Capítulo 11

Tanara's POV. 

Depois do meu almoço na casa do Rafa, eu parei pra pensar mais na gente. Seria estranho eu falar que me imaginei como namorada? Tipo, ir ali mais vezes? Beijá-lo na frente de todos? Eu estou ficando completamente louca. A semana agora, seria de shows em São Paulo, o que me fez ficar feliz! Uma semana de shows em São Paulo e um final de semana de folga, isso não é maravilhoso? Para as fãs paulistanas e para mim, que poderei ganhar uma visitinha. 

Era uma quinta-feira e desde o almoço, Bruna comentava sobre essa tal "quinta-feira". Era a festa da escola de atores Wolf Maya e ela estava certa, que seria inesquecível! Certa também, que me arrastaria com ela. E eu achei ruim? Claro que não! Estava a fim mesmo de me divertir, curtir São Paulo. 

Fomos escolher nossas roupas juntas e ela falou que tinha que ter um adjetivo. Escolhi uma meio lilás, com um "sexy" estampado na frente. Ela escolheu uma da mesma cor, aberta dos lados, dando para ver seu sutiã e sua tatuagem. Escolhi uma saia preta, mais retinha e ela escolheu uma branca, um pouco mais rodada. Nos arrumamos na minha casa e pedimos pro Gabriel tirar uma foto nossa, e o mesmo afirmou ter ficado linda! 

- Me indicaram um aplicativo, que deixa a foto meio em desenho... Vou fazer com essa nossa! - falou animada, cutucando na tela do celular. 

- Tá bem. - concordei rindo. 

Ao sairmos, avisei minha mãe que eu talvez dormiria na casa da Bru e ela não fez nenhuma reclamação, apenas nos mandou ter juízo. No caminho ela postou nossa foto, e meu celular apitou com uma mensagem do Rafa em seguida. Ele me chamou de encalhada mais uma vez, me mandou ter cuidado e saiu. Deixei para respondê-lo depois.

Chegamos e a festa já rolava, música alta e várias pessoas dançando. Bruna me arrastou pro seu "grupinho" e foi me apresentando. Eram todos muitos simpáticos e bem bonitos, fazendo aquilo ficar interessante. Um tempo passou e até agora eu só tinha arriscado uns passos.

- Vai ficar só na coca? - Um amigo dela me perguntou. Era lindo, loiro até. 

- Hoje não tô afim de beber... - entortei a boca em um sorriso e ele balançou os ombros, sorrindo também. 

- Veio só com a Bru, mesmo?

- Apenas nós duas. 

- Ela eu já sei que não namora, e você? - perguntou e tomou mais um gole da sua bebida. Hoje a sorte está do meu lado, não vou deixar ela escapar. 

- Não! Solteira e você? 

- Também, solteiríssimo... 

- Hum. - falei mexendo meus pés no ritmo da música e ele me olhou, diferente. 

- Desculpa atrapalhar gatinhos, mas eu tô precisando da minha amiga! - Bruna veio se desculpando e já me puxando. 

Fomos até o banheiro e quando já estávamos dentro, ela começou a tagarelar. 

- Minha menstruação desceu! Quer dizer, vai descer... E agora? Eu não quero ir agora, eu estava até me ajeitando com um carinha... TATAH! - falava e eu checava minha bolsa, rindo. 

- Desculpa Bubuzita, mas eu não tô com absorvente aqui. 

- Absorvente? - uma moça falou saindo de uma cabine.

- Sim, moça. - respondi enquanto a Bru olhava a roupa no espelho, toda agoniada. 

- Eu tenho, cês querem? 

- Ai, obrigada! Quero sim. - Bruna virou, já estendendo a mão. A morena riu e começou a abrir a bolsa, tirando um absorvente. Entregou para a Bruna e ela entrou correndo, dentro de uma das cabines.

- Ela não quer ir embora agora, sabe como é... - expliquei a agonia dela e a moça riu. 

- Relaxa, sei como é! - ela disse simpática. - Qual seu nome?

- Tanara. E o seu?

- Larissa. 

- Quer ficar com a gente? - ela me olhou assustada. - Não, não... Não somos lésbicas! - expliquei, fazendo gestos com a mão. - Mas é que você parece que tá sozinha e estamos perto de vários gatinhos. - pisquei o olho e ela riu. 

- Acertou, viu?! Vim com uma amiga que arranjou o boy e me esqueceu! Aquela loira safada. - falou fazendo careta e eu ri. - Mas a Brenda me paga! 

- Deixe ela curtir, mulher, vem com a gente! 

- Aí pronto, acho que deu certo... - Bruna abriu a porta, aliviada. 

- Larissa vai com a gente, Bru. 

- Afim de pegar alguém? Estamos no meio de gatinhos! Tatah oh, já arranjou um loiro...

- Que nada. - saímos rindo. 

Luan's POV. 

O show foi como sempre, incrível. Eu nunca cansava daquela energia, era impressionante. Elas nunca me deixavam na mão, cantavam e se declaravam do começo ao fim. Me despedi da galera de Presidente Prudente e fui pro camarim, me recompor. Meu celular tocou e eu sorri, com a esperança de ser ela, Pikitinha. Mas não era, era um número desconhecido. 

- Alô...

- Num é que pra quem chegou em São Paulo agora, conseguiu o número do Luan Santana rapidinho? - era uma voz feminina, que eu conhecia de algum lugar. 

- Carol de Cancún? - foi a primeira coisa que me veio na cabeça e eu torci para que eu acertasse, senão pegaria mal. 

- Eu mesma, lindinho. - falou rindo. - Lembrou rápido hein?! 

- Quem é inesquecível, a gente não esquece... - falei com uma voz mais veluda e ela soltou uma gargalhada. 

- Que tal a gente se ver? Tô na cidade do seu show de hoje viu?! Aliás, parabéns, foi lindo. 

- Cê tá no show, muié? - ri. - Por que não veio pro camarim?

- Eu não. Sei que iria ter meu momento com você, porque entraria na fila com fãs? - falou safada e eu já entendi. 

- Carolina... 

- Vai ou não vai? Pelo o que eu pesquisei, você tá solteiro... Graças a Deus terminou com a interesseira lá. 

- Sim, terminei com a Jade. - falei sem graça. - Tô "soltim".

- Adoro. Posso passar no camarim agora? 

- Deve. - falei safado e ela soltou uma risadinha mais safada. 

- Se prepare, gato! Até já. - desligou e eu bati as mãos, animado. 

Carol foi um lance de Cancún, nas minhas férias. Gostei das nossas pegações lá, por que não? Seria bom destrair minha mente e satisfazer meu corpo. 

Em pouco tempo, ela apareceu no camarim e nós não perdermos tempo. 

Partimos logo para os nossos beijos, nossos amassos. 

Tanara's POV. 

Depois de conhecermos a Larissa, voltamos para onde estávamos e o Loirinho voltou para o meu lado. Conversamos bastante e acabamos ficamos. Uns três beijos, não faz mal à ninguém, não é? Ele beijava bem e acho que também gostou do meu beijo. 

- Já vai? - perguntou alisando meu rosto. 

- Sim, estou cansada... 

- Que pena. Você e a Bru estão de carro?

- Táxi. - sorri.

- Vou deixar vocês. - ele falou, se livrando de um copo que segurava. 

- Não precisa... 

- Que nada! Eu sei onde é a casa da Bru, não é nada demais...

- Você também bebeu e não quero atrapalhar sua festa.- falei sem jeito. 

- Quê? Você que salvou ela, isso é o mínimo que eu posso fazer! - sorriu. 

- Vamos, Tatah? Já me despedi de todos ali. 

- Vamos... - falei olhando pro Loiro e ela riu. - Tchau, Lare! Tchau gente! - passamos por eles e eu fui me despedindo. Larissa pelo visto também arranjou um gatinho. 

O loirinho destravou o seu belo carro e nós entramos. Ele ficou fora, falando com um homem e ela aproveitou, pra me zoar. 

- Hummmmmm, ele gostou hein?! 

- Ele é gato, puta que pariu. 

- E você é uma safada.

- Oh... - fiz sinal de silêncio e ela riu. 

- Pronto, meninas. - entrou no carro, nos lançando um sorriso. 

Chegamos em casa e a Bruna saiu primeiro, agradecendo e imaginando o que ele queria. 

- Obrigada. - sorri, com a mão na porta.

- Que nada, também estava cansado e oh, é caminho! - se aproximou. -  Mas eu sei como você pode agradecer. - sorriu, pegando no meu rosto. 

- Eu também sei. - inclinei meu corpo e aproximei nossas bocas, começando mais um beijo. O soltei e abri a porta, dando um tchauzinho. 

- Só mais um? - pediu manhoso e eu fechei a porta, sorrindo e balançando a cabeça, negativamente. 

Entrei na casa da Tia Zete e confirmei o que a Bru tinha falado, eles não estavam. 

- Hummmmmm. - falou, quando eu me sentei no sofá. 

- Para tá?! Jesus, que gato. 

- Ele é lindo mesmo. - riu, mexendo no celular. - Rolou mais um?

- O que você acha? - mexi as sobrancelhas e ela riu. - O foda é que ele me beijou no carro, que nem o Luan... - falei sobre o que eu tinha lembrado, de quando o beijei e ela abriu a boca, em espanto. 

- Você e o Pi retornaram com os beijinhos? 

- Não, ele me roubou um selinho. - sorri, lembrando. 

- Aí meu Deus... Quer contar?

- Não. - falei passando a mão na boca. 

- Vou ajeitar aonde você vai dormir, fica aí, pensando no beijinho do meu irmão! - levantou e subiu as escadas, me deixando aérea, lembrando dele. 

Flashback on:

Foi no almoço, na hora que eu ia embora.

Luan foi me deixar no carro, todo lindo, todo cavalheiro. Abri a porta e joguei minha bolsa. Voltei, para lhe dar tchau e ele ficou me olhando, com as mãos no bolso.  

- Desculpa qualquer coisa... - falei sem jeito, entre a porta e o banco. 

- Desculpa o quê? Deixa de besteira Pikitinha! Minha mãe te adorou, ainda mais. 

- Ah claro, tirando a parte que isso foi programa de namorados e os três ficaram pensando besteira... - falei revirando os olhos e ele segurou meu rosto, com as duas mãos. 

- Mas namorados se beijam... - falou com uma sobrancelha erguida, como se quisesse algo. E não foi pra menos, foi se aproximando e juntou nossas bocas, formando um selinho. - Tchau, Pikitinha. Me soltou, me deixando parada, tonta. 

Saiu rindo e depois que eu acordei do transe, o xinguei.

- Sem vergonha. Cretino! - entrei no carro, rindo do vento. 

Flashback off.

Luan's POV. 

Levei a Carol para um motel ali perto e pedi ao Rober que tudo fosse discreto. 

Entramos já aos beijos e as coisas começaram a ficar quentes, quentes demais. 

- Seu celular está tocando. - ela me avisou, quando eu distribuía chupadas no seu pescoço e tentava abrir seu sutiã. 

- Deixa tocar. - falei, entretido. 

- Deve ser importante, pra te ligar essa hora... Vai, atende. - falou já, não mais tão animada e eu me afastei, levantando e pegando meu celular. Era ela, porra. 

Pensei mil vezes antes de atender, não queria ignorar ela, mas também não queria que ela perceba aonde eu estou. 

- Atende, homem. - Carol falou, ajeitando o cabelo. Respirei fundo e atendi, nervoso. 

- Ooi... - falei calmo. 

- Oi, amor! - Por que diabos ela me chama assim? Ela não percebe que piora tudo? Falou animada e aposto que estava sorrindo. - Como foi o show? 

- O show? Foi bem...

- Hum, sério? 

- Sim. 

- Credo Luan, te acordei? Tá falando assim... 

- Eu não estava dormindo. 

- Ainda tá no camarim? 

- Não... 

- Aonde você tá? - perguntou "inocente" e um nó se formou na minha garganta, merda! Vamos Luan, seja forte.

- Eu? Tô... Num.. Motel. - falei "motel" mais baixinho e ela era surda, não deve ter entendido.

- Onde?

- Motel. - falei mais alto e ela calou.

- Ai meu Deus, desculpa... Eu, eu... Tchau. - desligou nervosa e eu ri, do jeito dela. 

- Você não falou que estava "soltim"? - Carol falou intrigada, assim que eu virei. 

- Era minha amiga. - Respondi sincero e ela cruzou os braços. 

- Ah tá, né?! Não nasci ontem... 

- É sério. 

- E por que ela te ligou à essas horas? 

- Porque conversamos, nesses horários. 

- Hum... 

- Aonde paramos?

- Não Luan, ela cortou o clima, você ficou estranho... 

- Não muié! Eu tô normal. Borá refazer o clima, uai. - tentei a convencer, subindo na cama e ela sorriu, concordando. 

Tanara's POV. 

Soltei o celular com uma enorme raiva de mim, eu não sabia nem o que pensar. Oras, ele estava em um motel - fodendo alguma puta - e eu atrapalhei. Minha vontade era me estapear, até eu parir. 

Burra, burra, mil vezes burra! É claro que ele não estaria dormindo à essa hora, ele estaria curtindo. Qual a mulher que liga para qualquer homem, de boca da madrugada? Acho que sei o porquê de eu estar encalhada. O pior é que fiquei como a pateta da história, os dois com certeza continuaram a se comer, no mínimo, rindo de mim. Qual o meu problema, Deus? Eu preciso de alguém mais inteligente do que eu, do meu lado, 24 horas, me ensinando o que fazer! Uma mulher com 18 anos deveria saber como lidar com homens, mas porra, olha o que eu fiz! Além de estar me achando uma idiota, eu estava com algo estranho... Eu nem sei com quem ele está e já estou afim de matá-la. Não, não é ciúmes... Ah caralho, ele é só meu amigo! Eu preciso parar de ser infantil, isso sim. Ele está certo, tem que curtir a vida dele, já que perdeu a fase da curtição, pois começou a trabalhar muito cedo e tinha que se dedicar para se tornar o que é hoje! E é lógico que agora ele pode, ele deve, ele faz. 

Ele está só com uma?

Ou será duas?

Vá dormir Tanara, vá dormir. 

Não, não vá dormir! Você precisa desabafar, senão você quebrará os móveis alheios. 

Fui procurar a Bruna e ela também estava acompanhada. Estava em uma ligação, e pelo jeito que falava, era homem. Sentei no chão do corredor e abri meu WhatsApp. Tinha conversado com Cris hoje mais cedo. Ela não dorme cedo, se importaria de atender uma amiga desesperada? Acho que não! 

Chamou quatro vezes e por fim, ela atendeu. Com a voz ofegante e aparentemente, nada feliz com a minha ligação. 

- Cris? O que estava fazendo? - estranhei sua respiração ofegante. 

- Hã? Ah... Eu? Eu tava correndo. - falou com pausas - fazia barulhos estranhos nelas - e eu fiquei intrigada com aquilo. 

- De madrugada? Qual seu problema? - Afinal, quem corre de madrugada? Cada doido com as suas manias. - Enfim, eu liguei pra ele, ele estava em um motel, cara! - falei e ela continuava calada, fazendo os barulhos que fez nas pausas. - Cris? Você tá ouvindo? 

- Desliga amor, tô quase lá! - ouvi uma voz diferente, de fundo e automaticamente meus olhos arregalaram, me fazendo estranhar mais ainda aquilo. 

- Hã? Ah? Eu eu? Aaaaah. - ela gemeu? Caralho, ela gemeu! - Oi Tatah... Eu to...

- Você está transando? 

- Eu? Não exa... tamente! Como você prefere que eu diga? 

- Quem é essa empata foda? - a voz de fundo se pronunciou mais uma vez, mais grossa e eu fiquei morrendo de vergonha, de novo. 

- Quem atende no meio de uma transa??? Eu preciso de análise, tchau! - desliguei rapidamente. Se tivesse um espelho ali, naquele momento, eu iria me ver vermelha. Traumatizada, era a palavra! 

Primeiro meu Rafa, depois a Cris... Eu realmente estou encalhada! E o pior, nem meu ursinho eu tenho mais. 

Com o trauma, acabei ficando inquieta! Balançava o celular entre os dedos, sem saber o que fazer. No momento de surto, desbloqueei e fui direto para os SMS - Já que o Luan não estaria on no WhatsApp - 

Na louca, digitei e enviei... Uma mensagem completamente como eu, surtada. 

Luan's POV. 

Estávamos prestes à tirar nossas roupas íntimas, já que ligação da Tatah estragou tudo. Quis continuar, mesmo um pouco travado e tenho a certeza que ela sentiu a diferença. Mas não desistimos e conseguimos refazer o clima. Mas meu celular apitou e os olhos de Carol se direcionaram rapidamente para sua tela. Ficou olhando por dois minutos e em seguida, me empurrou. 

- Oi? - perguntei, sem entender.

- É ela. 

- Ela quem?

- Sua amiguinha, é ela... - falou levantando, indo até o celular. - 

"OK! Sou mesmo uma encalhada. DESISTO DESSA VIDA! Que merda vey, fiz só duas ligações e atrapalhei a pegação de duas pessoas... E não me contentei, vim atrapalhar você de novo... Deixa eu adivinhar, é loira? Seu tipo né?! Pelo menos alguém está se divertindo... Tchau pra você e pro seu motel, beijos!" - Carol leu fazendo careta e eu soltei um riso, imaginando a cara dela, ao escrever isso. 

- Vocês definitivamente, não são só amigos! Ela surtou na mensagem... Acho que não curtiu, você se pegando com alguém. - Carol falou e sentou, respirando fundo. - E como ela sabe que eu sou loira? Eu hein! 

- Acho que ela surtou mais, porque descobriu que eu estava certo : Ela realmente está encalhada. 

- Coitada da menina, Luan! Anda, me conta. Por que você falou isso dela? Por que 'Pikitinha'? 

- Nos aproximamos quando fizemos uma aposta, justamente porque ela estava encalhada... - comecei a falar e ela ouvia atentamente, achando tudo muito "diferente". Me peguei rindo ao contar algumas coisas e ela ria também, nos chamando de loucos. 

- E esse brilho no olhar, falando dela? - perguntou sorrindo e levantei. 

- Onde que tá isso? - bati no vento, como se expulsasse mosquitos.

- Ah, para vai! Tenho certeza que seu celular está cheio de fotos dela... - falou e vi ela indo até meu "rolo da câmera". 

- Ei! Só porque estou desabafando com você, não significa que pode mexer n... 

- De onde você conhece ela???? - ela me interrompeu, mostrando uma foto dela. 

- Já te contei a história, muié! - vesti a minha calça. 

- Tanara? 

- Sim, a Tatah. 

- Filha da tia Erika, neta da Dona Fátima, prima do Ale? 

- Essa mesmo! Como sabe essas coisas? Não lembro de ter te contado sobre a família da Pikitinha. 

- Não acredito que quase transei com o boy da minha amiga! - ela jogou o celular, colocando as mãos na cabeça.

- Oi? - perguntei, já vestido. 

- A Tatah é minha amiga! 

- Como assim? 

- Quando eu fui morar em Cancún, nós éramos muito amigas! Ela já era sua fã e dizia que você ia comer ela... Mas não achei que ela fosse levar isso tão a sério! - falou de boca aberta e eu simplesmente não acreditei de primeira. Demorei alguns minutos para absorver tudo aquilo e ela agora, mexia no seu celular.

- Bom, comer eu ainda não comi...- falei mais baixo e ela se aproximou de mim. 

- Pra você não pensar que eu sou uma doida, olha aqui nós, há uns 2 anos. - aproximou a tela do celular e eu pude ver, ela, a Tatah e outra menina. 

 Essa que tá com a gente é a Cris, não sei se a Tatah já falou dela... - explicou.

- Acho que já. - sorri, dando zoom na Tatah. Ela melhorou muito, mas ainda sim, era bonita. Carol também, era e continua, bonita! - Nossa, que louco, cara! - sentei, de boca aberta e tivemos o nosso "minuto de silêncio". Que logo depois foi atrapalhado, por sua gargalhada. 

- Isso é um sinal! 

- Sinal de quê?

- Voltei para o Brasil na hora certa! - falava animada, vestindo a roupa. 

- Hora certa de quê, muié? 

- Deus me colocou aqui, pra juntar vocês dois! 

- Realmente, cê tá doida! Não pira, beleza? Somos amigos. 

- Ligação, mensagem, ciúmes, brilho no olhar, história louca... Não, vocês não são amigos nem aqui, nem na china! 

- Ah, é? E somos o quê? 

- Futuramente serão namorados, com a ajuda da gatinha aqui! 

- Você é sempre assim?

- Assim como? Certa? Meiga? Linda? Ah, sempre! - sorriu, convencida. 

- Vai ficar aonde?

- Estou sem moradia em São Paulo, mas amanhã eu embarco para Fortaleza. 

- Então cê vai passar essa noite num hotel?

- Sim! Me deixa em um?

- Que nada muié! Cê vai lá pra casa...

- Tá louco Luan?

- Estou mais normal do que você! Minha Pikitinha tá lá... Não quer ver sua amiga?

- Ela tá lá? Certeza?

- Certeza eu não tenho, mas ela saiu com a minha irmã, então eu deduzi... 

- Ta bom! Vou com você! - falou derrotada e eu sorri, vitorioso.

- Só tem uma coisa...

- O quê?

- 4 horas, daqui pra minha casa. 

- Não tem problema. 

Tanara's POV

Tinha pegado no sono, na cama de hóspedes. Dormi de roupa mesmo, acreditam? Me arrependeria disso, logo logo, já que minha saia era apertada. Além de fazer mal, incomodava. 

Me remexi um pouco, abrindo os olhos e vendo alguém ligando o Ar Condicionado. Estava de costas e em seguida veio me dar um beijo. Não me atrevi à falar nada... Será que fui levada pra casa? Porque com certeza, seu Amarildo que não era. Ou será que ele está sonâmbulo? 

- Rafa? - Sei que podia ser paranóia minha, mas foi o beijo dele. Chutei quem seria, ainda olhando pra parede, sem me mexer. 

Postando no dia seguinte... Me abduziram? '0' hahahahahahah.

Carolzita chegou chegando e agora o negócio melhora 0/ Quem será? Será ele? E a reação da Tatah? Ao ver os dois? Ih... Posto com 6 comentários, beijinhos :*