Parabéns mulher!!! Muitas felicidades. :*
- Ah Tatá, qual é?! Luan está em Las Vesgas, quando chegar você conta!
- Eu quero decidir quando ele tiver...
- Acontece que eu não vou esperar 4 dias. Ele vai passar 4 dias, não é?!
- É.
- Então... Me dá logo essa resposta!!!
- Ana, é complicado. - abaixei a cabeça.
- Complicado você posar para uma loja? Do meu lado e da Bruna Marquezine?
- Você esqueceu de quem eu sou namorada? Vão logo dizer que eu quero fama... "Chupa fama", "Aproveitadora"...
- Você nunca quis essas coisas! E sim, através do Luan enxergaram você... 9 meses de namoro, acho que até demoraram.
- Por isso eu tenho que falar com o Rafa! E além do mais, eu não gosto dessas coisas...
- Para de mentir! Adora uma foto..
- Não de posar pra uma marca de roupas...
- Se o Luan disser não, você não vai fazer? Me poupa, né?! Luan não é seu dono. Você sabe muito bem que a equipe dele faz de tudo pra te preservar, te esconder... Só pode aparecer do lado dele e blá blá blá.
- Ele não é meu dono... E não precisa esfregar na minha cara como eles são, eu sei muito bem.
- Por isso mesmo... Você vai fazer e ponto.
- E se eu não for bem?
- É só uma experiência, Tatá! Gostaram de você e te querem também.
- Aí, Ana..
- Relaxa, tá?! E não conta nada pra ninguém, vamos fazer uma surpresa...
- E quando vai ser?
- Amanhã.
- QUÊ?
- Eu sei, um pouco em cima..
- Um pouco? Eles nem sabem que eu aceitei..
- Sabem sim!!! Eu já tinha avisado à eles.. Só falta você assinar o contrato. - fez sinal de 'dinheiro' com a mão, sorrindo. - Você assina e já vamos para as fotos!!
- Você não presta, sabia?
- Eu sou um gênio, fala aí. - riu e eu pus a mão na boca, não acreditando.
Fui convidada para fazer a campanha de uma loja de roupas, bem famosa. Teria apenas, minha amiga Ana e a Bruna Marquezine. Estava com o pé atrás pelo o que falariam.. - eu ainda não superei essa parte e quase sempre tô atrás do que falam de mim - Mas, o Luan estava fora e não dava pra falar disso por mensagem ou ligação. Então, acabei aceitando... Estava precisando do dinheiro e bom, Ana quase me forçou.
3 dias depois...
Luan's POV.
Foram quatro dias muito corridos, mas muito prazerosos. Assistimos a um show da Shania Twain e três apresentações do Cirqueira du Soleil: uma que homenageia o Michael Jackson, outra sobre os Beatles e uma chamada O. Todas incríveis, vamos ter que filtrar boa coisa do que vimos. Aproveitei também para fazer coisas que normalmente não consigo fazer no Brasil: passear na rua e fazer compras no shopping. Acabei comprando alguns presentes e principalmente, pra Tatá. Imaginei o sorriso dela ao ver e com certeza, o preço não importou. Não sou muito bom em gosto feminino, mas os meninos me ajudaram e eu lembrei das roupas que ela costuma usar. Se Deus quiser, ela vai gostar. Também gostei muito de entrar nas farmácias e comprar as guloseimas que eles vendem por lá. Conheci o deserto e os cânions da região. Aluguei um carro e passeei pelas margens do Rio Colorado e visitei a represa Hoover Dam. Curti bastante passar pela ponte que existe ali na represa, com a Ferrari conversível. O que só aumentou meu sonho de consumo: ter uma. Mais pra frente, quem sabe... A revista QUEM acompanhou tudo e, serei capa da próxima e nela, terá todas as fotos que tiramos lá.
Estava voltando pra casa, cansado e cheio de novas idéias. Liguei pra Tatá e ela não atendia. Achei estranho, ela sempre atendia no primeiro toque. Abri o instagram e tinha uma nova foto sua.
@tatalbuquerque: Surpresas vindo por ai! hahahaha.
O que era aquilo? Eu não estava sabendo de nada. Liguei novamente e dessa vez, ela atendeu.
- Oi meu amor!!!! Chegou? - disse calorosa e eu sorri.
- Indo pra casa, amor...
- Como foi lá?
- Muuuito massa! Tô louco pra contar procê.
- Sério? - riu.
- Você já pode ir lá pra casa...
- Quê? Não dá. - riu. - Eu lembrei que tenho uma prova amanhã, tenho que estudar.
- Ah não, amor.. Eu cheguei, pô!
- Sinto muito, amor..
- Eu realmente tô esperando você...
- Eu realmente não posso ir.
- Só uma passadinha? - perguntei manhoso. Sabia que se ela fosse, a faria dormir.
- Tá bem... Deixa eu só terminar aqui! - riu.
- Que foto é essa?
- Que foto?
- Você, Ana, Bru Marquezine... Não sabia que eram amigas.
- É uma surpresa! - riu. - Te conto já, tá?! Vou desligar aqui...
- Beijo na boca. - falei e ela desligou, fazendo o estalo do beijo.
Meus pais e minha irmã me receberam animados e de imediato, já comecei a contar tudo. Tomei banho e entreguei os presentes. Depois fomos jantar e eu já estava incomodado com a demora da Tatá.
- Ela disse que vinha?- Xumba falou, duvidando.
- Ela me falou que tinha prova... Acho que não hein, Pi.
- Ela falou. Se ela não vier, ela vai comprar uma briga.
- Quanto drama, Luan. - meu pai falou, me zoando.
- Isso é amor, pai... - Bruna falou e eu olhei feio. A campainha tocou e eu corri para atender.
Mal deixei ela falar nada e a abracei, lhe tirando do chão.
- Uau, Rafa. - falou assustada, enquanto eu a apertava.
- Eu disse que ocê vinha! - disse sorrindo e ela franziu o cenho, sem entender. - Nada.. Vem, janta com a gente.
- Eu já comi, gato. - fez cara de convencida e eu pus a mecha do seu cabelo pra trás. - Cadê a tia Zete?
- Jantando... Não ta esquecendo de nada, muié?! - mordi os lábios e ela lerda, checou o celular na mão. - Meu beijo.
- Aaah... - abriu a boca, rindo.
- Ah nada, vem cá. - lhe puxei de novo e consegui um beijo, um pouco destrambelhado.
- Foi bom?
- Foi muito foda. - coloquei o braço ao redor do seu pescoço, e a fiz 'me carregar'. - Queria que você tivesse ido comigo...
- Eu estudo, cantante. Mas... Ainda chego lá! Ser ostentação como você e viajar pra onde eu quiser, na hora que eu quiser. - conversávamos no caminho para a mesa.
- Casa comigo e pronto. Ou... Nois faz uma dupla aí daqui 7 anos, ocê tá ostentação.
- Que casar o quê... Tô é tentando furar a camisinha mesmo. - falou séria e eu soltei uma gargalhada.
- O trem é difícil de sabotar?
- É sim amor, me ajuda.
- Vou pensar.. - beijei seu rosto e ela riu.
- Naná!!! - Bruna quase gritou e ela beijou o rosto dos meus pais, toda carinhosa. Sempre foi assim com eles e até parecia uma pessoa meiga. Abraçou a Bruna e eu ajeitei a cadeira dela, sentando em seguida.
- Você não tinha prova, Nana?
- Eu vim por livre e espontânea pressão. - me deu um tapinha, rindo. - Só dar um Oi mesmo... Senão já viu, né?!
- Aposto como dorme. - falei baixinho e minha mãe riu.
- Falou o quê, Luan Rafael? - Tatá disse autoritária.
- Nada, uai.. - levantei os braços, me rendendo.
Conversamos um papo descontraído e ela acabou comendo, depois de muito minha mãe pedir. Sempre que ela olhava as horas, eu colocava outro assunto. Não queria que ela fosse, queria que ela dormisse! Mas não adiantou.
- Já são
22:00.. Olha como tá tarde! Preciso ir, vai. - dizia carinhosa, alisando meu rosto.
- Mas eu nem te entreguei meus presentes ainda...
- Você tá me enrolando, Rafa. Eu tô cansada, sabia? Queria dormir, mas tem prova.
- Oh, cansada... Não vai querer estudar.
- Mas eu preciso, me ajuda também.
- Tudo bem.. - suspirei derrotado. - Você não me contou sobre aquela foto.
- Depois, tá?! Preciso ir..
- Tive uma idéia!
- Qual? - perguntou, sem ânimo.
- Eu vou dormir com você...
- Amor, eu acabei de falar que tenho que estudar...
- Por enquanto que você estuda, eu jogo. Topa? Aí depois 'nois' dorme 'juntim'.. - a abracei, confortavelmente.
- Promete?
- Prometo! - cruzei os dedos, para prevenir.
- Então ajeita a mochila.. Vou me despedir da tia Zete e do seu Amarildo. - me deu um selinho e saiu, enquanto eu comemorava.
•••
Quando chegamos na sua casa, Erika se animou e logo sabemos o porquê. "Vocês podem ficar com a Duda?" Queria sair com o marido; e nós, não hesitamos. Duda já dormia e eles avisaram que só chegariam de manhã: a casa só pra gente. Gabriel foi passar a noite com a namorada e a filha.
- Você é sempre babá?
- Quase. - balançou os ombros. - Eu entendo.. Eles não tem muito tempo pra namorar...
- Que nem a gente. - falei fazendo bico e ela riu fraco, mexendo o brigadeiro que estava fazendo. - Tá ficando bom, amor?
- Eu acho que sim.. Vamos comer e depois eu vou estudar, tá?!
- Tá bom, Pikitinha! Até parece que eu quero te atrapalhar..
- Você não quer atrapalhar, você quer atenção.
- Eu só acho que merecia...
- Amanhã te dou toda atenção do mundo! - apagou o fogo e colocou a panela na mesa.
- Tem que me dar outras coisas também...
- Você não presta, hein?! - riu. - Quem sabe...
- Quem sabe nada! Vai ter sim..
- Se você me levar em um restaurante, jantarzinho romântico e depois..
- Motel?
- Eu ia falar um lugar bonito... De fofisse, não safadagem.
- Aquela cama redonda é massa, amor! Cê num acha bonita?
- Já entendi Luan, você voltou subindo nas paredes..
- Então não vai precisar de jantar e tudo isso?
- Claro que vai! Estou mais difícil do que nunca... E além do mais, quero lembrar aquela nossa noite. Lembra?
- Qual?
- O jantar, amor! Éramos amigos ainda... Nossa primeira vez!!! - falou toda emocionada e eu ri, olhando pro seus olhos, que brilhavam.
- Eu adoro aquele nosso jantar! Mas.. Prefiro o que vem depois. Sua primeira chave de coxa.. Aí depois cê só foi melhorando e hoje eu to aqui, totalmente amarrado.
- Hahaha, que engraçado. - Me mostrou o maior dedo e eu ri, realmente lembrando.
Fui até a panela e coloquei o dedo no chocolate, levando um tapa em seguida.
- Tá quente, menino!
- Uai.. - levei à boca, rindo. Pegou e pôs na geladeira. Colocar na geladeira quente ainda, é estranhamente bom. Ela tinha essa mania e me viciou. - Por enquanto que fica como cê quer.. Vem cá, vem. - peguei na sua mão, a puxando em seguida. Começamos a nos beijar calmamente e podíamos sentir a saudade que ainda contínhamos.
- Amor, vai ficar congelado. - separou nossas bocas, sorrindo.
- Vai nada..
- Te aquieta, vai... Vai subindo que eu já levo a panela.
- Não posso esperar minha namorada?
- Você voltou muito gay.
- E você má.
- Depois eu sou a dramática...
- Vai, pega logo esse trem. - falei emburrado e ela ficou na ponta dos pés, puxando meu lábio com a boca. - Sai, namorada fria. - ela riu e pegou a panela.
- Hoje eu quero duas colheres, porque vou te dar um gelo. - disse sério e ela me olhou, fingindo acreditar.
- Pega você, eu só quero levar uma. - subiu convencida e eu passei a mão no cabelo, não resistindo e a agarrando por trás.
Subi a beijando e tirando o brigadeiro com o dedo. Ela brigava, me fazendo rir.
- Se tem a colher, não é pra 'coisar' com o dedo. - falou marrenta e eu ri.
- Coisar com o dedo, Tatázinha?
- Você tá muito safado menino, credo. - riu, deitando na cama.
- Você tá fazendo doce de tudo, credo!
- Não é fazer doce, é não poder imaginar o que eu imagino escutando essas coisas..
- Cê imagina, safadinha? - subi em cima dela.
- E quero fazer, mas tenho que estudar! Lembra?
- Lembro.. Mas temos um tempo, o tempo que o brigadeiro dura. E eu vou te dar na boquinha, com o dedo se preferir..
- Amor, para... - disse sem graça e eu soltei uma gargalhada.
A ajeitei na cama, ficando em cima.
- Queria que você fosse mais alta do que eu.
- Por que?
- Pra ficar perto dos seus peitos, sempre.
- Meu Deus. - riu e eu beijei seu colo. - Vamos comer, tá?! E fecha essa porta, caso minha mãe chegue... - falou e eu levantei rápido, fechando a porta com esperanças.
Fiquei em cima dela de novo e enchi a colher de brigadeiro.
- E é que não queria colher..
- Quem disse que é pra mim?
- E é pra quê? - não respondi, apenas passei no seu pescoço. - Mas gente!
- Exatamente... - ri safado e aproximei minha boca, dando uma maravilhosa chupada ali.
- Cretino. - disse arrepiada e eu lhe beijei.
Ficamos comendo com carinhos e com safadeza. Mas só provocações... Ela tinha que estudar e só estava esperando o brigadeiro acabar. Brigadeiro que eu tanto preservava.
- Seu celular vibrou... - avisei, passando a mão no seu rosto. Ela pegou, viu algo e largou um sorriso. - O que é?
- Minha prova foi adiada...
- Sério? - sorri.
- Aham... Mas ainda tem aula! - fez bico.
- Mas agora você não precisa estudar...
- É... Por esse lado..
- Ocê num me contou que foto era aquela.
- Sim, sim! Fui convidada pra fazer a campanha de uma loja...
- Com elas?
- Sim.
- Bruna Marquezine, Ana e a..
- Brenda, ela mesmo. A que você ficou quando éramos amigos..
- E você ficou morrendo de ciúmes. - falei rindo e apertei sua bochecha.
- Eu não tenho ciúmes, amor. Confio no meu taco.
- Ahamm. - fingi concordar e ela revirou os olhos.
- O sem ciúmes da relação é você..
- Vai começar com essa besteira, de novo?
- Não. Mas e ai, acha que eu fiz bem em aceitar?
- Claro, uai. Toda linda.. - cheirei seu pescoço. - Mas tem que usar biquíni?
- Não. - riu. - Por que?
- Porque eu queria ver a Bruna Marquezine de biquíni né.. - brinquei e ela riu, sem humor.
- O Instagram dela está cheio..
- Você fica muito fofinha com ciúmes, sabia?
- Não. Idiota.
- Uiii, ficou braba?
- Vamos dormir..
- 'Logiquinao'! Nois vai fazer outras coisas...
- Eu tô cansada, amor. E você também deveria estar! Acordo cedo e blá blá blá.. - suspirei pesado.
- Tá bem... - passei o dedo no seu rosto. - Cê gostou do presente?
- Amei. - sorriu. - Adoro roupas, você sabe.
- Lembro bem como a Priscila surgiu na minha vida... - falei e ela riu.
- Quem sabe um dia, eu não viajo com você? Assim, pra outro país.. Só nós dois...
- Por que não? Temos muito tempo pra isso.
- Será? Temos que aproveitar o agora, ninguém sabe o dia de amanhã..
- Que papo é esse, Tatá?
- Nada, Rafa... Mas sei lá, você já pensou que podemos nos separar?
- Cê quer separar de mim?
- Não, besta. Eu tô falando que talvez não dure como nós pensamos..
- Hum... Mas a gente aproveita muito e, não vamos nos separar. Eu até gosto docê, sabia?
- Muito generoso da sua parte. - riu. - Acho que dá pra te suportar por mais um tempo..
- Credo, amor. - falei ofendido e ela soltou uma risada.
- Amor, todo casal planeja coisas, né?!
- É. - assenti.
- Você fazia isso com a Jade?
- Acho que sim.. E você?
- O Érico achava que iríamos casar e blá blá blá.. - riu e eu continuei sério. - Mas eu nunca planejei e nem pensei essas coisas clichês que namorados pensam.
- O que você pensava?
- Com ele? Nada demais. Mas quando eu era criança, eu queria ter um grande amor pra fazer coisas com ele.
- Coisas? Desde criança você é safada? - perguntei rindo e ela me deu um tapa.
- Coisas loucas ou distantes que eu só fizesse com ele...
- Nossa amor, que louca.
- É, eu sei..
- E como seria isso? Eu sou seu grande amor, talvez possa ajudar.
- Nada convencido..
- Vai amor, fala.
- Não sei! Algo que os dois nunca tivessem feito e experimentasse juntos.
- Tipo medos? Enfrentar?
- Isso!!! Tipo isso.
- Hum... E por que não? Vamos fazer, Pikitinha?
- Tá louco, Luan?
- Uai, quê que tem? Borá?
- Sério isso?
- Sério. Topa?
- Topo.
- Que medo vamos enfrentar juntos?
- Não, não vai ser só isso...
- Por que?
- Quero mais alguma coisa.
- O que, por exemplo?
- Não sei amor, você tem que falar também...
- Que tal uma lista? Ai 'nois' vai fazendo...
- Aham. - sorriu.
- Chamam a gente de Lunara, né?! A lista tem que ter um apelido.
- Tem?
- Tem! Lunarisses.
- Quê? - riu.
- É... Vamos fazer Lunarisses..
- Pode ser. - riu, sem jeito. - Qual o seu medo?
- Preciso mesmo falar?
- Brinquedos radicais! - começou a rir de mim.
- Cê num ri não, é sério...
- Você vai neles comigo.
- Não amor, isso não.
- Isso sim!!! - disse ainda rindo.
- E o seu, qual é?
- Não sei...
- Você é a pessoa mais medrosa que existe e não tem um medo grande?
- Não tô lembrando agora. - mostrou a língua.
- Terror! Vou te fazer assistir o pior filme de terror.
- Não, não é algo diferente...
- Medo de terror, Tatázinha? Com 19 anos nas costas?
- Olha querido..
- Olha nada! - ri. - Vou fazer melhor, vou te levar no lugar que tem só trem de assustar..
- Se você for no brinquedo, eu vou.
- Então fechô! - lhe dei um selinho. - O que podemos fazer, depois disso?
- Você já me viu bêbada?
- Não... Ainda não. E ocê já me viu?
- Ainda não. - entortou a boca, pensando. - Que tal a gente beber juntos?
- Como assim?
- É, Rafa. Bebemos e ficamos bêbados.
- E se os dois ficarem bêbados, como vão ver como os dois são?
- A gente põe pra gravar. - sorriu animada.
- Será? - mordi os lábios.
- Aham...
- Então tá. - balancei os ombros e ela me beijou. - Quero que você aprenda a tocar violão e cante comigo.
- Quero que você viaje de moto comigo.
- Mas eu não sei dirigir moto..
- Mas eu sei. - falou sugestiva e eu abri a boca, assustado com a ideia.
- Não, Tatá... - ergueu a sobrancelha e eu virei o olho, vencido.
- Cada um vai ter que armar uma pegadinha...
- Como assim?
- Eu te trollo e você me trolla. Mas tem que ser bem feita!
- Cê vai gravar tudo isso?
- Vamos. - mordeu os lábios.
- Na pegadinha eu vou ganhar..
- Vai nada!
- Vamos ver. - falei convencido. É claro que eu ganharia.
- E, vamos gravar cada um comendo o que mais odeia... Imagina que delicia amor, um prato de carne moída! - falou irônica e eu fiz careta, mas aceitei.
- Temos quantos?
- 6.
- Vamos fechar no 7.
- Não tem mais nada..
- Tem sim. - olhei malicioso e ela riu.
- O que você quer?
- Te pegar em lugares diferentes..
- Hã?
- Transar em lugares estranhos, uai.
- Amor!!! - riu sem graça e eu lembrei das minhas fantasias sexuais, já sabendo quais seriam.
- Como são 7 coisas, vão ser 7 lugares.
- Quais?
- Elevador, em cima de uma mesa de sinuca, escada, num castelo inflável..
- Tá doido, Rafa?
- É amor, aqueles que tem em festinha de criança.
- Você fantasia isso?
- Num barco, ou lancha...
- Ah claro! Normal... Mais alguma coisa?
- E os outros 2 eu acho que não seria legal. Diz você..
- Eu não...
- Vai amor, não seja vergonhosa... Seja sem vergonha. - sussurrei safado no seu ouvido e ela me deu um tapa no ombro, rindo.
- Queria ir com você numa cachoeira.
- Então cê quer fazer lá?
- Ir, apenas ir... Seu tarado.
- Banheira de espuma, também nunca fiz.
- Que milagre! Um lugar que o senhor transão não tenha transado..
- Fazer o quê, né..
- E se eu já tiver feito em um desses lugares? Continua normal? - o encarei sério e ela pareceu sincera.
- Você e o Erick...? Eu tento esquecer que ele pegava você e cê fala isso? Vai se fuder. - falei emburrado e ela riu.
- Tô brincando..
- Me deu vontade de te perguntar onde vocês faziam essas safadagem, mas eu não quero me torturar... - ela me olhou sapeca e quando ia falar, eu tapei sua boca. Mordeu a minha mão, ainda rindo. Pegou um papel e começou a escrever as coisas... Eu também ajudei, principalmente, na parte dos 7 lugares.
- 7 Lunarisses... Gravar nós dois bêbados, enfrentar os medos: brinquedos e terror. Aprender a tocar violão, andar de moto com a gata dirigindo... As pegadinhas e as comidas... E, as 7 safadezas. - disse lendo, rindo sem acreditar.
- Nois vai cumprir tudinho, né?!
- Vamos. E quando fizermos, a gente risca. Você colocou os lugares entre parênteses, seu cretino!
- Uai, é o mais importante.
- Isso fica com quem?
- Com você, eu viajo... E se deixar no meu quarto, podem ver.
- Tá bem.
- Quando começaremos?
- Não sei...
- Amanhã a gente não ia ficar juntos? Que tal tentar o primeiro lugar?
- Podemos começar amanhã, mas sem ser os lugares. - disse autoritária. - Vamos ficar bêbados, que tal?
- Na minha casa ou na sua?
- Na minha.
- E sua mãe?
- Dou um jeito! Parece que ela vai pra casa da cunhada e eu peço uma ajudinha da Lare, que vai junto.
- Vai todo mundo?
- Aham...
- Seria melhor se tivéssemos a noite toda! Vamos ficar bêbados né..
- Por isso falei da Lare! Vai dá certo.
- Então tá..
- Agora vamos dormir?
- Vamos. - lhe dei um selinho. Guardou o papel e eu me ajeitei na cama. Ela se pôs debaixo do lençol comigo, na minha frente. E assim dormimos, de conchinha.
Desculpem qualquer erro ortográfico. E ai, o que acham dessas 7 coisas? Será que vai dar certo? Será que eles vão durar o suficiente? Eu só acho, que gravar esses dois bêbados, sozinhos...
15 comentários, beijos liendaass.