sábado, 14 de março de 2015

Capítulo 23

Dedico à Van e a Lau! (: 


Luan's POV. 


Desde aquelas mensagens depois da balada com a Piroca, ela nunca mais falou comigo. Eu também não a procurei e ficamos assim, totalmente afastados. 

Acabei ganhando uma folguinha! Os shows teriam uma pausa, de dois dias. 
Meus pais e nem minha irmã sabiam e eu acabei viajando na madrugada mesmo. 

Cheguei de surpresa e pra minha sorte, tinha a chave. 

As luzes estavam todas apagadas. Já devem estar dormindo. 

Fechei a porta e subi com a minha mala. 

Deixei ela no quarto e quando fui ver se a Piroca realmente estava dormindo, ouvi vozes. Aliás, uma diferente. Quer dizer, uma que eu conhecia muito bem. 

Fiquei na porta escutando e tive a certeza : era ela. 

Piroca falou algo de blusa e ela disse meu nome. Resolvi entrar. 

- O que tem eu? - perguntei e elas me olharam assustadas. 
- Pi? - Bruna falou e ela se escondeu, debaixo do edredom. 
- Oi. - sorri.
- Pi!! - levantou, vindo me abraçar. 
- E aí, Piroca. - ri, a abraçando. 

Tatah continuava me olhando, sem falar nada. 

- Não vai falar comigo? - perguntei.
- Oi. - sorriu, nervosa..?
- Deixem de besteira! Até parece. - Piroca falou, com as mãos na cintura.
- Oi. - sorri de volta. 
- Levanta, Tatah... Vem dar um abraço nele. - pegou na sua mão e ela puxou. Resmungou alguma coisa e a Bruna pôs a mão na boca, se desculpando.
- Cadê a Xumba? O pai? - perguntei, sem jeito. 
- Saíram! - sentou na cama de novo. - E eu chamei a Tatah pra vir dormir comigo...
- Ah, sim.. - passei a mão no cabelo. 
- Acho que vou beber água. - ia levantar, mas ela segurou seu braço. 
- Acho que eu vou dormir... Amanhã conversamos! - sorri pra ela, cínico. - Boa noite pra vocês. - sai, visivelmente chateado. 

Tanara's POV. 

- Você é doida? Se ele visse a blusa? - lhe dei um tapa.
- Desculpa. - falou, rindo. - Ele ficou chateado com você. 
- Eu queria abraçar... Mas diante o climão e essa blusa, eu acho melhor não! 
- Tadinho, Tatah. 
- Para. 
- Ele gosta de você, poxa.
- Não como eu gosto dele. 
- Mas...
- Você está me ajudando a esquecer, lembra?
- Lembro, lembro. - bufou, bicuda.
- Então vai dormir e amanhã, continue me ajudando. 
- Tá bem, chatona. 
- Beijos! - falei e virei.

Fechei os olhos e suspirei. Chegava a ser engraçado, o que eu sentia perto dele. Meu coração pulava e minha barriga revirava. Estava com tantas saudades... Mas ele ver aquela blusa, pioraria tudo! 

Depois de alguns minutos, consegui dormir. 

Luan's POV. 

Qual o motivo dela mal ter falado comigo? O que eu fiz foi tão sério assim? Porra! Se eu soubesse, nunca teria entrado naquele quarto. 

Eu estava estranho, não só em relação à ela e isso era visível. 

Depois de tanto pensar, o cansaço me venceu e eu peguei no sono. 

•••

Tinha acordado há uns minutos e novamente, estava pensando nela. Será que ela já foi? Por que tanta indiferença? Fui atrapalhado pelas mesmas vozes e sorri, ela ainda não tinha ido. Levantei rápido e fui escovar os dentes. Em seguida, desci, na esperança de conversar com ela. 


Elas estavam sentadas na mesa, já comendo. Quando me viram, não fizeram uma cara boa e de primeira, não percebi. Mas depois meus olhos foram para a roupa que a Tatah vestia... Era uma roupa minha.

- Bom dia.
- Bom dia. - Bruna falou, nervosa. - Vou pegar outro copo. - Saiu, nos deixando sós.
- Não vai responder? - sentei, de frente pra ela.
- Bom dia. - falou mega seca, merda.
- Fiz alguma coisa?
- Não. - pegou um pão.
- Então por que está me tratando assim?
- Ué. - riu, sem humor. - Tô te tratando normal. 
- Por que veio embora? Sem me avisar?
- Você não deixaria e eu realmente queria vir... - retruquei. 
- Nada a ver.
- Ah... -ela riu, forçado.
- Já vi que com você não tem conversa, né? - peguei uma maçã, nervoso, indo em direção a sala.
- Rafa... Eu tô normal. - falou, me fazendo parar.
- Tem certeza? - a encarei, sério.
- Eu só estava me sentindo mal...  Desculpa não ter te avisado. 
- Poxa, Tatah. - sentei novamente. - Não custava nada! Eu só fiquei sabendo porque vi a foto de vocês duas. 
- Foi mal. - sorriu, sem graça. 
- Você tem certeza que não está acontecendo nada? Ontem mal falou comigo..
- Eu só não queria que visse isso. - levantou, mostrando a blusa. Era a minha blusa. Que gostosa. Digo... Enfim. 
- Por que está com ela? - perguntei, sorrindo.
- É bom pra dormir...
- Ah sim.
- Algum problema? 
- Nenhum. - sorri. - Acho que já que não está acontecendo nada... Poderia falar direito comigo. - falei, alternando o meu olhar. Ela riu, se aproximando. 
- Seu besta. - veio pro meu lado e me deu um beijo no rosto.
Quando ela ia soltar minha bochecha, acabou se desequilibrando e abraçando o meu pescoço. Eu ri e gostei, da aproximação. Como ela era cheirosa e como eu estava com saudade. 

Ela se ajeitou, totalmente sem graça e a Bruna fingiu tossir, para notarmos sua presença.

Tatah sentou e a Piroca sentou ao seu lado. Começamos a comer, calados, apenas nos olhando. 

- Aí, gente, que silêncio! - Bruna falou, nos fazendo rir.
- Valha. - Pikitinha falou seu famoso bordão. 
- Uai. - continuei, nos fazendo rir novamente.
- Sabe o que eu tava pensando? 
- Não. O quê? - Tatah a encarou. 
- Um jantar! Nós três... Porque sempre é show, balada.. Diferenciar, né?! 
- Ah, eu topo. - falei, olhando para as duas.
- Só nós três? - assentimos. - A gente podia chamar a Ana...
- Não, Tatah! Só nós três. - Bruna respondeu rápido. 
- Por que? - perguntou.
- Nem conheço essa Ana aí... Só nós três é melhor. 
- Então tá. - levantou as mãos, se rendendo.

Conversamos mais um pouco e depois ela alegou que iria embora, porque eu já tinha chegado pra fazer companhia pra Bruna. Piroca pediu pra ela ficar várias vezes e eu só observava, mas também não queria que ela fosse. 

Pedidos inúteis. Ela perguntou a hora do jantar e foi, deixando minha irmã toda emburrada. 

Tanara's POV. 


Depois do café da manhã, me arrumei para ir embora. Mesmo que o clima com o Luan tenha melhorado, eu ainda não estava bem perto dele. Esse negócio de estar apaixonada é chato! Só aceitei a ir nesse jantar, porque sabia que a Bruna não me deixaria em paz. E além do mais, ela também estaria, nada demais! 

Perguntei o horário e deu um "até logo", saindo. Sabe aquela viagem? Que minha mãe estava planejando? Então, ela foi ontem. E o Gabriel, vai passar o dia com os amigos e com a Larissa. Ele estava investindo pra valer! 

Jogada na cama, fitava o nada. Pra variar, pensava nele. Será que seria melhor eu assumir? Como seria melhor eu dizer? "Rafa, eu estou apaixonada" "Rafa, não te vejo só como ídolo e amigo..." "Rafa, me dá seu sobrenome." - Ri sozinha, pensando isso! "Rafa, estou gostando de você..." Não, você não é mais adolescente. Ah, merda! Estar apaixonada é uma droga! Melhor eu continuar fingindo que não está acontecendo nada. 

Abri meu snap e tinha um da Bruna. Era eu e o Rafa, hoje mais cedo. Cretina! Ri sozinha. Lhe mandei um xingamento e fui para o instagram. 

Como sempre, o fã clube mais 'bafonico' abrilhantava meu feed. 

@lunara: OI FELIZ PRA VOCÊS! Sabem da nova? O cantor anda usando o boné dela.. 😍 Sim, sim, sim! Fofo, né?! Ela deu pra ele e agora que estavam afastados, ele não desgruda. Gente, melhorem, assumam! Eu tenho outra foto maravilhosa... Juro, novinha! Querem? Essa vai causar e mais uma vez provar que eles estão juntos, ou quase juntos. Posto já! Brilha ou não brilha? Brilhaaaa! ✨ @luansantana @tatalbuquerque 


Ele estava usando o boné? Meu Deus! Não me ilude, Luan! Ou melhor, não se iluda, Tanara! Ele só gostou do boné, ué. 

Que foto será essa? Ainda vou perguntar à ela onde ela consegue essas coisas! 

Curti a foto e fui escolher a minha roupa. 

Eu era mega insegura na hora de me arrumar. E senti, quê, eu teria que ir bem produzida nesse jantar. Ah, qual é? É claro que tenho que me arrumar pra ele. Ele me vê apenas como uma amiga, mas amigas andam arrumadas. 

•••

Meu celular marcava 19:00 e eu estava ' agoniadinha'. Estava marcado para as 20:00 e até agora, só tinha vestido a roupa. Meu celular apitava de segundo em segundo..  Querido WhatsApp, você escolhe as horas mais impróprias! 

Mesmo apressada, minha curiosa venceu. Abri as mensagens e a primeira, já me questionava por uma foto! Que foto? Lembrei da Priscila, aquela ali adora me colocar em confusões. 

Abri o instagram e bingo! A tal foto que ela falou, me pegou de surpresa. Era a que a Bruna tinha me mandado.

@lunara: Como prometi... Aqui está a fotita! Bom, vou explicar: Tatah foi dormir com a @brusantanareal ontem e o Luan também estava lá... Essa foto foi na hora do café da manhã, quando o casal estava se abraçando. A cunhada, não perdeu tempo e registrou o momento! Reparem também que ela está com uma blusa masculina... Do seu Amarildo que não é, né?! Assume logo, pelo amor de Deus! Brilha ✨❤️ @tatalbuquerque @luansantana 


Em outros tempos, eu ficaria afobada com essa foto. Preocupada, mal.. Mas dessa vez não, eu só ri. Tinha diversos  comentários e eu ignorei todos! Os que elogiava e os que me xingavam... Para mim, agora tanto faz. 

Foquei no espelho e comecei minha maquiagem. 


Luan's POV. 

Eu não sei porque, mas estava nervoso quanto à esse jantar. Eu queria muito conversar com ela, mas sabia que isso não era desculpa. Levei um grande tempo ajeitando meu cabelo e me banhei de perfume. Não é por nada, só gosto de sair arrumado. Eu estava parecendo um adolescente, mas o que eu podia fazer? Se estava me sentindo diferente! O começo da minha música, 'Um beijo' descreveria isso agora. 

Quando me aprontei, fui chamar a Bruna e ela estava deitada. Disse que não ia, que estava morrendo de cólica e eu pensei em desistir... Mas eu não queria desistir. "Vai sozinho, Pi" piscou, me fazendo entender. 

Sai, mais animado ainda! Agora éramos só nós dois e poderíamos fazer e conversar qualquer coisa. Se controla, Luan! 

Da minha casa para a dela era rápido e eu com a pressa que estava, bati record. 

Peguei meu celular e a liguei. Chamou duas vezes e na terceira, ela atendeu.

- Tô aqui... - falei, sem jeito. Sem jeito, que droga! Com jeito, muito jeito.
- Tá bem, tô saindo. - foi rápida e desligou na minha cara. 

Sai e fiquei encostado no carro. 
2, 3, 4, 6, 7, 8 minutos e nada... 

Quando ia ligar novamente, ela apareceu. Meu queixo foi ao chão. 

- Desculpa. - falou, sorrindo. Ela estava completamente linda!
- Você está... - me aproximei. 
- Não vamos perder nossa magia.
- Feia, muito feia. - falei, quase gaguejando e ela riu, mais linda ainda. 
- Cadê a Nana?
- Nana?
- Sim, a Bruna. - riu. - É que estávamos atrás de um apelido... E no nome dela tem 'Na' e no meu também. 
- Aí agora vocês se chamam de Nana? 
- Isso.
- Que gay.
- Vamos, Rafa. - falou e eu abri a porta. - Obrigada. 
Entrou e depois eu entrei. 

- Pra que restaurante vamos?
- Um mais discreto.
- Você não pode aparecer comigo... Tô sabendo! - riu, sem humor.
- Não é isso, Tatah. - a olhei.
- Vai, dirige. - começou a mexer no celular. 


Tinha um que eu freqüentava gostava bastante. Fui rumo a ele e por ser meio longe, nos deixou num silêncio horrível. 

- Cê tá linda. 
- Você já falou isso. - riu. 
- Não gosto quando cê tá com esse celular... Fico sem atenção! 
- Só estou postando uma foto. 
- Hum... Esse tempo todo?
- Tô atrás de uma legenda. 
- Sei... 
- O sinal abriu, oh. - apontou, me fazendo dar a partida. 


Logo chegamos e eu fui o mais cavalheiro possível. Nem parecíamos aqueles dois amigos, parecia mais que estávamos nos conhecendo agora, que estávamos num encontro. 

Como previ, não estava lotado e de primeira, não vi nenhum paparazzi. 

Ela foi sentar de frente pra mim e eu a repreendi, lhe puxando para o meu lado.

- Você está tão estranha comigo.
- Oxe! - riu. 
- Tô falando sério. 
- Eu não estou estranha com você. 
- Nem me abraçar, você me abraçou. 
- Não seja por isso... - levou o corpo para perto de mim, me dando um abraço. Que cheirosa, meu Deus. 
- Não é assim... - falei, quando ela me soltou. - Por que você foi embora? A verdade.
- Eu não estava confortável, com as suas fãs.
- Só por isso?
- Só. 
- Hum.. Vai querer o quê? 
- Nada.
- Nada? 
- É. Não vou comer hoje.
- Você negando comida? - fingi espanto e ela me deu um tapa, sorrindo. - Um vinho?
- Um vinho. - concordou. 

Pedi o vinho e o garçom era o de sempre.
Não demorou muito e logo estávamos saboreando. 

- Eu não sou de beber... - falou, fitando o nada. 
- Sério? Olha, pela foto que eu vi...
- Qual? - me olhou.
- A sua e a da Piroca. - falei e ela riu, 
- Fiquei 'bebassa' mesmo.. Nossa, nem me lembre! - riu.
- Por que? Fez alguma besteira?
- Não exatamente...
- O quê, então?
- Não vou te contar. 
- Ah, qual é Tatah... Somos amigos, lembra?
- Lembro. - fez careta. 
- Então conta. 
- Eu fiquei com dois caras. 
- Credo! - fechei o sorriso que estava e ela começou a rir. - Sério isso? - Eu realmente não estava me entendendo.
- Sério, ué. - balançou os ombros. - A Bruna me contou e eu fiquei passada... 
- Quem era? - perguntei, um pouco mais sério. 
- Um que eu já tinha ficado na festa do Wolf e o outro eu não sei... Só eram lindos e beijaram bem...
- Me poupa dos detalhes. - fiz cara de nojo e ela riu. - Pra uma encalhada, cê tá muito saidinha... Gostei não! 
- Também me surpreendi. - riu. Por que ela é assim? Aceita essas minhas coisas de boa?
- Você não se importa que eu chame você de encalhada? - a olhei nos olhos.
- Por que? Eu sou. - sorriu, sem graça.
- Não, você não é. Você é muito bonita e só fica sozinha se quiser. 
- É você mesmo? - passou a mão nos meus ombros, rindo. 
- Sou. - sorri, me aproximando. 
- Então por que me chama? 
- Pra te irritar. - fui sincero e ela sorriu novamente. 
- Que mau, Rafa. 
- Talvez... - me aproximei mais e ela pegou a taça, tomando mais um gole. 

Entendi o fora que eu levei e também tomei um pouco do meu vinho. Ela não demorou pra pegar o celular e antes que ela desbloqueasse, eu tomei. 

- Ei...
- Para de mexer.
- Estamos sem assunto, ué. 
- Não estamos.
- Deixa eu só olhar meu...
- Não vai olhar nada! Põe a senha? - pedi e ela negou. - Eu só quero ver sua foto. - a convenci e ela digitou. 

Fui pro seu instagram e vi a foto. Estava linda e já tinha vários comentários. 

@tatalbuquerque: Oi, batom! Hahahahaha. #ATRASADA 

- Estava mesmo, esperei bastante,
- Aham. - riu, tomando o celular. 
- Posso provar desse batom? - aproximei meu rosto.
- Não sabia que você gostava de comer cosméticos. - não se afastou, me dando esperança.
- Você entendeu. - sussurrei, olhando para a minha parte preferida nela: a boca. 
- Quer mesmo? - também sussurrou, provocante.
- Sim. - sorri, cafajeste. E quando achei que ela ia beijar na minha boca, ela beijou meu rosto.
- Ah Tatah... - reclamei e ela riu.
- Já tá querendo estragar nossa amizade? 
- Eu quero outra coisa. - me aproximei e ela me empurrou. 
- Querer não é poder. - bufei, virando minha taça. - Vai ficar bêbado hein...
- Não sou fraco que nem você. 
- Ih... Se situa!
- Você tá no primeiro copo e ainda está na metade. 
- Me deixa, vai. 
- Bebe... Se ficar bêbada, eu cuido de você.
- Cachorro! - riu, negando. - Se eu ficar bêbada vou fazer coisas que não posso. 
- Tipo o quê? - a olhei e graças a Deus, estávamos um do lado do outro, colados. 
- Quem sabe um dia eu lhe mostre... - passou o dedo na minha boca. 
- Lembrei daquela nossa noite. - noite das preliminares. 
- Aí, Rafa, credo! - escondeu o rosto, enquanto eu ria. 
- Você mandou benzão, pô. - falei, sincero. 
- Você para que eu não sei o quê deu em mim! - se defendeu, rindo. - Não sou assim, não mesmo. 
- Eu sei que não. - sorri. - Adorei ser o primeiro e pra primeira vez... Você mandou muito bem!
- LUAN! - falou tolamente vermelha e eu soltei uma risada.
 - Idiota. - fez bico e eu a abracei, ficando com a cabeça no seu pescoço. Eu não trocaria aquele clima por nada. 
- Então estamos desculpados? - perguntei, saindo do seu pescoço.  - Amigos?
- Amigos! - respondeu, sorrindo. 
- O que é que a Xumba tá fazendo com a dona Erika, hein?! 
- Aula de dança! Estão amando. 
- A parte chata é ter que agüentar a filha da amiga dela...
- Ei! Tia Zete me adora, tá?! 
- Tá! - sorri. - Eu sei que sim. Você conquista todo mundo mesmo... - falei, olhando novamente dentro dos seus olhos. 
- É?! - perguntou, alegre?
- É... - respondi, do mesmo jeito. 

Ficamos ali, relembrando algumas situações e rindo, de uma forma gostosa. 
O tempo passou sem a gente perceber... 
Nosso vinho já estava terminando e só tínhamos provado um prato. 

Comuniquei que iria ao banheiro e ela pegou o celular, concordando. 

Não era um jantar de amigos, não estava parecendo! Estava tão bom e eu estava me sentido tão estranho! 

Fiz o que tinha que fazer e na volta, vi um vaso com flores amarelas. Peguei uma para levar pra ela e fui para a nossa mesa. 

- Pra você. - entreguei, lhe dando um beijo no pescoço em seguida. 
- Aí que linda! Obrigada. - cheirou, sorrindo. - Acertou. 
- Sério? - sentei. 
- Sim. - sorriu.
- Que bom... 
- Acho que já podemos ir, né?! Olha a hora, Rafa.
- Gabriel briga? - ri.
- Gabriel? Não tem ninguém em casa. Ele vai dormir fora e minha mãe viajou. 
- Vai dormir sozinha? 
- É, né?!
- Não tem medo? 
- Não tenho alternativa.
- Dorme lá em casa...
- Não. - riu. 
- Já quer ir? Não quer que eu peça outro vinho? 
- Quer mesmo me deixar bêbada? 
- Eu? Querer você nas minhas mãos? Pra fazer o que eu quiser? Magina... 
- Que cretino! - riu, indignada. 

Chamei o garçom e pedi a conta. 

- Quanto que Deu? - perguntou, tentando ver o papel.
- Não interessa. - falei, tirando o dinheiro do bolso. 
- Deixa de ser grosso... Vai, me mostra. 
- Você não vai pagar nada.
- Eu poderia ajudar! Já estou cansada de ser bancada por você... - cruzou os braços, emburrada.
- Enquanto sair comigo, não vai pagar nada...
- Tudo bem que você me humilha em questão de dinheiro, mas não custa nada... - falou e eu entreguei para o garçom, que olhava pra ela descaradamente. 
- Valeu, cara. - fiz 'joinha' e ele sorriu. 
- Me dá um autógrafo? Pra minha irmã. 
- Claro. - sorri e ele me entregou o papel. - Qual o nome dela? - perguntei e ele não respondeu, distraído, olhando para Tatah novamente. - Qual o nome dela? - perguntei de novo, mais sério. 
- Ah sim... Vanessa. - sorriu amarelo e eu escrevi. 
- Pronto.
- Obrigado. - saiu, ainda olhando pra ela.
- Descarado! - reclamei, guardando o celular. 
- Por que?
- Você é lerda demais, 'elamordedeus'!
- Valha. - riu. 
- Vamos. - levantei e ela fez o mesmo. 

Saímos com ela pegando no meu ombro e pra nossa sorte, nenhum paparazzi. 

Fomos o caminho todo ouvindo Zezé e na música "Dois corações e uma história" ela começou a cantar, me fazendo rir.

- E longe um do outro, a vida é toda errada, o homem não se importa com a roupa amarrotada... - cantou, me olhando. - E a mulher em crise, quantas vezes chora, a dor de ter perdido um grande amor que foi embora... - fez o celular de microfone e eu empurrei o celular, rindo. - Você fica calado pra não me humilhar.
- Pode deixar! - concordei, batendo continência. 
- Quando vai me levar pra conhecer eles?
- Se você se comportar, for uma boa garotinha... 
- Af! - cruzou os braços, fingindo um bico. 
- A moça está entregue. - falei, estacionando em frente a sua casa. O condomínio já autorizava meu carro. 
- Hum... Obrigada, eu amei! - me olhou. - E olha que nem fiquei bêbada... 
- Que pena! - ri e ela negou. 
- Tchau, boa noite... - ia abrir a porta e eu segurei seu braço.
- Não faz mais isso... 
- Isso o quê?
- Se afastar... Por favor, eu senti demais a sua falta! Eu fiquei preocupado com o que eu tinha feito e...
- Relaxa. - pôs a mão na minha boca. - Tá tudo bem! Eu não vou fazer mais isso. - me olhou, com ternura. 
- Eu agradeço. - sorri, olhando nos seus olhos. 
- Mas vou fazer outra coisa que talvez eu me arrependa... 
- O quê? - perguntei e ela se aproximou. Devagar, ela foi juntando nossas lábios e começando um beijo. 

Peguei no seu cabelo, para aprofundar e ela cumpriu minha expectativas. 

- Entra comigo... - sussurrou. Nossas bocas estavam separadas por milímetros. 
- Cê tá doida? - eu confesso que estava embriagado, mas não pelo vinho, por ela. 
- Vai me deixar dormir sozinha?
- E sua..
- Estou sozinha, vem... - pegou na minha mão. 
- Tatah... Não vou fazer isso, não estraga o que acabamos de concertar...
- Se mudar de idéia, a porta vai estar aberta. - me olhou de baixo pra cima e eu arrepiei. Selou nossos lábios e saiu, provocante. 

A olhei abrindo a porta e ainda me olhando. Ela não pode fazer isso comigo! Eu sei que colocaria nossa amizade em risco novamente, mas... Olha pra ela! E quando eu percebi, já havia saído do carro. Travei e olhei para a porta, que realmente estava aberta. Ela me conhecia o suficiente pra isso! 

Praticamente entrei correndo, tranquei a porta e a peguei por trás.  

- Eu sabia. - falou, enquanto eu beijava seu pescoço. 
- Isso é mais errado ainda. - explorava toda aquela parte e ela já tinha os olhos fechados. 
- Somos errados. - sussurrou e eu a virei, começando um beijo. 

Fomos em direção à escada, ainda nos beijando. 

Entramos no quarto nos pegando, parecia que o mundo iria acabar pela manhã, e era quase isso mesmo que iria acontecer. Não estávamos agindo com a razão e precisávamos aproveitar cada segundo dessa loucura. 

Eu fechei a porta e a encostei na mesma, prendendo seu corpo com o meu, deixando-a sentir melhor a minha excitação. O quarto estava escuro, a não ser por algumas luzes que vinham do lado de fora. Fui guiando-a até uma das paredes do quarto.

- Vamos pra cama - ela chamou separando nossos corpos.
- Não, vamos fazer diferente hoje, aqui é melhor - eu falei já prensando-a novamente contra a parede. Ela concordou ofegando, enquanto eu passava minhas mãos pelo seu corpo.
Trocamos um beijo cheio de malicia, depois beijei seu pescoço, enquanto ela levantava minha camisa lentamente, sem tira-la, apenas me atiçando.

- Gosto de você assim - eu falei me afastando e sustentando seu olhar.
- Assim como? - ela perguntou confusa, mas sorrindo. 
- Safada. - eu disse com um sorriso sacana e ela corou.


Ela mostrou a língua ao ouvir o que eu disse. Tirei sua blusa, delicadamente e a joguei no chão. Em seguida encostei nossos corpos novamente e lhe dei um beijo rápido. Antes de explorar novamente seu corpo com as mãos, minhas mãos pararam no seu short e como ele abria na frente, só abri o zíper. Ao vê-lo no chão, a avaliei e soltei um sorriso de luxúria. 

Tirou minha camisa e a jogou em algum lugar do quarto. Distribuiu chupões pelo meu pescoço e mordiscou meu ombro. Vi que minha camisa havia ido parar perto da janela que estava aberta e ela me olhou preocupada. 

- Vish. - disse sapeca, querendo rir.
- Não tem problema. - Falei com pressa enquanto ela passava a mão pela minha barriga. 

Eu subi a mão até a sua bunda e apertei com força. Depois coloquei a mão na alça da suas calcinha e abaixei só um pouco, lhe provocando. Ela riu e timidamente desabotoou minha calça, que escorregou deixando a minha cueca boxer preta à mostra. 
- Quer que eu tire? - perguntei ainda brincando com a alça da sua calcinha.
- O que você acha? - perguntou desafiadora.
 Abaixei a calcinha até a altura da coxa mas não a tirei. Percebi que ela ia protestar, mas logo escorregou por completo. Em instantes eu comecei a lhe masturbar. Soltou um gemido alto quando eu a toquei pela primeira vez e encostou a cabeça na parede, fechando os olhos e me deixando fazer o queria com ela.

Com a outra mão eu tirei a minha cueca com um pouco de dificuldade, peguei sua mão e coloquei sob meu membro.  Senti seu corpo enrijecer e ouvi ela suspirar.

- Quer mais? - eu perguntei cheio de malícia, a encoxando; ela permaneceu calada. - Responda. - sussurrei em seu ouvido.
- Quero. - ela sussurrou timidamente.

Relutantemente tirei minhas mãos de seu corpo para pegar uma camisinha na minha carteira, no bolso da minha calça que já estava no chão. Coloquei-a rapidamente, e segurei na sua cintura, penetrando-a. Gememos os dois juntos. Ela escorou as mãos na parede enquanto eu aumentava os movimentos, ficamos um bom tempo assim. 
A adrenalina corria pelas minhas veias, não só por estar fazendo sexo, mas sim, por estar fazendo isso com ela. 

Diminui os movimentos e quando vi que ela já estava se acostumando ao ritmo lento, aumentei novamente a intensidade das estocadas, voltei a masturba-la e senti suas pernas ficarem bambas. Seu coração estava acelerado assim como o meu, nossas respirações estavam extremamente ofegantes. Estoquei mais uma vez, dessa vez em um ritmo dolorosamente lento. Não agüentamos e gozamos juntos. As pernas dela vacilaram, e eu envolvi sua cintura com meus braços, trazendo seu corpo para mim. 

Passei a mão carinhosamente pelo seu rosto, e a beijei apaixonadamente. Pedi passagem para a minha lingua em sua boca e ela cedeu, jogou seus braços em volta do meus pescoço e retribuiu ao beijo na mesma intensidade. Paramos o beijo aos poucos, por falta de ar.

Deitamos na cama exaustos e ela se enrolou com o lençol, tímida. 

- Eu não sabia que você era assim...
- Assim como?
- Boa de cama, ou melhor, boa de parede. - falei ainda ofegante e ela riu. 
- Eu acho que tá na hora de te contar uma coisa...
- Eu não quero que você se arrependa.
- Não vou me arrepender por isso, nunca. 
- Nem eu. - sorri e levantei. 

Peguei minha cueca e fui pro banheiro. Joguei a camisinha no lixo, lavei as mãos e me olhei no espelho. Estava acabado. Passei água no rosto e pensei em todas as possíveis consequências. O que ela deve estar pensando? Pensei, pensei... Treinei algumas palavras e quando voltei, ela já estava com a calcinha. 

- Eu preciso te falar uma coisa! 
- Fala. - peguei minha calça e ela fitou a janela, aberta. 
- Eu tenho certeza que nossa amizade não vai ser a mesma, mas preciso falar isso e terei que aceitar as consequências!
- Fala logo, Tatah. 
- Você lembra que eu te falei que me apegava rápido? Era boba? Romântica?
- Lembro... - segurei a calça, a encarando. 
- Com tudo isso que aconteceu... Eu... Eu... 
- Você?
- Eu acabei me apaixonando por você. Pronto, falei! - quando eu ia me pronunciar, ela me impediu. - Eu fui embora daquele hotel porque não agüentava mais você brincando com os meus sentimentos... Mesmo sem saber! Me agarrava, alimentando esse meu sentimento e depois, me desmerecia.
- Tatah... - falei, totalmente surpreso. Eu não sabia nem o que pensar! 
- Vim embora por isso! Contei pra sua irmã e pra me ajudar, ela me levou pra sair. Bebi pensando em você, fiquei com outros querendo o teu beijo e dormi com a tua blusa, pra dormir com o seu cheiro!
- Somos amigos... - falei, baixinho. 
- Eu sei! Estou ciente do que pode acontecer e se você for me dar um fora, a hora é agora! - falou decidida, me encarando.
- Eu não quero acabar como a nossa amizade.. - foi a única coisa que eu consegui falar. 
- Me perdoa, mas eu não consigo te ver só como um amigo. - engoli seco, procurando palavras. 
- Eu..
- Olha... - foi até a janela e pegou minha blusa. - Quando você tiver minha resposta. - me entregou. - Você sabe onde me encontrar! - sorriu e entrou no banheiro. 



15 comentários:

  1. Ameei
    Já pode postar o 24
    Kell

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  2. WOOOOOOW!! continua loogooo
    Diih

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  3. Meu Deus que foi isso, não acredito que o luan vai dar um fora nela.
    Continua.

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  4. Tataaaaah do céu, nao acredito que esse capítulo maravilhoso foi dedicado a mim, obrigada escritora, e olha, trate de postar logo o 24 pq tenho certeza que vai ser perfeito...
    Laura Araujo

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  5. Que capítulo massa! Adorei, juro! Posta mais, Tatah! 😊

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  6. Q dozinha no coraçon me deu agora gente...tomara q ter td certo pra tatah...bjookaas conttt

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  7. Puta que pariu .... porra.. caraio... que capitulo foi esse emano vou morrer... Tatah falando o que sente, Luan mais perdido do que cego em tiroteio pq o bichinho é tão lerdo que não tinha percebido nada e se ela não fala ia morrer sem saber ... agora o que vai acontecer.... so falta ele falar que não quer nada serio, não agora, que não quer se envolver e bla bla bla, to com do da Tatah, é foda assumir que gosta de alguem e a pessoa não falar nada ou nao dizer que é reciproco ... Deus é mais agora até o 24 eu infarto pq né ....
    Tatah não demore por favor
    (eu ate comentei OLHA QUE MILAGRE)
    PS: não comentei so pq o capitulo foi dedicado a mim e tem meu nome como a irma do garçom (oq poderia ser verdade ja que ganharia um autografo mas nem tudo é perfeito) fiz isso pra vc não falar que sou ingrata e comento outras fic's e não a sua
    ta ai...
    bjão
    até um dia kkkk
    Vanessa Santos

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  8. Meu deeeeeeeeeuso
    Que foi isso, luan usa, abusa e meio que vai fugir, mas ele também ta sentido algo
    Acho que nao sei haushus pode ir pro poximo cap ;)

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  9. Meu coração!!!! Não faz isso comigo

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  10. Amiga, você é lacrante! E olha quem apareceu na fic, nosso apelido: Nana ♥ Cara sou apaixonada por você (olha meu lado gay kk)
    Enfim, esperei por esse capítulo e posso falar uma coisa: CHUPAAAAAA BRASIL, MEU APELIDO ESTÁ NA MELHOR FANFIC!
    Voltando a fanfic rs, Luanzinho vai ficar mais confuso ainda depois do que Tatah disse, mas já até prevejo o que vai rolar! Bjsssssss Nana da minha life ♥

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  11. Uou , meu coração quebrado em milhares de pedacinhos depois dessa declaração . Sem estruturas emocionais para esse capítulo . *LaisAraujo

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  12. MDS ! Que capítulo foii esse ? Uumm maximoo ! Eles tem que ficar juntoosss !!! Já pode postar o 24 kkkk curiiosiissimaaaa !!!! Uuhhuuuww.. ! 😍😍 Tatah falando oque sente :o ✌

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  13. MDS ! Que capítulo foii esse ? Uumm maximoo ! Eles tem que ficar juntoosss !!! Já pode postar o 24 kkkk curiiosiissimaaaa !!!! Uuhhuuuww.. ! 😍😍 Tatah falando oque sente :o ✌

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  14. Capitulo mais que perfeitoo tatah!! Mds O.o! Postaa maiss pfvorr!!
    ~Camilla

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