom, não era? Afinal, quero que a nossa amizade dure. Depois de conversarmos um pouco, o lembrei de um tal convite que ele ia me fazer e acabou não fazendo. Luan negou um pouco e eu insisti, sabendo do que se tratava. Viajar com ele! Isso não é loucura? Coisa que eu já fiz demais! Neguei, contando os argumentos ÓBVIOS e ele ficou emburrado, virando e não me respondendo mais. Pensei, repensei... Não gostava de negar nada que ele me pedia, - eu sei, sou idiota - mas ele era meu Rafa, o que eu podia fazer? Pensei em tudo que poderia acontecer e lembrei que não posso deixar de curtir por causa do meu medo! Se elas fizessem alguma confusão... Só seria boatos! E ele está me chamando, ele que se responsabilize. 
Aceitei, fazendo ele pular em mim, todo alegre! 

Depois de conversarmos mais um pouco sobre o assunto, ele foi embora, deixando um horário pra eu estar pronta. "Amanhã, 9:00", disse.

Aproveitei para dormir e absorver tudo que está para acontecer. Como será as viagens deles? Sempre tive curiosidade... Deve ser um máximo! Isso me animava, mas meu medo fazia o contrário. Será que elas vão inventar histórias? Será que eu vou morrer? Eu sou tão nova para isso! 


Acordei tarde, tomei um banho e desci. Minha mãe estava assistindo novela. Nem me toquei que ela podia ver a tatuagem e... Dito e feito! A frase em inglês tinha ficado: Keep me where the light is. 

- Vira aqui! O que é isso?
- Fiz uma tatuagem. - falei sorrindo.
- Meu Deus! - ela falou de boca aberta. - Como? Quando?
- Hoje mais cedo. - ri. - Estava com vontade há tempos, e resolvi fazer. O que achou?
- Eu acho que você é louca. - mal sabe ela que o louco da história é outro! 
- Nem vem mãe... Eu já tenho 18 anos. 
- Infelizmente. - resmungou. - O que significa? 
- "Mantenho-me onde a luz está" - falei e ela deu mais uma avaliada. 
- Ficou bonita. Quanto foi?
- Esqueci...
- Como assim você esqueceu? - na verdade eu não sabia. Mas eu não queria explicar tudo agora. 
- Esquecendo... - ri, balançando os ombros. - Mãe, amanhã vou viajar com o Luan...
- Falando nisso... Vocês estão ficando, algo assim?
- Claro que não! - neguei rápido. - Por que isso?
- Vocês vivem juntos, agora... Ele aqui, você lá... Saem pra todo lugar... Sério que não tá acontecendo nada? Pode me falar, eu sou sua mãe. 
- Não, mãe, somos só amigos. - falei a verdade, rindo. 
- Ta bom... Mas se caso acontecer... Se cuidem, pelo amor de Deus! - voltou a atenção pra TV. - Viajar? Com ele?
- É! Pros shows... Ele me chamou e eu não achei uma má idéia. 
- Vai, mulher! Conhecer cidades novas, se divertir... 
- Exatamente! Eu não estou fazendo nada mesmo. - ri, animada. 
- Pois é. 
- Acho que eu não tenho roupa! - sentei, fazendo bico. - E agora?
- Num faça eu esfregar na sua cara, não... Só o que tu tem é roupa! Com etiqueta, até. 
- 'Armaria'! Pode falar nada com a senhora. - levantei, irritada. - Vou comer que ganho mais.
 


Terminei de comer e fui tentar arrumar a mala, ou melhor, as malas. Entrei naquilo que eu chamava de closet e fiquei olhando algumas coisas. Estava prestes a explodir, eu não tenho roupa e aquilo era óbvio! Em São Paulo eu nunca parei para "um dia de compras". Continuei olhando e nada, nada de roupas, sapatos, nada! 
Decidi ligar para o Rafa que pela voz que ele atendeu, estava dormindo.
- O que foi, caralho? 
- Tão meigo...
- Fala logo.
- Eu não vou mais! - disse e ele suspirou, pesado.
- Como assim "não"?
- Não, de não ir, sabe? Não dá e fim. 
- Não viaja, Tanara! - deu pra ver que ele levantava da cama, pelo barulho das molas que ecoaram já que ele sempre pula e com certeza, dessa vez não foi diferente. 
- E eu não vou mesmo, Rafa... - ri e ele soltou um "idiota". - É sério, oh! Eu até tentei arrumar minha mala e adivinha? Eu não tenho roupa, nem sapato, nem nada.
- E o que você veste? - perguntou tedioso.
- Uai, roupa. Mas não roupa de viajar com um dos cantores mais famosos do Brasil.
- Ai, nada a ver...
- Era só isso, tá? Pode voltar a dormi.
- Melhor... Tô indo aí.
- Quê? Pra quê? 
- Te ajudar a arrumar sua mala, ué.
- Não precisa.
- Tchau, Tatah. - desligou no minha cara e como eu tinha certeza que ele não viria, deitei e fiquei mexendo no celular. 

Depois de alguns minutos comecei a ouvir voz de homem e imaginei ser do Gabriel, que só vinha em casa uma vez na vida outra na morte.
- Oi, Pikitinha. - Luan pulou no meu colo, derrubando meu celular na minha cara.
- Você veio mesmo! - me espantei, jurava que ele nem ia sair da cama.
- Você duvidou? - perguntou e e eu olhei pra ele com cara de óbvio. - Cadê suas roupas? - levantou indo em direção ao closet e ficou lá. - Tanara! - ele gritou, vindo até mim com várias roupas na mão.
- Oi, Rafa.
- Sério que você não tem roupa? - me olhou bravo e eu concordei, um pouco tediosa. - Olha isso, vei. - começou a tacar o que estava na sua mão em mim, com cabide e tudo.
- Para, Luan! 
- Tem roupa com etiqueta aqui, porra.
- Tudo velha.
- Ah é? Beleza. Se arruma.
- Pra quê?
- Vamos comprar roupas, você num tá necessitada? Então...
- Que comprar o quê.
- Não vai trocar de roupa? - neguei - Então você vai assim mesmo! - me pegou no colo, me colocando no ombro.
- ME SOLTA LUAN! - comecei a bater na sua barriga já que o inteligente colocou minhas pernas pra trás.
- O que é isso, meninos? - minha mãe perguntou, rindo.
- Vamos comprar roupa, tia. Ela não tem.
- Como assim não tem? Não acredito que você tá fazendo isso, Tanara! 
- Dá pra me pôr no chão? - falei e assim ele fez. - Eu não tô fazendo nada, tô indo contra minha vontade.
- A gente já tá indo... 
- Deixa eu me arrumar?
- Cinco minutos. 
- Eu não consigo me arrumar em cinco minutos, Luan! 
- Agora são quatro minutos e quarenta segundos. 
- VIADO! - falei subindo as escadas correndo.


Me tranquei e me joguei na cama. Seria criancice minha ficar trancada até ele desistir dessa ideia idiota? Fiquei pensando e quando percebi, ele já batia na porta. 

- Eu já tô indo, porra. - falei ainda deitada. 
- Abre a porta. 
- Não. 
- Abre!!!
- Que saco! - levantei, abrindo a maldita porta.
- Você ainda tá assim?
- Eu não vou pra lugar nenhum, Luan! 
- Você não reclamou que estava sem roupa? Vai comprar.
- Não com você.
- Comigo sim. 
- Qual o seu problema? 
- Só tô cansado desses seus dramas! 
- Então vai embora. 
- Mas tô cansado, porque justamente eu quero você comigo. 
- Não devia querer uma dramática.
- Tá vendo? Drama de novo! Vai ser legal viajar com você... Você vai comprar as roupas, ou não? - perguntou, mais calmo. 
- EU vou pagar, beleza?
- Beleza. - falou sem muita firmeza e eu olhei, intrigada.
- Luan...
- Falei que sim, uai. - respondeu, um pouco mais sério e eu me dei por vencida. 
- Eu vou sozinha... Pode ir pra casa.
- Eu quero ir também. 
- Garoto, você não é uma pessoa que pode sair por aí! Entendeu? Aquiete esse seu rabo. 
- Eu vou. - falou decidido. Odeio essa marra dele. 
- Então chama o Well e o Rober.
- Vamos só nós dois.
- Luan!!!! 
- Vai se arrumar ou não? 
Bufei, começando a tirar a blusa. 

- Ou ou... Eu tô aqui. - falou e eu o olhei com desprezo. 
- De intruso! O quarto é meu... - sorri, tirando a blusa por completo. Ele virou, todo sem graça e eu ri. 

Fiquei só de calcinha e sutiã, e percebi que ele dava umas olhadas pra mim. Passava a mão no cabelo, como se tivesse agoniado. 

Já tinha tomado banho há mais ou menos 1 hora e não era preciso agora. 

Optei por um macacão preto, curtinho e com uns detalhes. Calcei um saltinho e penteei meu cabelo. Não passei nada de maquiagem e peguei minha bolsa. 

- Vamos? - falei, fazendo ele virar pra mim.
- Amém! 
- Nem demorei. - balancei os ombros. 
- Borá. - fez gesto pra mim sair primeiro e eu o obedeci. 
- Tomara que você não seja atacado por fãs! Seja o que Deus quiser! - me benzi, fazendo ele rir. 

Avisamos a minha mãe e ela nos olhou desconfiada. Lembrei do que ela tinha me perguntado e neguei com a cabeça, fazendo ela rir. 

Dentro do carro ele colocou uma touca e por estar de noite, ele falou que estava disfarçado o suficiente! Ele sabe que dá pra notar que é ele, só pelas canelas finas?


Já estava um pouco tarde, o que me aliviava por saber que não teria tanta gente no shopping. - era uma segunda-feira. - 

Rafa é mesmo um louco de sair sem segurança! Mal chegamos no shopping e eu já perdi a conta de quantas pessoas já vieram em cima dele.
Diante isso, ele acabou confessando pra mim que tinha saudade de fazer essas coisas... Passear no shopping, ir numa padaria, cinema... Eu ri dele, soltando um "own" de dó e o abraçando. As pessoas nos olharam estranhamente e me soltei dele. Em vão, já que ele apontou pra uma loja e pegou na minha mão. 

Entramos e ficamos olhando algumas roupas. Confesso que estava sendo legal fazer aquilo com ele; que para me irritar, disse que hoje seria o contrário, ele seria o paparazzi! Ficou tirando várias fotos minhas e eu fazia pose de metida, só para acompanha-lo na brincadeira. 







- Sei que sou linda... Mas solta esse celular e me ajuda. - falei, o puxando. 
- Eu não sei escolher roupa procê, muié. - falou e a vendedora nos olhou atenta, como se reconhecesse a voz dele.
- Pelo amor de Deus! Faz o favor de não falar: "Oi galera, eu sou o Luan Santana..."
- Tá! Relaxa. - riu da minha preocupação. - Cê quer ajuda? Então eu vou te ajudar. - colocou o celular no bolso e começou a pegar várias roupas. Eu o chamava de abestado e ele ria. Começou a comentar sobre algumas roupas, imitando voz e jeito de gay. Eu dava umas risadas e a mesma mulher olhava assustada, nos fazendo rir juntos. 

- Chega né, Rafa? Vem! - o puxei para o provador. 
- Cê vai trocar na minha frente? 
- Pra você me dar uma opinião. 
- A muié vai pensar que vamos fazer safadagem. - me olhou sapeca e eu lhe dei um tapa. 
- Ela tá quase dormindo. - ri. - Vem! - o puxei pra dentro e fechamos a "porta". 

Enquanto eu vestia, ele jogava no celular. E na hora de dar a opinião, eu lhe pedi sua famosa sinceridade. Assim ele fez! Aprovava alguns e outros não... "Muito curto, ficou coisado" "Te deixou mais gordinha".. Fui decidindo quais levaria e ainda nos divertíamos. 

- Pronto! Acho que é isso, né?! - falei, já vestida com meu macacão. 
- É sim...
- Certeza que ficaram bons?
- Absoluta, muié! - levantou do puff, sorrindo. 
- Então deixa eu... - ia pegar a roupas, quando ele me parou.
- Eu estava pensando, sabe?! E percebi uma coisa! - me olhou sorrindo, me empurrando pra parede. 
- Percebeu o quê? - perguntei, sorrindo sem graça. 
- Que hoje não demos nenhum beijo. 
- Ah, é isso? Me pou... - antes que eu terminasse de falar, ele me beijou. De uma forma tão rápida, que me fez derrubar a blusa que eu segurava. 

Confesso que um dia sem o beijar, já me fazia sentir falta, mas não imaginaria que isso também acontecesse com ele! Estava no nosso ritmo preferido e suas mãos como as maioria das vezes, no meu cabelo. 

- Eu não acredito! Luan? - ouvimos uma voz diferente, assustada e... Emocionada? Ele parou o beijo. Me lançando um olhar, ainda com a boca próxima da minha. 
- Puta merda. - sussurrou baixinho. 






Voltei!!!! E aí? O que será? Hahahahahah. A fase mais esperada se aproxima ❤️ Obrigada pelos comentários amores! Tinha mais coisa pra falar e fanfic pra indicar.. (mas eu tô com tanta dor, que vai ficar pro 18) Desculpem qualquer erro... Sobre meta, borá de 15 comentários? Borá!!!!! Beijossss.  

18 comentários:

  1. Foi pro pau! Tatah e Luan estão lascados

    ResponderExcluir
  2. Oi
    não gostei
    tá pequeno
    Tchau
    kell

    ResponderExcluir
  3. Vamos cortar pro 18 porque merecemos . Tatah e Luan juntos só fazem loucura . Quero fotos dos meus xodosinhos kkk @LaisAraujo

    ResponderExcluir
  4. Olha como sou kirida com vc xuxuzinho, eu não iria comentar pq eu não tava com a minima vontade!!!!
    Massssss
    Continue Emily gatinha ❤❤❤

    ResponderExcluir
  5. Esse cap do tamanho do priquito duma formiga kkkkk to brincado mlrr, eu sei q tu ta entrevada ❤ Eu nem comento mas hj tem esse negocio de meta, ai quero logo outro. Eu to amando esses momentos do bichao das tapioca e da pikitinha :') (PAUSA PRA DIZER QUE QUASE MIJEI COM ESSE BICHAO DAS TAPIOCA KKKKKKKK play) Coise logo o 18 aí! Obg, dnd

    E nem vou colocar meu nome ó kkkkk adivinha quem é que eu dou 1 real. Bjssssss gatan da balada.

    ResponderExcluir
  6. Hahahahaha eu morro com esses dois. Amo o drama da Tatah e as palhaçadas do Luan. Eles fazendo a tatooo juntos foi super divetiso tbm. Agr me diz, quem chegou? Acho que é fã lkkk posta mais sua louca. Vce arrasa!!

    Giovanna Simon

    ResponderExcluir
  7. Ameiii o capituloo tatah ,muitoo perfeitoo
    Mdsss o luan e a Tatah dois dramáticos kkkkk
    Ansiosa pelo próximo capituloo
    Continuaa tatah bjoss

    ResponderExcluir
  8. To ficando suspeita para falar que amo seus capitulos, porque cada um que passa amo mais ainda, mas... ta perfeito, continua logo tatah!
    Laura Araujo

    ResponderExcluir
  9. Viu cheguei, chegando!
    rindo muito desses dois! Eles nunca deixaram de ser idiotas assim né? Amei as tatto, a frase da tatto da Tatah entao!
    Oh Abestada você não presta, só digo isso!
    Só acho que fudeu, acho que é uma fã, e tomara que ela tenha visto kkkkkk'
    continua vaca do brejo

    ResponderExcluir
  10. Leitora nova, amo de maaaaaais esses dois rs, posta maaais
    Bia Feu

    ResponderExcluir
  11. Ferrou goiás kkkkkkkkkk sera q era a jade? Ou uma fã? Ai meu Deus, continua nega, leitora nova aqui rsrs bjuss tá lindoo

    ResponderExcluir
  12. Cuntinua
    Ta pequeno mais eu gostei
    Bjo

    ResponderExcluir
  13. Tataaaah coisa linda volteee . Já pode continua com esse casal "massa"��������#Gaaabii

    ResponderExcluir
  14. Contt Nega Dedica 1 Cap a Mim no dia 15 eu faço Niver



    Asa: Isla Luisa

    ResponderExcluir