Capítulo 71

- O que foi isso, Luan? - o encarei, sentindo meu rosto queimar.

- Eu não quero o que você ia fazer. - falou coçando a nuca e eu engoli seco, virando o rosto.

- Ham... É, desculpa? - senti uma mistura de raiva, vergonha e tristeza. 

- Não precisa ficar com vergonha.

- Não? Tem certeza? Olha o que eu, você, não sei, acabou de fazer! Você quer que eu esteja como? 

- Tatá, eu só acho que isso é uma coisa muito estranha pra nós dois...

- Como assim, Luan?! Não somos coleguinhas, somos namorados. 

- Mas somos diferentes. Não só namoramos, temos uma amizade. Nunca fizemos e eu acho que não ficamos confortáveis com isso. Você é muito menina, então se torna vergonhoso. Quanto pra você, quanto pra mim. - falou sério e meu queixo foi ao chão, literalmente. Ele me chamou de menina, é isso mesmo? 

- Desde quando eu dar prazer pro meu namorado é vergonhoso e desconfortável?  Eu não sou menina, eu sou mulher! Se você quer agir feito um gay, não tem pôr a culpa em mim não. - falei nervosa, saindo dali. Eu estava tão envergonhada. Ser cortada quando se ia fazer um oral... Aquilo sim era vergonhoso, desconfortável. Além de broxar tudo, ele tem que dar esse discurso homossexual e  fazer eu me sentir uma puta. Por que diabos ele me puxou? Será que ele não gostou? Eu só tinha feito isso nele uma vez, antes de começarmos a namorar. E ele não reclamou, aliás, ele disse que adorou! Ele fumou? Bebeu? Nenhuma das suas palavras fez sentido. Seria maravilhoso! Eu fazia, as coisas só esquentavam e passaríamos a noite transando. Mas não, ele resolve estragar tudo por um motivo sem nexo e ainda afirma que não me acha mulher. Ok. Tudo indica que ele deu seu orifício rugoso circular, localizado no fim da coluna lombar, próximo a região sacral e gostou da sensação. Meu namorado virou viado?  

Entrei no meu quarto e fui direto para o banheiro, tirar a primeira lingerie que meu namorado viu após a mudança da sua escolha sexual. Tomei um banho relaxado para me recuperar daquele trauma e depois, vesti um pijama grande e folgado. Liguei a tevê e fiquei no celular, tentando passar o tempo e esquecer tudo que aconteceu. Será que ele continuaria comigo e eu teria que comprar um vibrador? Ou ele me trocaria pelo Wellignton? 

- Esqueceu sua roupa. - ouvi sua voz adentrando no meu quarto, segurando minhas roupas. 

- Fica pra você. Vai ser útil para essa nova fase da sua vida. 

- Como assim? - colocou-as em um cômodo e sentou na cama, me encarando. 

- Vai que além de gay, você resolve ser travesti? 

- Hã? Cê tá doida? 

- Pode abrir o jogo comigo, tá?! Se você não gosta mais de mulher...

- Tá louca? - ele riu. - Eu gosto de mulher, só de mulher. 

- Sua atitude anterior não condiz com isso.

- Você não vai esquecer, não é?! Eu já expliquei.

- E não adiantou. Primeiro, eu não sou menina. Segundo, mesmo que realmente não combine com a gente e seja desconfortável, não se corta uma mulher quando ela está prestes a fazer um oral, Luan! - dei ênfase no mulher e ele passou a mão na cabeça. 

- Já passou, esquece isso. 

- Eu ainda não engoli essa história. Você foi gay, viado, boiola, baitola... Tudo que dá o rabo e não é masculino. 

- Se você continuar me chamando de gay, eu vou embora. 

- Todo gay é sensível mesmo. 

- Eu quis te poupar e você fica com raiva? Você não me merece, Tanara. Da pra entender que eu só falei a verdade? Então tá, se você acha que eu fui gay... Me responde. Isso combina tanto com a gente, você adora tanto fazer isso... Que em ano de namoro, fizemos quantas vezes? - cruzou os braços e eu desviei meu olhar para a tevê. - Se isso não for vergonhoso, vulgar e você for uma mulher puta que esteja acostumada e ame fazer isso, faz agora. - se aproximou, me encarando. 

- Você é um idiota. - cruzei os braços, emburrada. Não tinha argumentos.

- Eu te conheço. E se eu fosse uma mulher e meu namorado fizesse isso, eu acharia legal, cuidadoso, fofo... Qualquer coisa que mostrasse que o meu namorado se importa comigo e não só em pensa em prazer e em putaria, como você sabe que todos fazem. Todos são assim! Inclusive eu. Mas com você eu sou diferente e você sabe o porquê. Agora se quiser ficar emburrada, você fica. Eu vou embora. - ia levantar, mas eu puxei seu braço. Fiquei de joelho, aproximando nossos rostos. 

- Vamos esquecer isso, tá?! - selei nossos lábios. - Você é maravilhoso, desculpa. - o abracei e ele alisou minhas costas. - Mas eu não sou menina, ok?! Eu sou mulher. - o olhei sorrindo cínica.

- Ok, senhora mulher. - falou irônico e eu lhe dei um tapinha.

- Amor, é sério. Eu não sou menina! 

- Aceita que é melhor. - selou meus lábios. 

- Para de falar isso. Eu fico me sentindo uma criança. 

- Você ter esse jeito de menina é um dos motivos de eu te amar. Não precisa se sentir inferior por isso, isso é uma qualidade. E eu sei bem porque você não gosta: "As outras que você come você acha mulher, né?!" - fez uma voz afeminada e eu ri. 

- Lindo. - lhe dei um selinho. Lindo. - outro. Lindo. - e outro. 

- Eu tô molhado e tô molhando sua cama todinha. Eu vou tomar banho. Não quer ir comigo?

- Acho que por hoje já deu esse negócio de corpo, calor, água, beijo... - apertei os olhos, entortando a boca e ele riu, concordando. 

Esperei ele tomar banho e se arrumar, para decidirmos o que comeríamos.

- Pizza? 

- Pizza não, amor. - respondi, mordendo seu ombro. 

- Comida japonesa? 

- Gosto de comer no restaurante. 

- Vamos pra um restaurante.

- Eu tô com preguiça. - deitei minha cabeça nas suas costas. 

- Aí fica difícil, né linda?!

- Mas lindo, pensa aí.

- Eu não tô com tanta fome. Um sanduíche pra mim está ótimo.

- Então pronto! 

- Você faz pra gente? - beijou minha mão.

- Eu tô com preguiça, mas faço sim. 

- Não, deixa que eu faço. Pode ficar aí. 

- Não, eu desço com você. Mas antes eu quero te mostrar uma coisa. - levantei, indo em direção ao meu MacBook. Ele arqueou uma das sobrancelhas, curioso. 

- Lembra do editorial que eu te falei? 

- Lembro. - riu de leve. 

- Então... Olha aqui! - virei o computador e ele pegou, pra ver mais de perto. Foi passando as fotos e eu observava, esperado alguma reação. - Gostou, amor?

- Amei, cara. Você é linda demais! Fica bem em tudo. - soltou o Mac e me puxou pra um beijo. - Estou apaixonado. - selou meus lábios. 

- Fica não... É treta. - mordi seu lábio inferior e puxei. 

- Vish. Já era. - falou encarando minha boca. - Tem uma morena mexendo comigo. - chupou meu lábio inferior. - 

- Ah, é?! Sortuda, ela.

- Com certeza. Você acha que eu tenho chances? 

- Tenho certeza. Você também mexe com ela. Muito. - fiz o mesmo com seu lábio. 

- Minha linda. - alisou meu rosto e começou um beijo lento. 

- Vamos comer, vem. - disse por fim. Deixamos o computador ligado e descemos, abraçados. 

Rafa fez os sanduíches sob os meus olhares. Ele sempre fazia alguma graça e me arrancava risadas. Comemos também entre brincadeiras e depois de limparmos tudo, subimos. Seu celular tocou e era a Joana, contando alguma coisa sobre o DVD. Eu aproveitei esse tempo para postar o editorial que eu acabara de lhe mostrar. 

- O que você tá fazendo aí, hein?! - beijou meu pescoço por trás, tentando enxergar o que eu mexia no celular.

- Avisando que tem editorial novo. 

- Postou? 

- Postei. Aliás, avisa você. - abri no meu Snapchat e ele ajeitou o cabelo, se vendo na câmera frontal. - Pronto? - perguntei e ele assentiu, me fazendo pressionar e segurar. Ele falou que o editorial estava "lindo, muito lindo, mais que lindo" e eu ri, enquanto ele continuava com o rosto apoiado em meu ombro. Gravamos vários vídeos. Engraçados, fofos... E no último, ele se despediu mandando beijos. Ele me mandou guardar o celular para minha atenção ser apenas para ele. E assim fiz. Guardamos tudo e ele escolheu um filme de terror, me fazendo o abraçar, enquanto eu tentava prestar atenção nos raros momentos que eu não tinha sustos. 

- Você mandou eu largar o celular e fica aí, mexendo. - fiz bico e ele me olhou de lado, com um sorrisinho. 

- Tô fazendo uma coisa procê.

- Ah, é?! Pra mim? Deixa eu ver. - me ajeitei na cama, esticando o pescoço e tentando enxergar o que ele fazia. Ele atualizou seu feed do Instagram e eu vi sua mais nova postagem, uma foto minha. Uma não, várias. 

luansantana  Roubando a foto da @lunara, pra avisar do editorial novo da minha gata.. Linda né amrs? Acessem lá  www.tataccioly.com 

                           

- Que fofo esse meu namorado. - beijei seu rosto.

- Tá linda demais nessas fotos, uai. - sorriu de lado e eu voltei a minha posição anterior, me aconchegando em seus braços. Ele soltou o celular e começou a afagar meus cabelos. Acabei nem assistindo o filme e dormindo com os seus carinhos. 

                             •                                        

- Amor, você já viu que o hotel está cheio de fãs? - questionava meu namorado, que colocava sua touca, apenas de calça. 

- Não vou atender mais ninguém hoje.

- Vai sim. Por que não?!

- Porque você tá comigo. 

- O que tem a ver? São poucas, Rafa. Não custa nada. 

- Eu já atendi no aeroporto, você viu. Elas seguiram a gente. Então, vão seguir a gente indo pro show e voltando do show. Eu tô cansado. 

- Por favor, amor. Atende agora, daí quando voltarmos, você não precisa. - sorri pidona e ele suspirou pesado.

- Tá bom, Tatá. Tá bom. - falou ainda concentrado no espelho e eu lhe abracei por trás, beijando suas costas. Sempre que o Rafa estava comigo e não atendia, elas afirmavam que eu era a culpada. Sem contar que quando eu passava, seus olhares me fuzilavam. Sempre tento ajudá-las, mesmo sem que elas saibam. Entendo que Rafa também é ser humano e tem seus dias ruins, mas sei que hoje ele estava bem. Realmente não custaria nada. 

- Você também vai de touca? - perguntou enquanto eu tirava minhas fotos. 

- Sim. Peguei uma sua, ficou legal? Ou eu fiquei sapatonica? - perguntei fazendo uma dancinha e ele riu.

- Tá linda. Linda demais. - veio pra perto de mim com um olhar galanteador e eu já ria. Segurou minha cintura, me levando para si e colando nossos corpos. 

- O jeito que você me olha, vai dar namoro. - começou a cantar. - O jeito que você me olha, vai dar namoro. - começou a conduzir meu corpo em passos leves, enquanto ele cantava no pé do meu ouvido. - É, pousou um avião no meu aeroporto. Uma embarcação que chegou no meu porto, distribuindo charme e muita sedução... - cantou no ritmo certo, me fazendo sorrir. Enrolou o finalzinho e eu soltei uma leve risada. - Meu Deus me ajude, ela é mais que linda, tá me dando bola... - alisou meu ombro. - Tá parecendo grude, tá na minha cola... Tá bombeando amor esse meu coração. - me deu um juntada. - Do jeito que você me olha. - me olhou nos olhos. - Vai dar namoro. - colou nossas testas. - Do jeito que você me olha... Vai dar namoro. - colou sua face esquerda com a minha direta, nos roçando no ritmo da música que nós dois conhecíamos bem. Fez o toque com a boca e finalizou me rodando e me dando um selinho. 

- Quando você vai me levar num show deles, amor? - falei sorrindo.

- Quando eu for te pedir em casamento. 

- Vish. Vou ter que esperar muito? 

- Talvez sim, talvez não... 

- Olha que eu me iludo, hein?!

- Isso é uma promessa. Não esqueça. - falou sério. 

- E você costuma cumprir esse tipo de promessas?

- Claro. - nos olhamos com os olhos semi-cerrados e depois soltamos uma gargalhada. 

- Deixa eu tirar minha foto, lindo. 

- Tira logo que eu quero borrar esse teu batom, gostosa. - deu um tapa na minha bunda e eu arregalei os olhos, estranhando sua atitude e rindo em seguida. 

tataccioly Seu batom mata mais que uma pistola. 

                       

Como havia dito pra mim, Rafa atendeu as meninas e eu também acabei falando com elas. Recebi alguns presentes, respondi algumas perguntas e gravei vídeos. Foi bem rápido, confesso. Mas elas pareceram satisfeitas com aquele momento e eu fiquei feliz com isso. 

Estava no camarim do meu namorado, esperando ele se arrumar para atender as fãs, vendo minhas redes sociais. Vi que mais fcs para "mim" e para meu namorado haviam sido criados e já enchiam minhas fotos de comentários. Curti algumas publicações e vi a mais nova postagem de Pri. 

lunara Hello, Hello! Tudo bom, lindos?! Voltei com essa foto maravilhosa do casal mais lindo do Brasil. MEU CASAL PORRA. Hoje eu tô fofa, saiam. A linda foi acompanhar o show do Boy, hoje. Fotinha tirada no aeroporto mais cedo... Vocês estão cada vez mais lindos, ok?! Ok. Tatá sempre estilosa com seus looks, chapéus, óculos, anéis... Viram a foto que ela postou agora? Prontíssima para o show. Mais cedo foi chapéu e agora é touca. Luan tá te influenciando, miga?! Pegou dele? Como foi? HAHAHAHAAHAHAHHA Eu quero um vídeo no canal de você falando das roupas dele que você veste e como usar roupas masculinas de uma forma legal, tá?! Se bem, que, as roupas do seu boy não são lá essas masculinidades... É bais ou benos, bais ou benos. HAHAHAHAHAHA Brilha ou não brilha?! ❤️ @tataccioly @luansantana 

Ri da legenda e curti, como eu sempre fazia. Mostrei pro Luan e ele leu rápido, rindo também em seguida. Rober me chamou e eu fui, sem saber do que se tratava.  

O acompanhei até o camarim da banda e vi que ali, do lado de fora, estava bem movimentado. Quanto de fãs que entraria pra ver o Luan, quanto de empresários, contratantes, envolvidos... 

Algumas fãs me pararam para pedir foto e nisso o Rober entrou, falando pra eu não demorar. Vi um homem se aproximar e logo parar na nossa frente.

- Que mal lhe pergunte, como é seu nome? - pensei várias formas de sair dali correndo, mas isso não pegaria bem para a namorada do cantor.

- Tanara. - sorri, olhando para as meninas que nos olhavam atentas.

- Nunca conheci uma Tanara, acredita? Nome lindo. 

- Ah, obrigada. Qual o seu?  - ele estendeu a mão e eu apertei, o cumprimentando.

- Thomás. - beijou minha mão, sorrindo.

- Muito bonito! Nome jovem...

- Eu sou jovem, não acha?

- Ah, eu não quis dizer isso. 

- Eu sei, eu sei. - ele riu. - Está sozinha? 

- Mais ou menos... Estão me esperando ali. - apontei em direção ao camarim e ele nem sequer prestou atenção, me olhando.

- Se quiser conhecer o cantor linda, a hora é agora. 

- Nossa, por que essas coisas não aconteceram antigamente? - ri e olhei para as meninas que riram talvez se perguntando em que mundo ele vivia.

- Por que? - começaram a chamar para elas entrar no camarim e eu me despedi.

- Eu sou namorada dele. 

- Ah, não acredito! Por isso que eu sabia que conhecia esse seu rosto de algum lugar... - riu, desconfortável. - Então, não vai precisar mesmo de mim para entrar no camarim? 

- Acho que não. Mas se quiser que eu lhe acompanhe... 

- Olha, seria uma honra! Uma moça tão linda me acompanhando. Tem certeza que você é apenas namorada do cantor?

- Tenho. Por que? - sorri sem graça. 

- Você é linda, podia ser famosa como ele.

- Ah, obrigada! Gentileza sua. Entra aqui comigo rapidinho? Querem falar algo comigo.

- Claro... - falou e eu fui abrindo a porta. - Eu trabalho com modelos. 

- Sério?

- Sim. E posso afirmar que você daria uma ótima! 

- Poxa, acho que não hein?! Estou bem longe da altura de uma modelo. - encarou meus pés e viu o salto, rindo.

- Ah, mas é uma baixinha linda. Seu corpo é perfeito, meigo e pequeno. Uma boneca! - Obrigada de novo. - sorri envergonhada indo em direção ao Rober e os meninos.

- Cheguei! O que vocês queriam? 

- Ah, você chegou! Tudo bem? - Rober  cumprimentou Thomas de uma forma tão formal que eu estranhei.

- Sim, sim! Você é o Rober, né? Prazer! 

- O prazer é meu. Espera um minuto? O Luan está atendendo as fãs.

- Claro! A Tanara, a namorada dele, me trouxe pra cá. Algum problema? 

- Vocês se conhecem? - arqueou as sobrancelhas. 

- Nos conhecemos agora.

- Ah... Então, pode ficar aqui esperando. Já volto. - Rober se despediu e novamente me chamou para acompanha-lo. - Você não disse nada pra ele, né? Além de ser namorada do Luan.

- Não, por que? - perguntei o olhando e ele riu.

- Ele é um empresário que vai fazer umas fotos da Bruna... Ela anda com a ideia de ser modelo. Aí o Luan vai ajudar. - ri, essa era minha cunhada. Mas por que meu namorado não me falou? - Mas eu tinha te chamado para dar atenção a ele mesmo. Ele é um chato, né? Ninguém aguenta ele. Mas como é o melhor contratante sei lá o nome de modelo... 

- Ah, então você ia me jogar para gente chata? Seu ruim! - o olhei indignada e ele sorriu, se defendendo. 

- Você estava aqui e imaginei que seria a pessoa ideal. 

- Ele é legal! - balancei os ombros, falando minha conclusão sobre Thomás. 

- Quem é legal? - Fábio chegou, perguntando curioso. 

- A Tatá, doida que só, falando do Thomás. - eles riram me zoando e eu falei que ia para o camarim do Luan, junto com o Thomás; já que eu estava responsável por ele.

 Luan's POV. 

Fábio chegou todo apavorado rindo no camarim, enquanto eu conversava com o Thomás e minha linda. Quando viu Thomás parou na hora e eu sabia o porquê, o cara era muito chato! Eu estava tentando arrumar um jeito da minha irmã fazer alguma coisa como modelo, já que ela queria algo parecido. Atriz, modelo... Ele era um dos melhores empresários do ramo e eu preparei todo o terreno para que ele fechasse contrato com Bruna. Recebê-lo maravilhosamente era necessário e isso deixava meus funcionários  receosos. Mas pelo visto, minha namorada não se igualava a eles. Estava entretida na conversa, com um sorriso enorme no rosto. Como ela conseguia tanta paciência e naturalidade? Mas não demorou para eu perceber que ele gostou do seu jeito. Quando se dirigia a ela, era totalmente simpático, cavalheiro... A elogiou várias vezes e eu já sorria fechado, tentando não parecer incomodado. Só o que me faltava, Tanara conquistar o cara e ele ter a cara de pau de cantá-la na minha frente. O pior era que eu sabia que aquela toda simpatia dela era natural. Então, me restava a dúvida: ela realmente gostou dele ou está tentando me provocar ciúmes mais uma vez. 

- Pelo visto você ganhou o coração dele, né? - falei debochado e ela me olhou estranha. 

- Eu não achei ele chato como vocês falaram. - sorriu e eu cruzei os braços. 

- Eu percebi o seu achar. Qualquer conversinha as mulheres já caem, incrível. 

- O que você quer dizer com isso?

- Me contaram o que ele falou de você antes mesmo de entrar no camarim. Bastou ele te encher de elogios e você já se derreteu, se exibindo.

- Deixa de ser idiota! Ele me elogiou mesmo, mas não foi por isso que eu o tratei bem. Sou educada com todos e simpática com quem merece. E ele não condiz com o que vocês falaram. Gostei dele mesmo. 

- Eu só não quero mulher minha de sorrisinho pro cara que da em cima dela, descaradamente. Você tinha que cortar! 

- Ele não deu em cima de mim e eu não estava de sorrisinhos maldosos, você sabe. Já expliquei! E outra, eu não sou de ninguém. - falou ríspida e aquilo me atingiu de uma forma incontrolável. Como assim ela não era de ninguém? 

Antes de que aquilo virasse uma briga, pedi desculpas e falei que ela estava certa. Lhe dei um beijo e fui me preparar.

Como de costume, ela assistiu todo o meu show próximo a mim. Para ela, ficar do lado do palco era a magia de ser a namorada de um cantor. Amava sua forma de ver o mundo e sua concepção engraçada sobre coisas simples. Na hora da garota lepo lepo, lembrei do descarado chato que deu em cima dela, em todos os momentos que anteciparam o show e tive uma ideia para marcar território, sem tratá-lo mal ou parecer ciumento. Descontraí dizendo que iria chamar uma gata e a achei com o dedo, ela prontamente negou com a cabeça e eu insisti, já começando a cantar. Alguém cochichou algo para ela e só assim ela veio até a mim, com um sorriso tímido e eu podia ler um "louco" saindo sem som da sua boca. Pegou na minha mão que estava estendida, a esperando, e eu apertei sorrindo, tentando lhe passar segurança. Depois beijei sua mão e finalmente coloquei-a na minha frente, colando-a como eu fazia com todas as garotas escolhidas para essa parte do show. Mas ela era diferente. Era a minha garota. Nossos corpos pareciam que iam se fundir e as meninas iam a loucura, enquanto eu cantava e tentava lhe fazer qualquer tipo de carinho. Na hora exata do "rá rá rá..." lhe encoxei tão forte que ela me olhou de olhos arregalados, rindo. 

- No lepo lepo. - nos rocei ainda mais, fazendo o gesto com a mão que eu sempre fazia. Ela ria com a minha safadeza e eu comecei a me animar 

Na segunda vez também foi assim. Esse e alguns pequenos motivos nos fizeram gargalhar durante toda a dança. Aquilo era inédito e realmente era engraçado para nós e para quem assistia. No final, beijei sua mão e em seguida, um selinho. 

                                                              •

No fim do show senti minha barriga roncar ao ouvir alguém falar churrasco enquanto ia ao camarim. Combinei com o Rober de chamar todos da banda e arrumar algum lugar para irmos. Troquei de roupa rápido e chamei Tatá que alegou estar com vontade de comer muita carne, mas suas amigas nunca tinham tempo. 

Fomos o caminho com ela falando que se eu ficasse bêbado, ela iria arrancar minha bunda para fazer outro churrasco. Entramos lá e de cara ela viu o Thomás, se animando. Já falei que eu estava com raiva? Desde o camarim ela não parava de conversar com ele. Ciúmes? Não... Ele era velho para ela, né? Pelo que eu sei ele tinha uns 36 anos. E eu estava incomodado só pelo fato de ele ficar elogiando a minha namorada e ela estar gostando. 

Ele assim que nos viu, pediu que os garçons juntassem as mesas para que todos nós sentássemos juntos. Logo puxou uma cadeira para Tanara que se sentou do lado dele, se esquecendo de mim, por todo o tempo em que estávamos ali.

                            •                                      

Entramos no quarto e eu me sentei na cama, exausto. Ela então começou o falatório. Eu estava triste por vários motivos e ela ter me abandonado na churrascaria me atingiu mais ainda. Ficamos dias sem nos ver e quando isso acontece, ela me deixa de lado. Até o Rober percebeu aquilo. Aliás, todos. Eu estava com uma raiva enorme também, por realmente assumir para mim que eu estava louco de ciúmes dela. Estava triste.  Puto, na verdade.

 - O que você tem, Rafa? 

- Só tô cansado.

- Você não fica assim quando tá cansado... Cê tá triste? Eu conheço meu homem, né? - falou com aquele sotaque que eu tanto amava e eu senti mais raiva de mim. Mas se ela não era minha, eu também não era dela. 

- Eu não sou seu. - suspirei cansado, triste e com raiva. Muito triste. - Vou tomar banho.

Tanara's POV

Tive uma breve discussão com o Luan antes dele entrar no palco. Mas logo ele se rendeu, se desculpando e me dando um beijo. Depois do show fomos para uma churrascaria e chegando lá, encontramos o Thomás. Acabamos sentando com ele e desde então, não nos desgrudamos mais. Ele começou a contar como era trabalhar no ramo da moda e no embalo eu citei e mostrei os editoriais que havia feito. Ele novamente me elogiou, falando que estava lindo. 

Chegamos no hotel e eu comecei a comentar com o Luan sobre o que eu e Thomás havíamos comentado. Ele me respondeu estranho e foi para o banheiro. Pensei em tudo que tinha feito o dia todo para poder entender o motivo da sua atitude e percebi que, no jantar, havia deixado ele completamente de lado. Como ele é sentimental! Fui em direção ao banheiro, para tentar fazer as pazes e ao tentar abrir a porta, vi que ela estava fechada. Merda! Ele realmente estava muito bravo. Antes dele sair, decidir ir no restaurante do hotel. Brigar de barriga cheia não cola, né? E eu não tinha comido muito devido a empolgação na conversa com o Thomás. É, eu realmente tinha esquecido dele.

Luan's POV

Sai do banheiro e não vi ela no quarto, olhei para varanda e nada. Será que ela havia ido embora? Olhei suas malas e as vi ali. Onde ela se enfiou? Enquanto vestia meu calção, ouvi a porta se abrindo, e ela entrou, com comida. 

- Onde você estava? - arqueei as sobrancelhas. 

- No restaurante, ué! Não dá pra brigar com você de barriga vazia, né? - não me contive e ri da cara que ela fez.

- Brigar? Por que? 

- Você não está com raiva? - falou e eu me sentei na cama, a olhando. - Então, pode brigar comigo.

- Eu não tô bravo com você. - fale sério e ela arregalou os olhos, levando os braços como se se rendesse. 

- Imagina se estivesse. - falou baixo e eu a encarei. - Tá, pode me xingar. É sério, eu deixo. 

- Eu não quero te xingar. 

- Não quer doce? - esticou um dos doces que segurava e eu rejeitei.

- Tô cheio. 

- Me desculpa por ter falado que eu não sou de ninguém, tá?! Eu sou sua. Se quiser, pode até me colocar no seu nome. - falou meiga e eu sorri.

- Não tô assim por isso.

- Então me desculpa por ter conversado com ele, ok?! Eu só estava sendo simpática... Não pensa que eu estava forçando ciúmes. 

- Também não é por isso. 

- Então me dá um beijo. - se aproximou de mim e abaixou o tronco, fazendo seus cabelos caírem sobre meus ombros nus. Peguei na sua nuca, a trazendo mais pra mim e começando um beijo calmo, com carinho. 

- Agora me fala, o que foi? Sou seu parça, mano. - se agachou, fazendo carinho na minha perna. 

- Promete não rir de mim? 

- Não prometo. - fez bico. - Mas o assunto é sério? Então vamos conversar de igual pra igual. - entortou os olhos, ficando vesga. Eu ri. 

- Sua debochada. 

- Fala, vai. 

- Eu fiquei com ciúmes daquele cara. Só isso. 

- Oi? Luan Rafael com ciúmes? 

- Tá vendo, você já vai me zoar. - virei o rosto e ela o segurou, mantendo meu olhar nela. 

- Não, não vou zoar. Sério que isso tudo era ciúmes?

- É. Ele ficou dando em cima de você na minha frente e você gostando, até me esqueceu. - fiz bico e ela sorriu de uma forma tão linda, que acabei sorrindo também. Que raiva desse sorriso lindo. 

- Ele não deu em cima de mim e eu realmente gostei dele, por isso fui simpática.

- Ele deu em cima sim! Eu sou homem, amor, me poupe. 

- Mas eu não dei bola. Você não tá assim pensando isso, né?!

- Não, eu sei que não. O pior é isso, eu sei que essa sua simpatia é natural. É o seu jeito. Mas velho, que velho tarado! Fingiu que eu em existia. A sorte dele era que eu não podia ser mal educado por causa da Bruna. - falei indignado e ela riu. Ela estava achando engraçado?

- Você não fica rindo... Ele até tentou te comprar! "Você daria uma ótima modelo", meu pau. - emburrei, dando leves e consecutivos socos na cama. 

- Ah, então você não acha isso?

- Claro que você seria, amor. Você é linda. Linda demais. Mas eu posso achar. Eu, entendeu? Ela ainda falou do seu corpo, se foder cara. 

- Amor... Você ficou mesmo com raiva dele?

- O que você acha? 

- Tô achando bem fofo. - riu novamente.

- Vai rindo, Tanara. Eu fui super controlado! Super calmo, um completo idiota. Banana... 

- Para, amor. Você não ia dar show, né?! Foi bom você ter ficado na sua. 

- E você não vem. Você falou que não era de ninguém, o que me deixou mais puto ainda. 

- Você entendeu. Mas você puto não fica assim. Você tá triste, é diferente. 

- Ciúmes, uai.  É muito ruim sentir isso. - fiz uma careta, passando a mão no cabelo. 

- Que fofo, amor! - falou divertida e eu revirei os olhos. - Eu gosto de você com ciúmes. - falou baixo, deitando a cabeça em meu peito.

- Eu odeio ter ciúmes. - suspirei e ela riu, me beijando em seguida. 

- Quando você olhar para as vacas siliconadas entrarem no seu camarim, lembre-se de hoje e saiba que se nada der certo, eu tenho o Thomás pra me chamar de linda, me fazer famosa e me bancar. Beijo. 

- Beleza. - ri, alisando seu cabelo. Fiquei lhe fazendo aquele carinho e comecei a refletir sobre o que eu acabara de sentir. Como é ruim! Minha vontade era tirá-la de perto dele a força. As horas não passavam e eu só ficava mais incomodado. Além da raiva do imbecil, eu fiquei triste com o meu sentimento. Não sabia que era tão forte assim e agiu como um alerta em mim: eu devo tomar mais cuidado. Na mesma hora, insegurança atrapalhou meus pensamentos e um medo forte me atingiu.

- Tatá.

- Oi, amor.

- Faz um bom tempo que você não fala que me ama... 

- Ué. - riu. - Anda reparando nisso?

- Você ainda me ama, não é?! 

- Amo, amor. Claro. Por que isso agora? 

- Nada. Só queria saber.

- Eu. Te. Amo. - falou firme e eu soltei um sorriso largo. - Pronto, senhor sentimental?

- Tô gay, não é?! 

- É. - balançou a cabeça e eu ri. 

- Posso cantar uma música pra você?

- Meu amor, você pode cantar até Xuxa, em qualquer momento. Tem noção do quanto sua voz é linda? Imagine pra mim? 

- É do Zezé. Acho que você vai gostar. - a apertei e ela assentiu. 

Eu te amo muito mais do que sabia

Eu te quero muito mais do que devia

Não sou frágil, amor, mas é muito difícil suportar

A emoção e essa vontade de te amar

Quando eu liguei, perdão, eu não sabia

Nem se quer por onde iria começar

Te dizer que o meu amor

Por ti é o maior do mundo

você atendeu, não consegui falar

Leva minha timidez para o seu quarto

Deixe a luz semi-apagada quando entrar

Abra os braços, me receba num abraço

Tenho todo amor do mundo pra te dar

Eu preciso me sentir seu grande amante

Dominado na emoção do seu prazer

Te entregar de corpo e alma um coração

Sufocado de desejos por você... - terminei e ela mordeu meu pescoço, com seu sorriso lindo iluminando nosso quarto.

- Que lindo, amor. Pode ficar sentimental mais vezes! 

- Idiota. - ri. 

- Eu vou tomar banho e dormir, estou morta. 

- Conversar com o velho tarado te cansou, Tanarinha? - perguntei e ela levantou, rindo. 

- Sabe como é, né?! - deu uma piscadela e eu fiz não com a cabeça, virando de bruços. 

Ela entrou no banheiro e eu me dei a liberdade de pegar seu celular. Tínhamos a senha um do outro. Ela não era o tipo de namorada invasiva e mal pagava no meu celular. Mas, digamos que eu estava um pouco ciumento e agora minhas olhadas são frequente. Teve até uma época, que eu discuti com ela por causa de alguns homens que lhe mandava mensagens no WhatsApp. Estranho da minha parte, não é mesmo? Mas é como eu já falei: eu mudei. Mudei muito. E todo o ciúme escondido está sendo mostrado. 

Entrei no seu Instagram e ao abrir as notificações, fiz careta ao ler os comentários masculinos em suas fotos. Eles não estavam nem aí se ela namorava e meu Deus, tinha de tudo. Elogios fofos, safados, atrevidos (demais pro meu gosto)... Cantadas baratas, cantadas safadas, cantadas com piadinhas envolvendo meu nome... Se eu pudesse, saia respondendo um a um deixando claro que ela ME TINHA. Babacas. 

Fui ver o que estavam postando e sorri ao ver uma foto nossa, na hora da dança do lepo lepo. 

 lunara PARÔ A PALHAÇADA!!! VOCÊS ACHAM QUE EU AGÜENTO?????? NÃO AGÜENTO!!!!! Brasil, o que ser isso? Vão com calma, fofinhos. Meu coração não é tão forte, ok?! TATÁ FOI A GAROTA LEPO LEPO!!!!! Ele encoxava ela forte, fazia carinhos, fazia safadeza... E ela caía na gargalhada. Foi tão fofo e engraçado, mas tãoooooo... Que eu não sabia se ria ou se morria de amores. A prova, é essa foto: os dois rindo muito. Vocês são felizes juntos. Felicidade invejada. Mas com fé em Deus, todos os males se afastarão e vocês permanecerão juntos e felizes. Brilha esses sorrisos, brilha meu casal... #lunaranolepolepo #literalmente #talvez  ️️️ 

                                        

Após rir da legenda e deixar meu comentário, eu fui para o seu WhatsApp. Abri um grupo com milhares de mensagens que estávamos em comum e o assunto, coincidentemente, era nós dois. As últimas mensagens me fizeram rir. 

Carol: Tatah foi a garota lepo lepo? Kkkkkkk

Rober: Foi! Mais riram do que dançaram 

Cris: Ah casal fuleragem kkkkk Já tão no hotel?

Rober: Sim

Carol: Foram dançar o lepo lepo mais uma vez

Cris: Será? kkkkkkkkk Ainda tá sendo, ainda estão nas preliminares. 

Carol: Dom dom dom, Tatazinha?

Cris: Dom dom dom, Tatazinha?

Rober: Dom dom dom, Tatazinha? 

Não respondi nada, mas imediatamente lembrei do dia em que eu a cortei quando justamente estávamos fazendo isso. Na mesma hora, ela saiu do banheiro com um roupão branco e com o cabelo amarrado com o próprio cabelo. Um coque, acho que é o nome daquilo. Me olhou confusa, talvez querendo saber o motivo da minha risada. 

- Olha o que suas amigas falaram. - virei a tela do celular para ela e ela leu atentamente, rindo um pouco envergonhada em seguida.

- Se meu namorado não fosse um gay e me deixasse fazer... - debochou. Não importa se ela estava envergonhava, ela simplesmente não podia perder a piada. 

- Continua querendo fazer? - levantei uma das sobrancelhas sugestivo e ela sorriu de lado, deixando escapar um olhar safado? 

Ah, Tanarinha. Então você voltou do banho com certas vontades? 

- Uai, faz. - levantei rápido. 

- Ah, agora você tá dizendo isso? Pra quando eu estiver prestes, você me cortar?

- Faz. Tô falando, não tô?! Não vou te atrapalhar. - peguei no seu queixo e ela virou o rosto, me empurrando de leve. 

- Idiota. - falou se olhando no espelho, ajeitando o cabelo. 

- Idiota por que? Somos namorados, como você mesmo falou... - mordi os lábios. 

- Mas pra isso precisa de um clima. Clima que nem o da piscina, está lembrado?

- Eu faço o clima. - me aproximei, abaixando meu calção. 

Tanara's POV. 

Rafa abaixou seu short rapidamente, me olhando sapeca. Nós não faríamos aquilo, faríamos? Nos aproximou o suficiente para começarmos um beijo. No começo, carinhoso. E depois, quente. Enquanto me beijava, foi nos guiando até o armário daquele hotel. 

Me prensou ali, dando continuando nos beijos que agora eram urgentes. 

- Por não me chamou pro banho? - ele sussurrou, destribuindo beijos por meu pescoço e meu busto desnudo. Arfei, sentindo acertar meu ponto fraco e rir por causa disso. 

Ele prensou mais meu corpo contra o guarda roupas, e apertou minha cintura com força. Ele prendeu seus dedos em meu cabelo, e eu fiz o mesmo, bagunçando um pouco o dele. 

me puxou contra seu corpo, senti sua excitação bater em minha barriga. Fomos andando às cegas até a cama. Cai por cima de Rafa, que sem parar o beijo, me levou até o meio da cama. 

Passei as mãos por suas coxas, chegando perto da virilha, e senti seus pêlos eriçarem. 

Sorri para ele, que me pegou pela cintura.

Ele voltou a colar nossos lábios, me beijando com vontade. Meu roupão começou a ficar mais frouxo e, aos poucos, foi tirando a única coisa que cobria meu corpo nu. Deslizei minha unha por toda extensão da sua barriga até chegar em seu membro. Parei o beijo, ouvindo-o protestar baixinho, mas ignorei, chegando ao meu objetivo. 

Desci a cueca vermelha que ele usava, segurando seu membro. Olhei para Rafa, que sorriu marotamente. 

- Isso é pra você ver que eu não sou tão menina - ri, abocanhando o membro dele. Passei minha língua lentamente por toda a sua extensão, ouvindo gemer e entrelaçar suas mãos em meu cabelo, ajudando nos movimentos. 

Levei minha mão até a base de seu pênis, o estimulando devagar, enquanto minha língua, e os movimentos do Rafa, faziam o trabalho. 

Coloquei mais velocidade nos movimentos. Gemidos, por parte dele, invadiram o quarto. Continuei no mesmo ritmo, sabendo que demoraria para que chegasse ao ápice, a não ser que ele estivesse com algum tesão reprimido. 

- Tanara... - ele disse entre gemidos. - Vem - ele disse quase em um sussurro. Parei imediatamente, ouvindo-o respirar um pouco. me puxou pelos braços, selando novamente nossas bocas. Me posicionei em cima dele e comecei a descer meu quadril por seu membro, sentindo-o cada vez dentro de mim. Mexi meu quadril lentamente, já sentindo algo diferente tomar conta do meu corpo. Ele me puxou contra seu corpo, fazendo com que seu pênis fosse mais fundo. Gemi. 

Me movimentei com rapidez, sabendo que aquela posição era bem favorável a mim. Nossos gemidos se misturaram e ele começou a se remexer embaixo de mim, fazendo meu coração acelerar. alternava em gemer ou sussurrar meu nome em meu ouvido, me dando mais prazer. Nossos corpos ja começavam a suar e me levantei novamente, ficando sentada. segurou minha cintura e eu comecei a cavalgar em cima dele, e minha respiração começou a falhar mais ainda. Suas pernas começaram a curvar-se e senti algo quente dentro de mim e não parei os movimentos até que senti um prazer gostoso me dominar. Meu corpo todo extremeceu, minhas pernas amoleceram, parecia até que eu ia desmaiar. Me puxou, me dando um selinho demorado e me deitando ao seu lado. Ele me olhou sorrindo, tentando respirar normalmente. Seu peito descia e subia rapidamente. Mordi de leve seu ombro, fazendo-o sorrir mais ainda. 

- Ufa, eu... - ele respirou fundo. - Parece que acabei de sair de uma maratona! - ele disse, me deixando completamente vermelha. 

- Acho que vou ter que tomar banho de novo. 

- Boa ideia, vou tomar banho de novo também - o olhei com os olhos arregalados. Ele não estava... Cansado? - Hey, eu disse tomar banho! Você acha o quê, que sou uma máquina? - ele levantou seu corpo, ficando semi sentado na cama. - Sei que com todo esse meu físico, eu pareço uma e... 

- Ok, Rafa, sem egocentrismo por hoje, até a parte do tomar banho estava de bom tamanho - sorri, passando a mão por seus braços e o puxando. 

                          •

O DVD estava se aproximando e eu estava uma pilha de nervos. Além de tudo dele que precisava da minha atenção, arranjei outra preocupação. Thomás, simplesmente decidiu que não queria mais minha irmã. Sim, o aturei a toa. Mas o problema não era esse. O problema era que ele cismou que queria a minha namorada exatamente no lugar de Bruna. Praticamente me implorou para que eu a convessesse e rejeitou a Bruna prontamente. Não que ela fosse feia, mas para aquele trabalho, Tanara era perfeita. Como eu iria contar aquilo para as duas? Bruna estava empolgada e tenho certeza que minha namorada não esperava uma proposta tão boa assim. Não quero provar Tatá de algo tão bom para ela, mas não quero que minha irmã ache que eu estou favorecendo, ajudando, preferindo minha namorada. É, eu estava fodido.  

Que capítulo difícil! Af! Quase desisti. Mas lembrei que havia dito que postaria HOJE e realmente só tenho HOJE. Triste fim! Grandão! Com fotos lunara, hot, briga, ciúmes... Completãoooo! Deu ruim pro Luan! Será que a amizade das Nanás continua depois desse? O que ele fará? Lembrando que o tempo na fic está passando rápido e estamos muito perto do DVD... Segurem os corações porque vem muita emoção por aí! Uma das montagens foi a leitora Bia Lima, thanks lienda. Beijo, beijo... Volto logo!