quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Capítulo 3



Tanara's POV. 

Eu dormi no quarto da minha vó, estava com medo que ela passasse mal durante a madrugada. Meus sentimentos não tinham outro rumo, eu  só pensava naquele show. O que será que ele pensou sobre eu não ir? Será que ele se importou? Será que lembrou de mim? Com tantos "serás" eu acabei pegando no sono. 

No domingo, eu acordei cedo. Graças à Deus minha vó estava bem e já estava nas suas panelas. Alexandre só chegou de manhãzinha e eu achei melhor não contar nada. Estava me sentindo tão estranha... Foi tudo muito louco e eu já estava mal, com saudades. Mas ao mesmo tempo, irritada com as suas palavras e sua forma de falar. Cris me ligou, me contando que abraçou mais uma vez e me agradecendo, eu fiquei muito feliz em saber que deu certo. Tive que contar tudo à ela e ela me xingou de tudo que era nome. Mas logo depois riu da situação. Aquilo era engraçado? Pelo menos um lado bom. Disse que depois me mandaria as fotos e desligou. Ela com certeza vai contar tudo pra Tati e eu não teria trabalho. O dia todo foi assim, eu, minha cama e meus pensamentos. 

(...) 

E para variar, mais uma segunda e mais uma vez atrasada! Deixe-me contar um pouco da minha vida. Moro com a minha avó, pois quando mamãe se mudou para São Paulo eu ainda estudava. Logo depois que terminei meu 3º ano, meu tio arranjou um emprego para mim, me impedindo de ir morar com a minha mãe (sua grande vontade). Trabalho numa empresa de eventos! Eu e minha equipe fazemos de tudo para que, cada comemoração seja a mais perfeita! Se eu gosto? Até que gosto. Eu sempre gostei dos detalhes das festas e modéstia parte, sempre fui criativa! Pretendo fazer publicidade e assim tudo encaixou. Única coisa chata é que tem que estar na empresa sempre às 8:00. Quem disse que eu consigo? Minha chefe, que diz me adorar, vive puxando minha orelha pelos meus freqüentes atrasos! 

E como já falei, dessa vez não foi diferente. Mas o que eu não sabia é que teria uma surpresa, que abalaria minha vida. 

"Sinto muito... Mas você está demitida!"

Eu sabia o motivo, mas não podia dizer isso para a minha vó! "Oi vó, perdi um ótimo emprego porque o meu sono é maior do que eu" Não, eu não podia. E o pior não era nem a minha vó, era o que estava por vir... Dona Erika! 

(...)

- Tia vai te matar. - Ale ria de mim, após eu contar sobre minha demissão. 
- Isso eu já sei! Me ajuda.
- Ajudar como?
- É verdade, eu também não sei como... Mas sei lá, vamos pensar! 
- Não priminha, você tem duas opções! Contar pra ela e ela te matar ou contar pra ela e ele te assassinar. 
- Qual é a palavra mais bonita? Matar ou Assassinar?
- Acho que assassinar.
- Então terei que ir na segunda opção! - disse levantando. 
- Boa sorte! 
- Obrigada. - sorri forçada, pegando o celular. 
Olhei várias vezes para o nome "mãe" e na 20º vez, tive coragem para apertar em "chamar". 

- Oi mãezinha, boa tarde! Benção? - falei mansa. 
- Oi minha filha! Tudo bom? Deus te abençoe! Não deveria estar trabalhando? 
- Ah... É que... Tá tudo bem por aí? 
- Tá sim. Aliás, como foi seu show? 
- Eu não fui. Vovó passou mal e eu fiquei a noite com ela.
- Que pena bebê... Mas outras chances virão... - ela riu sapeca. 
- Pois é... - ri fraco. - Mãe, preciso te contar uma coisa. 
- Fale.
- Eu... Hum, é que eu.. 
- Você?
- Fui demitida. - falei tão rápido que até me impressionei com a minha capacidade.
- Você o quê? Fale devagar. 
- Fui demitida mãe... 
- Como é que é dona Tanara? Não acredito! Quando você vai deixar de ser irresponsável? Você já tem 18 anos. 
- Eu sei mãe, deixa eu falar...
- Me escute! Ali era maravilhoso, várias meninas se esforçariam pra conseguir, mas você, não se esforça nem para manter! Trabalhar era o mínimo que você poderia fazer. Aliás, e sua faculdade? Cadê?
- Calma mãe! Eu sei que não deveria ter perdido mas aconteceu. Você sabe que eu já fiz prova aqui em fortaleza, só não quero fazer em uma particular! Mas não se preocupe... Daqui a pouco eu arranjo outro emprego aqui, vai dá certo.
- Vai dá certo mesmo, porque você vem pra cá! Quero ver se debaixo do meu nariz você não toma juízo. Sua vó te mima e você fica desse jeito... Irresponsável! Vai vir para São Paulo, vai resolver tudo aqui.
- Claro que não mãe! Eu gosto daqui, sempre morei em fortaleza. Eu já tenho 18 anos, você não pode fazer isso comigo. 
- Posso! Enquanto comer do meu pirão, prova do meu cinturão. - Qual é mãe, que frase mais antiga. - Sempre sustentamos você e agora mais do que nunca, está desempregada. 
- Mãe, pelo amor de Deus...
- Você vem e o mais rápido possível! Passe para a mamãe. 

Fechei a cara e fui até a minha vó, entregando o celular. Ela não podia fazer isso comigo! Eu já tinha 18 anos e podia decidir em que cidade eu vou morar. Aliás, infelizmente ela podia fazer isso. Mesmo trabalhando, era ela que me "sustentava". Não só ela, minha vó, meu tio... O meu salário eu usava mais em festas, roupas, bolsas, sapatos... Gastava só para o meu luxo, devo admitir. Eu mimada? Talvez um pouco, mas eu não tinha culpa não é mesmo?! Eles não me davam nenhuma obrigação relacionada ao meu dinheiro, então eu tinha que gastar comigo, oras. O pior de tudo, é que com o meu desemprego, e indo para São Paulo, eu vou depender totalmente dela. Minha vó me entregou o celular, me olhando feio. 

- Eu não quero ir, vó. - choraminguei. 
- Mas vai! Pra deixar de ser irresponsável. Sua mãe está certa...- falava tentando parecer "durona". 
- Mas vó...
- Quem mandou você fazer isso?
- Eu não fiz nada, nem sei o porquê da minha demissão. 
- Pois eu acho que eu sei, sabe?! 
- Vó... 
- Lá não deve ser tão ruim! Se você mostrar que mudou, talvez ela deixe você voltar. 
- Isso é tão injusto... Eu já sou maior de idade. 
- Então saía sozinha pelo mundo, senhora maior de idade. 
- Vó... 
- Arrume suas malas. 
- Armaria vocês! Nam. - sai batendo o pé, realmente chateada. 



3 dias depois... 


Dona Erika foi firme na decisão e eu não tive como contestar, estou indo passar uma temporada em São Paulo! 
Eu sei que qualquer "fã" estaria amando essa idéia, ficaria mais próximo do Luan. Mas eu não, eu não queria deixar minha casinha, minha vó, meu primo, minhas amigas, minha cidade! "Querer não é poder" esta frase se encaixou no momento e cá estou eu, no aeroporto, abraçada com a minha vó. 

- Poxa Tatah, eu deveria te dar um tapa por você ter perdido esse maldito emprego! Como eu vou ficar sem você? - Ale falou todo bobo, com a mão no queixo. 
- Tá escutando vó? Ele tem coração! - soltei minha vó e alisei seu rosto. 
- Tô sim minha filha... Aposto como vai ter até febre, de tanta saudade. - Dona Fátima falou divertida, fazendo ele rir. 
- Quem sabe? Eu até que gosto de você, pirralha. - me olhou fofo. 
- Eu acho que também gosto um pouco de você, playboy. - falei indo o abraçar. 
- Ow meu Deus! - minha vó falava "apaixonada" enquanto nos abraçávamos. 
- Acho que é o seu vôo... - ele me soltou triste, ao ouvirmos a chamada. 
- Chegou a hora... - respirei fundo. - Tchau vó, obrigada por tudo! Eu volto logo, prometo. - a abracei novamente, me segurando para não chorar. - Eu te amo, idosa da minha vida! - tentei descontrair. 
- Se cuida lá hein?! Juízo dona doida, juízo! Tomara que volte mais responsável... Não é? - soltei um risinho. - Me ligue sempre. - me apertou. - Vó te ama. - beijou meu rosto e depois minha testa. 

- Vem cá, pirralha! - Ale me abraçou. - Cuidado na vida lá hein?! Tô de olho! 
- Ai Alexandre... - revirei os olhos. 
- Vou sentir muitas saudades, das tuas perturbações. Trate de voltar logo... - me apertou forte e eu soltei uma risada.
- Eu sei que vai e eu também te amo, viu?! - falei e ele concordou sem graça.  - Bom, tenho que ir. - peguei as malas, dei mais beijo nos dois e apressei meus passos. 

(...) 

Luan's POV. 


Fazia quatro dias desde o encontro turbulento com aquela "minha fã" e também fazia quadro dias que eu não parava de pensar nela. Nunca ninguém me enfrentou assim, sempre pagavam pau pra mim! Ainda mais uma fã, uma fã. Como pode isso? O fato dela ter sido orgulhosa e ter negado sua presença no meu camarim, também me deixou mexido. Não que eu quisesse ver ela de novo... Ou era? 
Não, claro que não! Não gostei dela, e vai continuar assim... Tomara que eu nunca mais a veja, tomara até que ela desista mesmo do seu fanatismos e tomara também que o primo tenha matado ela. Vamos Luan, esquece essa louca que cruzou o seu caminho, esquece!



Oi gente!! Felizzzzz Natal amores! 😍 É o nosso 2º natal juntas, não é?! Tudo de maravilhoso e abençoado pra vocês... Pessoinhas que me apóiam em todas minhas maluquices.. ❤️
Bom, foi pequeno pra ficar organizadinho... Hahaha! Daqui pra frente o negócio começa a ficar bom. 10 comentários para o 4? Pode ser? Se tiver posto ainda hoje! Bem-vindas leitoras novas (será melhor ainda já que não sabem dos capítulos antes do "recomeço") beijossss! 😘 

14 comentários:

  1. Continua loguinho por favoorzinho 🙏

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  2. COMO ASSIM EU TO CHORANDO COM ESSA DESPEDIDA? Como estou sentimental hahahahaha continua logo Tatah
    Laura Araujo

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  3. Sua doida posta logo se nao morro do coração muie. Quero saber como vai ser a volta de Lunara
    Bj Vanessa

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  4. Awn braseeeel #eternochoro || Lunara vai brilhar #pulinhosdealegria || pooooosta logo *-*

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  5. Continuaaaa . Quero Luan mandando msg pra ela, indo atrás dela hahaha

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  6. Posta maaaaaaaaaaaaaaais....
    / Ana

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  7. Já é 26 cade o capítulo? Hahahaha

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  8. Olha só, Tanara Emily Muniz
    Você ama brincar com os meus sentimentos né?! Porra, Tanara, porra!!
    Você tem noção de quantas vezes eu vinha aqui reler a fic toda?!
    Eu quero te matar!!
    A porra da ficha ainda não caiu!
    Vou atrás de você pra pisar teu pescoço sua kenga
    Nossa Tanara, nossa
    Puta que pariu, caralho, porra, puta que pariu de novo
    Velho, eu quero te matar
    Nossaaaaaa
    Continue isso logo por que eu quero Lunara brilhando logo neste caraí
    Xau pra você

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  9. Postaaaaaa vai... Por favoooor to anciosaaa! Ah, e indica a minha fic? Ela ta no começo... e o endereço é www.naoeumsonhols.blogspot.com Leia e vê se vc gosta... só disponibilizei 11 capitulos. Eu agradeço! E sobre a sua fic... já tô AMANDOOOO ♥

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