Capítulo 78

Tanara's POV.

A ideia que eu tinha tido lá em Campo Grande era uma coisa muito especial para mim e para ele. Era pra eu ter levado para o dvd, mas nem tudo saiu como eu imaginava. Acabei deixando em casa... Porém, nem tudo estava perdido. Aproveitei um dia em que nós estávamos a sós e mostrei: seu primeiro cd, original, O Gurizinho.

- Autografa pra mim? - pedi, com um sorrisão e ele abriu e fechou os olhos várias vezes, sem acreditar.
- Amor...
- Foi meio difícil, mas eu sou a mulher maravilha né?!
- Meu amor... - me abraçou forte. - Nossa.
- A ideia era levar pra você autografar antes de entrar no palco, mas bom, não deu muito certo... - entortei o nariz e ele revirou os olhos. Mas logo retomou o sorriso e encheu meu rosto de beijos.
- Eu amo todas as musicas que têm aqui. Foi assim que eu virei fã, sabe... Sua voz era muito engraçada. - confessei e ele riu. - Pega uma caneta, chato.
- Você quer mesmo o autógrafo?
- Claro. - falei convencida e ele riu, negando. Pegou a caneta e autografou: "Para a minha mulher, a mais linda, a mais baixinha, a mais empata foda, a mais encalhada e a mais maravilha... Te amo, minha Pikitinha." Me beijou ardentemente e bom, terminamos fazendo amor...

Rafa tinha uma gravação e me pediu que eu o acompanhasse. "Melhores do Ano", no Faustão. Suas fãs estavam em guerra com as fãs de um dos seus adversários: Lucas Lucco. Priscila se incluía e eu ria do seu veneno, nas nossas conversas. Mas não teve para outro. Pode vim quantos Lucas Lucco quiser... O que prevalece é o vesgo mais amado. Rafa ganhou mais uma vez e eu pulei, comemorando. Claro que eu já sabia, mas a disputa estava acirrada somente entre os dois. Ele agradeceu aos fãs, todo emocionado. Consecutivamente o melhor cantor do ano. Aproveitei para postar a foto que havíamos tirado antes dele entrar no palco... Estava muito feliz por isso.

tataccioly Melhor cantor do ano, melhor cantor do mundo! ❤️ #raxxxxga #naotempraninguem #cantôlacrô

Assim que me viu, me abraçou forte como sempre fazíamos. E não podíamos ter um presente melhor de 1 ano e 2 meses de namoro, se não aquele prêmio. Aquele ano estava sendo muito especial para nós dois... Estávamos conquistando as coisas juntos, com o nosso apoio e com o nosso amor. Era incrível nossa cumplicidade em tão pouco tempo (talvez não). E de repente me vi sem aquela insegurança... Éramos um do outro, aquilo era evidente. Deus nos abençoou. Seu amor nos juntava cada vez mais. Seu amor nos fazia nos amar. Era completamente... mágico.
                         
                               •

- Vai, é?! Quando? - perguntou um pouco desgostoso.
- Amanhã, amor. As meninas estão combinando de ir e eu tô de férias né... Quero ver minha vó.
- Hum... - assentiu. - Beleza. Cê volta quando?
- Logo. Mas eu queria te pedir uma coisa.
- O quê?
- Vamos comigo? - pedi manhosa e ele soltou uma gargalhada irônica. - Amor, é sério. Vamos comigo.
- Da última vez que eu fui em Fortaleza, nós terminamos. Eu não tô a fim de brigar com você e muito menos terminar.
- Isso não vai mais acontecer, amor.
- Mas eu não quero. Não quero ver seu tio, não quero lembrar do que aconteceu, não quero correr o risco de ver aquele cara...
- Mas meu amor, por favor vai?! Você pode ir que eu sei. Nunca te pedi nada! Se eu quisesse ir sozinha você já ia reclamar, eu te conheço.
- Minha linda... Entende, essas hipóteses realmente não me agradam.
- Você não precisa ver meu tio.
- E você não vai ficar na sua casa?
- Se você for, não.
- Eu duvido.
- Pois eu estou falando sério, gatinho.
- Sua vó te mata.
- E eu explico pra ela! Vamos, amor. Por favor.
- Você fica mesmo no hotel comigo?
- Fico...
- Tanara, eu te conheço. Lá você vai acabar me convencendo de ficar na sua vó.
- Acho uma besteira sua, ela te adora.
- Só ela. Não duvido nada seu tio chamar aquele cara de novo...
- Então tá, te prometo que a gente não fica lá.
- É melhor você ir sozinha amor, juro que não vou implicar. Pode ir.
- Mas eu quero ir com você, poxa! Temos pouquíssimo tempo juntos... Vai, amor.
- Tá bom, Tatá. Tá bom.
- Cris, Carol e Marquinhos também vão.
- Vou falar com o testa pra ajeitar o hotel...
- Não, amor. Vamos ficar lá na Cris?
- Eu não sei...
- Vai, amor. Deixa de ser fresco!
- Tá, amor. Tá. - riu. - O que eu não faço por você?
- Ai lindo, eu te amo, você sabe né.
- Sei, chata. Vou falar pra prepararem o jatinho pra amanhã...
- Podemos sair cedo?
- Podemos.
- Então tá. Vou arrumar minhas coisas. - respondi animada.
- Você tá com saudade dela, não é?! - riu.
- Muita!!!!
- Eu também tô cheio de saudades... de você.
- Não faz nem um dia que nos vimos, Rafa.
- E daí?! Vou dormir aí.
- Venha.
- Pode mesmo?
- Não, pode não. Meu amante tá aqui.
- Então manda ele ir embora que eu tô indo. Vou só passar no escritório...
- Tá meu amor, venha logo porque se não ele me cansa. - falei fingindo seriedade e ele soltou uma gargalhada.
- Você não vale nada.
- Mas eu gosto de você... - completei sua frase, cantando a música. - Beijo.
- Beijo, Pikitinha.

Finalizamos a ligação e eu comemorei, pulando. Estava tão feliz! Rafa tinha muito receio de voltar à fortaleza e eu sei que era apenas medo de algo como naquele dia acontecer. Contei para minha mãe e ela comemorou junto, me avisando que meu tio ficaria chateado comigo. Mas ele fez por merecer, não foi?! Ninguém mandou levar o Erick naquele dia. Estava arrumando minha mala, quando senti mãos na minha cintura. Ele estava me abraçando por trás.

- Oi, meu amor. - falei sentindo seus beijos molhados em meu pescoço. Amoleci, soltando um sorriso pequeno.
- Oi, minha pequena.
- Passou no escritório?
- Passei. - beijou o outro lado do meu pescoço. - Uma etapa resolvida de muitas que estão pela frente...
- Vai da tudo certo! - ele me apertou mais e eu virei, beijando seu queixo. Ele estava de touca, com o cabelo da frente um pouco alto. - Veio me ajudar? - apontei pra bagunça que estava minha cama e ele fez uma careta.
- Vish... Acho que vou voltar pra casa. Que tanto de trem é esse, muié?!
- Roupas, maquiagens... Mas agora me deu preguiça, vamos lá pra baixo.
- Deixa eu te roubar um beijo sem ser na frente da sua mãe. - segurou meu rosto e iniciou um beijo doce.

Descemos e ficamos na sala. Estava passando uma matéria sobre Rafa em algum programa e ele prestava atenção. Estava sentado no sofá e eu, deitada nas suas pernas.

- Amor, pega água pra mim. - pediu e eu assenti, sem me mexer. - Você podia fazer algum doce pra gente, né?! Saudade dos seus bolos.
- Aprendi a fazer brown...
- Hum! A Bruna já fez e eu adorei. Tenta lá.
- Tenta lá... Ah coitado. Querido, você que vai cozinhar pra mim hoje.
- Quer churrasco?
- Só sabe fazer isso, credo. - ri.

Levantei para pegar sua água e quando voltei, ele olhava algo em seu celular. Entreguei a água, ele bebeu e eu logo fui guardar o copo. Que namorado folgado esse meu! Voltei para sala e ele continuava entretido no celular. Voltei a deitar no seu colo e não prestei atenção no que ele fazia. Peguei o meu também e dei uma olhada bem básica no WhatsApp.

- Olha pra cá, amor. - ele falou, me fazendo olhá-lo. Seu celular estava na câmera. - Olha como eu to gato hoje.
- E eu tô horrorosa. Nada de foto. - pus as mãos no meu rosto.
- Se ocê não tirar essa mão, vou postar assim mesmo.
- Chato. Deixa eu me ajeitar então. - falei me ajeitando em suas pernas, mas sem levantar. Ele tirou várias e a cada clique, eu fazia uma cara diferente. Ele insistiu para que eu fosse fazer o brown, e adivinha? Eu fui fazer. Adorava mimá-lo. Minha mãe apareceu e eles ficaram conversando.

Acabou que o dia passou muito rápido. Consegui fazer o brown e ele quase não parava de comer. Me pediu sigilo ao falar que o meu estava melhor que o da Bruna e eu ri. Duda adorou vê-lo ali, eles se gostavam bastante. Ela acabou fazendo ele brincar de Barbie. Eu gravei vários snaps com a minha risada de fundo e ele ignorava, fingindo empolgação na brincadeira.

- Olha o que você fez com o cabelo da boneca, seu louco! - ri, vendo uma das bonecas no estilo rock roll.
- Duda disse que podia cortar.
- Poder pode, ela faz cada coisa com as pobres da boneca.
- Ficou lindo, Lu. Não escuta a Tatá!
- Vocês dois são estranhos. - neguei. - Quando eu era criança, eu não fazia isso com as minhas bonecas.
- Porque você não manja de penteado, né Dudinha?
- Você tá é com recalque que o cabelo da Barbie é melhor que o seu. - falei venenosa e ele me olhou sério, como se estivesse ofendido. - Cabelo duro, todo pro alto. - falei rindo e ele cerrou os olhos em mim, mostrando o dedo do meio.
- Vou te mostrar o que é duro. - retrucou e eu ri mais ainda.
- O que é duro? - Duda perguntou inocente e eu abri a boca, rindo mais ainda. Ele ficou sem graça e eu balancei meus dedos, como quem dizia "bem feito".
- O cabelo da sua irmã. - falou vindo pra perto de mim. - Olha que feio. - desfez meu coque, puxando com um pouco de força.
- Ai, amor. - reclamei e ele mordeu minha orelha.
- Vão namorar lá em cima, não quero ver isso. - Eduarda falou penteando outra boneca.
- Quem tá namorando aqui, menina?! Eu hein, a louca. - retruquei, sob as risadas do meu namorado.
- Só porque você falou mal do meu cabelo, eu vou postar aquela foto. - pegou o celular e entrou no Instagram.
- Amor, não. Sério. - ele me ignorava, com um sorrisinho. - Luan eu não falo mais com você.
- Beleza, criança de 5 anos.
- Amor, é sério... Por favorzinho! - ri choramingando e ele fingiu não escutar, digitando algo.
- Pronto! - sorriu satisfeito e eu puxei o celular de sua mão.

luansantana Eita muié bonita essa minha!

- Eu vou te matar. - lhe enchi de tapas e ele só ria. - Também não falo mais com você. - ia levantar e ele me puxou, me impedindo de emitir qualquer som, já que começou um beijo.

                              •

Luan's POV.

Vencido pela minha namorada, acabei viajando com ela para sua cidade. Nada contra a cidade, mas sim às pessoas. Eu já falei que eu odeio o seu ex? Saber que estava respirando o mesmo ar que ele, já me deixa nervoso. Pior ainda, ter a hipótese de esbarrar com ele me tirava do sério. Mas tudo por ela. Havia prometido que pararia com os meus ciúmes e bom, ela estava com saudade da vó, a relação das duas é muito forte. Me garantiu que não ficaríamos na sua ex casa e agora, estávamos em um carro com Cristina, indo para sua casa.

- Ai que saudade que eu estava de Fortaleza! - minha namorada suspirava, olhando pela janela.
- Sua vó vai ficar chateada, Tatá. Você não acha?
- Eu avisei. - me pronunciei, com a expressão um pouco séria.
- Eu vou explicar à ela! Vocês vão ver. - abraçou meu braço e beijou me ombro. Por mais que eu tentasse ficar bolado, ver sua animação melhorava meu humor. Ela fazia tantos esforços pra mim, por que eu não poderia fazer isso pra ela?

Chegamos na casa de Cris e fomos recebidos maravilhosamente pela sua mãe. Seu pai estava trabalhando e bom, parece que sua única irmã estava no colégio. Nos hospedamos em um quarto grande e bem arrumado. Era como um quarto dos hotéis que eu ficava. Era bom não ficar em hotel, eu realmente estava exausto.

- Vocês dois são lindos. Até parecem noivos... - Dona Patrícia, mãe de Cris falava sobre nós dois.
- Vamos casar, né amor?! - cheirei seu pescoço e ela riu.
- Eu que juntei os dois, mãe.
- Você e a Carol. - Tatá falou rindo, mexendo no celular. - Cadê a Carol mesmo?! Já veio aqui, Tia?
- Ainda não. - negou.
- Cris você já falou pra sua mãe? Quem tá chegando?
- Falei... Um amigo meu, Marquinhos.
- Que mentira, tia! Ela tá pegando. - Tatá falou com aquele jeito irreverente e eu soltei uma gargalhada, vendo a coitada de Cris ficar vermelha.
- Tanara sua vaca. - arremessou uma almofada e acabou pegando em mim.
- Tá pegando, é Cristina? - Patrícia riu.
- Ele é amigo do Rafa e na festa do halloween, juntei os dois.
- O Boi já vai conhecer a sogrinha? - entrei na onda da minha namorada e Cristina mostrou o dedo do meio para nós dois.
- Vocês dois dão é certo. Nenhum presta. - reclamou.
- Se for um menino bom... Tomara que dê certo. Vai ser muito bem-vinda.
- Tá vendo, Cristina? Você poderia ser que nem a tia. - Tatá mostrou a língua. - Já podemos agilizar o pedido de namoro.
- Estamos só ficando, não precisamos de pressa. Diferente de vocês. Que se conheceram em julho, já brigaram, se beijaram em agosto e ficaram se pegando até outubro, quando finalmente saiu o pedido de namoro.
- Ah, se eles se gostavam... Pra quê perder tempo, não é?! - Patrícia falou sorrindo e Tatá sorriu pra mim, beijando meu rosto. - Faz quanto tempo que namoram?
- 1 ano e 2 meses. - respondi.
- Luan é um vencedor! Aguentar a mala da Tatá.
- Olha aí amor, me defende. - Pikitinha falou manhosa e eu só ri.

Passamos o dia nos aconchegando e bom, estávamos sendo muito bem tratados pela família de Cristina. De tardinha, Tatá se arrumou e alegou que iria ver a avó. Insistiu para que fosse com ela, mas eu hesitei. Adorava minha segunda sogra, mas não queria de jeito nenhum correr o risco de ver Marcos.


Tanara's POV.

Convidei meu namorado para me acompanhar até a casa de minha avó, mas ele negou. As coisas tomaram um rumo que eu não esperava: meu namorado x meu tio. Era complicado e eu tentava tirar de letra. O deixei com Cris e fui, quase saltitando. Estava morrendo de saudades!

Quando me viu, ela deu um pulo e claro, tratou de me agarrar. Depois de muitos beijos e abraços, começamos a conversar. Ela tinha tantas fofocas e eu ria. Mas logo depois, foi minha vez de relatar tudo que aconteceu e eu não a comuniquei. Detalhes, todos os detalhes. Meu primo chegou e claro, tomou um susto. Me tirou do chão. Brigávamos bastante, mas éramos como irmãos. Havíamos sido criados juntos. Minha avó entendeu Rafa não querer ficar na sua casa e isso me surpreendeu. É, eu acho que ele tinha realmente o afeto dela.

- Eu vou com você. Pegamos a Carol e vamos para a casa da Cris, pode ser?
- Carol, Alexandre? Você está pegando a Carol?
- Pegando pegando, não... Mas estamos no falando pelo WhatsApp e ela falou que viria para Fortaleza.
- Esse menino não perde tempo. - Dona Fátima riu.
- Vó, ele vai destruir a amizade das minhas amigas. Pegou a Ana e agora a Carol?
- Eu sei o que eu tô fazendo, Tatá. Relaxa! Me espera que eu vou tomar um banho rapidinho. - subiu correndo e eu neguei, comendo mais um pedaço do bolo maravilhoso da minha avó. "Bolo Mole", já ouviram falar? Esse era o nome que se dava em Fortaleza e bom, era um dos meus preferidos.

Nos despedimos da nossa Avó e prometi que o Luan a veria, antes de ir embora. Meu tio não estava em casa e eu até agradeci por isso. Pelo o que minha vó havia contado, ele estava firme e forte com Mayra e eu realmente ficava feliz com isso.

Buscamos Carol e voltamos para casa de Cris, enquanto eu ria daquilo. Meu namorado reclamou minha demora, dramatizando, disse que já estava morrendo de saudades.

- Vamos buscar o Marquinhos? - Ale perguntava. Estávamos todos sentados na sala e meu namorado comia o bolo que eu provara mais cedo. Sim, Fátima mandou um maravilhoso pedaço para ele. Ele amou e não parava de comer.
- Sim. - Cris confirmou, terminando de ajeitar o cabelo. Eu e Rafa também já estávamos prontos.
- Eu acho que o carro não dá. - Carol se pronunciou.
- Tatá leva a gente e vocês ficam aí. - Cris deu a ideia e os dois pareceram adorar. Findou que fomos só nós três e no caminho, Rafa falava o quanto estava surpreendido com Carol.

- Ela é assim mesmo? - perguntou assustado.
- Como? Pegadora?
- Sim. - arregalou os olhos.
- É. - respondemos juntas, rindo.
- Vou contar pro Boi! - pirraçou.
- Amor, deixa ela. Eduardo também não é nenhum santo.
- Quem vai ficar puta com isso é a dona Ana. - Cris palpitou.
- Elas são amigas, não são?
- São, amor. Mas se tratando de boys...
- Tanara! - me repreendeu e começamos a rir novamente. - Se a gente terminar e você ficar com algum amigo meu, eu nunca mais olho na sua cara.
- Tatá não é cafajeste do Ale e bom, sua relação com seus amigos não são como a da Carol e da Ana. Relaxa, elas são assim mesmo! Aposto que a Ana vai rir.
- Vocês muié não são amiga de ninguém, eu hein.
- A Carol não te pegou antes de mim? E eu fiquei com raiva?
- Ficou morrendo de ciúmes. - riu me olhando e eu mostrei a língua.
- Tá ansiosa Cristina? Pra ser seu boy?
- Deixei de viçage, sua fresca. - me deu um tapinha no ombro e Rafa soltou uma gargalhada.

Marquinhos ligou avisando que já havia desembarcado e eu falei para ele esperar um pouco, já que estávamos quase chegando. Entramos e por ser uma coisa rápida, eu não estacionei. Passamos na pista que dava acesso à saída das pessoas e logo vimos ele. Parei, ele entrou e eu já dei a partida. Cumprimentou eu e Rafa normal e já Cris, com um beijo. Os zoamos e eles ignoraram, menos tímidos do que da outra vez.

Chegamos em casa e depois de Marquinhos se acomodar, combinamos de pedir pizza. Tínhamos gostos diferentes e a minha pedida foi frango com catupiry. Era a minha preferida e Rafa me lançou um olhar de "novidade?!"... Foi a pizza que ele levou quando invadiu minha casa com a ajuda de Carolina, para se desculpar. Comemos entre conversas e todo aquele receio que Rafa estava, melhorou. Comecei a sentir algumas dores e já saquei, era cólica. Eu não tinha menstruado corretamente esse mês, com certeza iria descer. Fiquei até dengosa e não saía mais do colo do meu amor.

- Que manha é essa, amor? Mudou de repente. - perguntava mexendo em meus cabelos. Estava sentado no chão e eu deitada sobre ele, com a cabeça no seu ombro e com as pernas dobradas sobre suas coxas. Uma grande vantagem de ser pequena era poder me aconchegar em seu colo, como uma bebê.
- Tô com cólica. - fiz bico.
- Vish... Desceu?
- Não. Mas quando eu sinto essas cólicas, é porque tá perto. - falei manhosa e ele riu, beijando minha testa.
- Só porque estava com certos planos para a nossa noite... - alisou minha coxa e eu ri abafado, passando a mão na sua barba.
- Hoje eu só quero ficar no seu colo, sendo muito mimada.
- Eita... Não sabia que tinha pego uma bebê pra criar.
- Pegou amor, sou uma bebezinha.
- Pelo tamanho, até dava pra ser mesmo... - zoou minha altura e eu reclamei, fazendo ele rir. - Olha o tamanho dessas pernas. - ergueu uma das minhas pernas.
- Pelo menos não são finas que nem a sua! - mostrei a língua e ele fez a mesma coisa, pirraçando.

Luan's POV.

Depois que Marquinhos chegou, nos sentamos para comer pizza e o papo rolou solto. Uma noite calma e de muitos risos. Tatá havia ficado dengosa de uma hora pra outra e só depois de perguntar descobri o motivo: cólica. Estava deitada sobre mim, toda encolhida. Suas pernas pequenas me faziam rir, mas eu achava fofo. As suas coxas, pernas e até seu pezinho, com as unhas pintadas. Ela era vaidosa quanto a esses quesitos e isso só me fazia admirá-la mais. Ela reclamava quando eu a chamava assim, mas ela realmente parecia uma menininha. Minha menina.

- Que que cê tem, Tatá?! - Marquinhos se aproximou, puxando seu pé.
- Preguiça. - respondeu beijando meu pescoço, enquanto eu prestava atenção no filme que acabaram de colocar.
- So quer ser criança, toda deitada assim no colo do boi.
- Quer que eu deite no seu, né?! Tô sabendo. Já falei que não te quero, Marquinhos.
- Eu que já te dei vários foras, anãzinha. - bateu em sua panturrilha e eu ria deles.
- Cris, olha aqui seu boy me chamando de  anã.
- Por que cê tá falando isso pra ela? - perguntei sem entender.
- Amor, a Cris é mais baixa que eu. Ele não pode chamar sendo que agora tá pegando ela.
- Eu sou mais baixa que você aonde? - se aproximou, repreendendo a Tatá.
- É mais baixa sim. Não é, amor?! - me perguntou e eu ri, passando a mão na cabeça.
- Não vou me meter. - falei.
- As duas são anãs. - Marquinhos falou simples e as duas começaram a discutir com ele, me fazendo dar gargalhadas.

Ficamos mais um tempo ali e depois subimos para o nosso quarto, dormindo agarradinhos. Era tão bom ficar de bem com ela... Odiava nossas brigas. Tinha tanto medo de perdê-la...

Acordamos cedo por conta do aniversário de mãe de Cristina. Iríamos para uma casa de praia, passar o dia e até dormir. Tatá continuava com a cólica e até me deu dó dela, me fazendo mima-la ainda mais. Ela era sempre tão extrovertida e quando sentia isso ficava tão quieta...

Fomos eu, ela, Marquinhos e Cris em um carro. Alexandre e Carolina foram com os pais e a irmã de Cristina. Passamos em um supermercado para comprarmos o que levaríamos e minha namorada ficou no carro por dengo, mas claro, me fez uma listinha do que queria. Não tínhamos vergonha e dentre as coisas, estava um absorvente. Tornei a perguntar se havia descido e novamente ela negou. Mas alegou que era melhor prevenir. Detalhou qual queria e na hora, eu não tive muita dificuldade. Barras de chocolate, pizzas congeladas, nescau em caixinha, salgadinhos, nutella... Minha namorada era um gorda e eu, peguei exatamente tudo que ela queria. Ela me deu o dinheiro e eu neguei, não gostava que ela gastasse seu dinheiro quando estava do meu lado. Marquinhos me zoou por ser tão "bom" com ela e me defendi falando que ele seria do mesmo jeito. Voltei com suas coisas e graças a Deus, não fui reconhecido. Estava indo dirigindo e ela, ainda dengosa, foi a viagem inteira deitada no meu ombro.

Tanara's POV.

As cólicas só pioraram e eu desanimei, já que aquilo me incomodava bastante e minha única vontade era ficar deitada. Rafa passou o dia me mimando, mas estava se divertindo bastante. Piscina, música, churrasco, cerveja... Tudo que ele gostava. Acabei fazendo o bolo da tia Patrícia e bateríamos os parabéns de noite. No supermercado, elas escolheram muitas coisas.

Agora, eu estava deitada numa rede, um pouco afastada da piscina. As dores ficaram mais fortes e acabara de tomar o remédio, que ainda não tinha dado efeito. Mexia no meu celular e vi uma postagem de ontem, do meu namorado.

luansantana Não pode mexer no celular no trânsito, muié... Kkkkk Minha coisa linda 

                                                  
                               ♥ 19.890

lunara AI MEU KO! Que lindo!!!!! Todo babão.
lunara E você tá linda, linda.
brilhalunara Meu coração não aguenta esses dois!!!!!!
curicasdoLS Luan babão, af
afetojade Quero ver quando passar chifre nela, se vai ser coisa linda kkkkk
najasclub @afetojade, ela não é uma Jade da vida pra ser corna. Quando na vida que o Luan postava foto com a Jade? Quando que ele saía feliz com ela nas fotos? Postar foto só dela, então? Dá pra ver a diferença, e ela é simples: ele realmente é apaixonado pela @tataccioly . Te entendo, @luansantana . Não há nem comparação!
jaderainha Quem garante que ele não passa chifre nessa daí? Ele nunca traiu a Ga! Puxa saco @najasclub
najasclub Eu? Puxa saco? VAMOS RIR. Se toca, garota. Quem não sabe dos grandes chifres que ela levava? Ele nem fazia questão de esconder. Agora com a Tatá, eu realmente não sei de nada. E eles sim parecem um casal de verdade, se gostam, da pra pelo olhar... Aceita que você idolatra um contrato. @jaderainha
lunara Jade não levava chifre? SABE DE NADA INOCENTE @najasclub
najasclub SABE DE NADA INOCENTE HAHAHAHAHAHAHAHA @lunara
tataccioly Olha elaaaaa! Seu chato ❤️

Acabei rindo daquilo e seguindo o tal fc "najasclub". Pareciam ser venenosas e eu adoro... Não adoro?!

Estava distraída quando ouvi vozes diferentes na casa. Aliás, vozes conhecidas. Estiquei minha visão e nem acreditei no que estava vendo! Erick e Bernardo acompanhados de sua mãe. Meu coração disparou. Rafa estava tão receoso e eu não pressentia coisas boas. Ele vai falar que avisou e nunca mais pisará em Fortaleza junto a mim. Merda, merda, mil vezes merda!

Demorei? Claro que não né lindas?! Tenho várias coisas pra falar...
1ª: Erick apareceu, e agora meu Jesus Cristinho amado do céu?
2ª: Vou relevar um segredo: PS.: Eu te vivo prevê o futuro minha gente! Vocês viram o que aconteceu, né?! Citei a tuctuc e de noite, ela aparece com o cretino, vulgo Luan Rafael. Na minha mera opinião gente, eu não gosto dela. Não por ciúmes, mas por saber de algumas coisas. Luade é meu zovo! Rindo realmente de quem acredita que existe algum namoro ali. Fiquei chateada na hora com ele SIM, mas, fazer o quê?! Sintam a vibe e esqueçam...
3ª: Tinha escritoras pensando em parar a fanfic e a minha opinião sobre isso é: RELAXEM. Eu não sou dessas! Fanfic é uma coisa tão meiga, ficção pura... E não acho que deva ser misturada com a realidade (desta forma). Luan nunca vai estar sozinho... Então temos que aprender a dividir as coisas, não é?! Claro que é bom trazer realidade (vocês sabem que eu amo) e por isso esse fato foi até bom. E se eu disser que eu tive até ideias? HAHAHAHAHAHAHA.
4ª: Tenho duas fanfics maravilhosas para indicar: da Giovanna e da Manu.
A da Gio, é segunda temporada da PROMETE QUE VAI SER SÓ MINHA. Eu fiquei horrorizada quando ela matou a pobre Ana, mas a nova personagem é muito fofa e a história é muito envolvente, vocês vão ver.
A da Manu, eu comecei a ler e fiquei viciada. Porque ela apostou numa coisa fora dos clichês e bom, deu super certo. Por toda a minha vida! E Manu, não chega assim na lata não... "Indica minha fic?" Enrola mais um pouco, mulher. Assim é muito sem magia, não curti! (brincadeira)
Cliquem no link e vão direito para elas. Divirtam-se e comentem! Beijos!