Entrei no quarto acabado, meu rosto estava vermelho. Do choro ou de raiva, eu não sei. Queria beber, beber mais. Afogar minhas mágoas era uma irresistível proposta para mim. E foi isso que eu fiz. Nem sei o quanto eu bebi, só sei que novamente chorei. Tive que vontade de ligar pra ela, mas me controlei. Eu a xingava muito, mas precisava vê-la. Era necessário, senão eu ficaria louco. Fui dormir já amanhecendo e capotei. Minha sorte era que eu não tinha nenhum compromisso durante o dia.
Tanara's POV.
Acordei perto das 10:00h. Cristina mexia no celular e logo lhe dei um "bom dia", bocejando.
- Melhorou, Tatá? - perguntou e entortei a boca.
- Mais ou menos.
- Você precisa se reerguer, né amiga? Você viu o que ele fez ontem, ele pegou várias!
- Ele tá com raiva de mim, Cristina. Ele acha que eu o traí, quer me machucar.
- E você é uma boba! Mesmo sem culpa fica defendendo ele.
- Mas ele não tem culpa também...
- Mas ele não quer te escutar, Tatá. Isso é errado! Um relacionamento precisa de confiança e ele não querendo te ouvir, mostra que nunca confiou em você.
- Ah, Cris...
- Você correu atrás dele, Tatá. E o que ele fez? Te ignorou! Insiste em não te ouvir e você aí, se humilhando. Até a irmã dele mandou você se valorizar!
- Eu só queria que conversássemos. Queria me explicar, queria que ficasse tudo bem.
- Aí, Tatá. O que eu faço com você, mulher?
- Me leva pro meu Rafa.
- Você viu o que seu Rafa aprontou ontem!
- Ele só tava com ciúmes. - balancei os ombros.
- Olha... Se arruma e vamos almoçar. Não aguento mais você nessa sofrência! Daqui a pouco vai beber e chorar escutando Pablo.
- Eu vou ligar pra ele. - sorri, mordendo os lábios. - Eu imploro pra gente se ver, prometo até ser a última vez se ele quiser... Aí eu explico tudo e fica tudo bem! Tá vendo? Vai da tudo certo.
- Ele vai desligar na sua cara, ou nem vai atender!
- Deixa de pessimismo, Cristina! - resmunguei, procurando seu nome em meus contatos.
- Eu não vou deixar você fazer isso! - se levantou e veio até a mim. - Para com isso, Tatá! - cruzou os braços.
- Não! Eu vou ligar. Não posso deixar o orgulho estragar a minha história de amor. Ele é o homem da minha vida, Cristina. Você não entende isso?
- Tatá...
- Eu vou ligar! - ri, mostrando a tela com seu contato.
- Me dá isso!
- Eu tô sentindo que ele vai atender. Isso não pode ser à toa, Cris! Não pode! - apertei, colocando no viva-voz. Ela me olhou preocupada. Eu sorria e logo começou a chamar. Uma vez. Duas vezes. Três. Quatro. Cinco. Seis. Sete. Caiu.
- Eu te avisei! - falou e um bico se formou no meu rosto. Joguei meu celular na cama e enfiei minha cabeça no travesseiro.
- Não fica assim, amiga! Olha... - sentou do meu lado. - Talvez eu esteja errada, talvez você deva mesmo tentar falar com ele. Mas você tem que estar razoável, não é?! Levanta, toma um banho e se arruma, vamos passear por Salvador! - levantei minha cabeça e vi que ela sorria abrangente. - Anda, levanta menina! - balançou meus ombros e eu sorri, levantando totalmente em seguida.
Forcei um sorriso e fui tomar banho como minha amiga recomendou. Parei para pensar em tudo e realmente chorar com a cara enfiada num travesseiro, não resolveria meu problema. Nem tudo estava perdido, certo?! Vesti uma roupinha leve, fiz uma maquiagem bem básica e pus um óculos de sol. Perfeito! Olá, Salvador. Vamos nos conhecer melhor? Cristina também se arrumou básica e logo fomos tomar café da manhã. O dia estava lindo, era uma bela terça-feira de carnaval.
Andamos por vários lugares, precisava mesmo ocupar minha cabeça. Eu e Cris conseguíamos nos arrancar risadas de coisas simples e isso me fazia esquecer um pouco do meu objetivo. Aproveitei para comprar lembranças para minha família e mesmo sem previsão de quando veria minha vó, comprei para ela também. Sentia tanta falta dela e depois do término, ela me ligou, acalentando-me. Ela tinha esse poder. O menino que eu dei meu número (e o que quase apanhou de Luan) me ligou, querendo me ver. Eu nem acreditei. Ele era louco? Causei o maior constrangimento para ele e ele tem a coragem de me fazer esse convite? É, talvez ele seja louco mesmo. Eu não aceitei, inventando a maior desculpa esfarrapada. Me fez prometer que deixaríamos para depois e eu, bom, não neguei. Pediu meu Instagram e eu o disse. Falou o seu também e depois eu o procuraria. Não que eu quisesse alguma coisa, mas ele era um gato! Almoçamos em um restaurante típico e nossa, como a comida dali era deliciosa.
Luan's POV.
Acordei com a maior dor de cabeça do mundo. Merda! Meu dia já havia começado mal. Olhei as horas e me assustei. Já se passava das 16:00h. Levantei e fui tomar banho para ver se melhorava aquela ressaca. Se ela estivesse comigo, com certeza eu já tinha um comprimido eficaz para a minha melhora. Por mais que fosse uma fingida, ela era uma maravilhosa fingida. Debaixo do chuveiro, eu lembrei de algo que novamente mexeu comigo.
Flashback ON:
O show foi próximo a CG e consequentemente, próximo aos meus amigos de lá. Após terminá-lo, eles me comunicaram de uma saída, para bebermos, tocar umas modas. Aceitei na hora! Não estava com sono, fazia um tempo que não os via e não fazíamos isso e bom, não tinha nada para fazer com Tatá. Ficamos meio quietos depois que eu peguei a massagem que Marquinhos fazia nela. Sem querer, acabei sendo grosso e isso era uma das coisas que mais a chateava. Lhe comuniquei apenas no hotel e contrariando minhas ideias, nem discutimos.
A casa que fomos não era muito longe do hotel e não levei Wellignton. No caminho, eles pegaram umas "amigas" e eu fiquei um pouco incomodado. Não sabia que iria ter a presença delas. Sempre que se tinha mulheres, eu era um bom alvo e em respeito à minha namorada, eu tinha que negar e afastar-me.
Mas dessa vez, elas tiveram uma ajuda: meus próprios amigos. Alegaram que a Tatá não ia saber e ficaram jogando uma morena bonita para cima de mim. Mais do que ela mesmo se jogava. Os únicos a hesitar a ideia eram Douglas e Marquinhos, que sempre adoraram ela e repreenderam quem estava insistindo naquilo.
Eu não ia aceitar e mesmo assim, os dois começaram a me dar conselhos, que mais pareciam broncas.
- Cara, eu não vou fazer nada. - ri, após argumentos dos dois.
- Sério Luan, não vai na onda deles. Não foi nem certo você deixar ela sozinha.
- Ô Marquinhos, cê tá defendendo muito ela... Eu sei o que eu faço.
- Só tô abrindo teus olhos, parceiro.
- Cuidado com essa menina, Luan. Ela não tem nada de santa. - Douglas finalizou e eu dei um gole na minha bebida, rindo da sua preocupação.
Flashback OFF.
Aquele foi um dos dias que eu quase entreguei meus ciúmes. Peguei Marquinhos fazendo massagem nela, muito íntimos. Talvez não fizesse sentido eu ter ciúme do Marquinhos como eu tinha, mas foi aí que tudo começou. Aquela cena mexeu comigo. Sei lá, eles se divertiam e tinha a questão do toque... Me incomodei e descontei nela. Fui muito grosso com ela e ela como sempre, levou na brincadeira. "Nunca mais deixe ninguém fazer massagem em você, Tanara. Seja Marquinhos ou qualquer um. Eu posso tocar em você, somente eu." É, eu tive vontade de falar isso. Mas logo lembrei que era um namorado não-ciumento e me controlei.Por conta desse ciúme que senti, eu acabei largando-a sozinha no hotel e mesmo com o incentivo dos meus amigos, me mantive fiel. É, eu era um completo otário. Mas talvez tudo isso sirva de lição para mim: nunca mais se entregar totalmente para uma mulher. Nunca mais gostar tanto, nunca mais ser fiel, nunca mais mimar, nunca mais... Talvez eu esteja falando isso por estar magoado, já que todos precisam amar e ser amado. Precisam casar e ter filhos. Como eu sempre quis e achei que ela fosse a mulher certa. Mas não, eu amei sem ser amado. Não sei se seria capaz de sentir isso de novo!Ela deixou um ferimento que com certeza demoraria para cicatrizar. O jeito era esperar, não morreria com essa raiva do amor. Talvez um dia eu conte isso para os meus filhos e fale o quanto eu fiquei revoltado, mas logo em seguida conte que a mãe deles foi a única capaz de me despertar as mesmas sensações. Não, isso não significa que eu casaria com a minha próxima namorada. Isso significa que amar novamente demoraria tanto quanto casar-me. É, acabo de voltar com a ideia de casar somente aos 30 anos. Era o ideal! E quando eu sentisse esses mesmos sentimentos por alguma mulher, eu casaria sem pensar duas vezes. Aí eu seria feliz, sem lembrar de Tanara com rancor. Eu a perdoaria, afinal, ela me fez aprender com a dor. Mas o que eu queria mesmo, era que tudo isso fosse paranóia minha e ela estivesse ao meu lado quando eu contasse nossa história para os nossos filhos.
Me arrumava no mesmo horário de ontem. 2ª noite no camarote e talvez a decisiva. Eu estava tão nervosa... Rezava em pensamento, para que ele finalmente me escutasse. Não queria colocar tanta expectativa, mas eu era assim: esperançosa. E essa situação aumentava minha positividade, já que ela era a culpada das minhas insônias. Meus apetrechos de hoje eram somente uma coroa. Uma princesa, por que não? Princesa sem seu príncipe, infelizmente. Dessa vez eu escolhi um shortinho curto; aquela noite cobrava de mim um certo capricho. Nos arrumamos, mas não tiramos fotos. Minha mão estava gelada, muito gelada. Por que aquilo? Torcia para que fosse intuição que o veria. Que o escutaria também. Que ele pelo menos me xingasse, como das outras vezes. Chegamos no camarote Schin e depois de um tempinho, fomos tirar fotos. Tirei várias selfies e sem editar, postei a melhorzinha.
tataccioly Hello hello! Segundo dia, bebê.
Fiquei vendo algumas fotos e vi o user de Priscila. Ai, Priscila.
lunara Foto de ontem do cantor sendo tietado no camarote Schin. Não, não... Ele não estava lá! É só invenção das lunaras, tadinhas. HAHAHAHAHA Como falei aqui, fui atrás de descobrir o que rolou lá... E bom, pra variar, eu descobri. Guardem o recalque aí e escutem, lindas: ia tendo fight. Não vou ser hipócrita, o Luan ficou com outras sim! Mas sabe o que aconteceu logo em seguida? Quando a Tatá estava conversando com um cara, ele partiu pra cima do próprio. Eu não estou vendo novela demais e nem estou inventando. Minhas fontes são seguras! Perguntem a quem estava lá! Com certeza vão querer abafar a história (como a equipe do Luan sempre faz, assim como ele), mas acontece que ele estava morto de bêbado. No lugar onde eu moro isso é ciúmes. E vocês? O que acham? Será mesmo que eles terminaram por não se gostarem? Aí tem coisa! Hoje tem os dois de novo em Salvador. Só nos resta saber se o cantor vai dá uma passadinha lá de novo... Curte aqui de novo se eu não tô mentindo, Tatá! #VoltaLunara #QueremosVocês #RecaídaPode #CiúmesLuan? #Sofrência #SóObservo @tataccioly @luansantana
Curti a foto, rindo. Se aquele situação não fosse trágica, seria cômica.
- Amiga, eu acho que seu plano de ver o Luan não vai dar certo.
- Por que Cris? Larga de pessimismo, eu hein.
- Não é pessimismo, Tatá. Olha essa foto! - mostrou-me seu celular. Que tinha uma foto de Luan estampada; uma publicação, na verdade. Ele estava em outro camarote, merda.
- Eu não acredito! Cretino! - cruzei os braços.
- Ele tá fugindo de você.
- Logo hoje, Cris... Que eu pensei que fosse o dia de solucionar toda essa confusão.
- Não era pra ser, amiga. Relaxa, vai? Põe um sorriso no rosto e vamos curtir. É carnaval! - tentou me animar. Eu dei um sorriso forçado e ela riu, da minha cara. Me puxou pelas mãos e começou a me incentivar uma dança. Eu ria do seu jeito, mas com o tempo acabei esquecendo aquela decepção.
Luan's POV.
No hotel, decidimos ir para um camarote diferente do da madrugada passada. É, Rober queria evitar qualquer encontro entre eu e Tanara. Não por não concordar comigo (infelizmente), mas sim por medo que eu não me controle e faça besteira novamente.
Eu fiquei calado, já que sabia que ele estava certo. Não tinha noção nem das minhas atitudes bom, imagine bêbado. Claro que eu beberia, era carnaval. Meu dia de folga, dia de pelo menos tentar me distrair. Chegamos e de primeira, eu tirei algumas fotos. Fui tietado, claro, mas tirei algumas sozinhos também. Tinha muitas mulheres bonitas, até me chamaram atenção. Mas diferente de ontem, ela não estava ali, então eu não precisava fingir que estava feliz em beijar outras bocas. Eu queria a dela. Puta que pariu, eu queria a dela!
- Que foi, boi? Ontem ficou com várias, hoje não pegou nada ainda... Tão de dando mole pra caralho! - meu amigo Roberval falou, tranquilo dessa vez. A Tanara não estava ali, ele não precisava se preocupar.
- Eu sei. - suspirei. - Mas hoje eu não tô a fim.
- O que te deu?
- Você sabe muito bem porque eu fiz aquilo ontem... Não preciso mentir pra você!
- E nem conseguiria. Você não ficou com elas por querer, né?!
- É. - bebi um gole da minha bebida. Confesso que já não estava mais sóbrio.
- Luan... Esfregar na cara dela não te adiantou em nada, tá vendo?
- É, eu tô vendo. Nem ciúmes ela sentiu... Foi lá se esfregar com aquele cara. - a cena martelou de novo na minha cabeça e eu bebi outro gole, com raiva.
- Eu não vou falar mais nada. Você fica inventando as coisas...
- Inventando, Rober? Vai dizer que se eu não tivesse puxado ele, ela não ficaria com ele? Você nem tem argumentos pra defender mais, vei. Tá pior que minha mãe.
- Ela resolveu ficar com ele depois de ver você ficar com várias, Luan. Ela tava muito triste, muito mesmo. Você às vezes fala como se a Tatá não gostasse de você...
- E ela gosta? Gosta, Roberval? - indaguei, sério. - Fazendo o que fez?
- Eu não vou falar mais nada, Luan. Se um dia você parar de ser cabeça dura e descobrir a verdade, vai se arrepender.
- E qual a verdade? Me fala agora, então.
- Eu não sei, cara! Mas ela deve saber! Você só ignora ela. Só xinga e ignora. Não quer nem ouvir o lado dela da história...
- Ela chorou, cara. Praticamente confirmou.
- Ela pode ter chorado por várias coisas, Luan! Cada pessoa é diferente. Além do mais uma mulher, que é sensível... O choro dela por ter tido vários significados! Mas você, orgulhoso, machão, não quer escutar. Não quer nem tentar uma conversa! Só falo pro seu bem, cara. Porque amigo de verdade tu sabe que são poucos! Quero ver agora, se teus amigos que te jogavam pra outras mulheres quando você tava com ela, vai se manter teu amigo e respeitar ela. Se estivessem aqui, falariam pra você continuar ignorando ela. Sabe por quê? Porque a felicidade dos outros incomoda. Incomodava o Erick, o Bernardo, a Flávia... E esses teus amigos que te jogavam pra outras. Daqui a pouco tão tudo tentando ficar com ela!
- Claro que não, Rober. Eles falaram aquilo porque elas estavam me dando mole. - estávamos falando da mesma situação que eu lembrei hoje mais cedo.
- Quem disse pra você respeitar ela? Quem?
- Eu sei, Roberval. Eu devia era ter traído ela mesmo! Não só nessa oportunidade, mas nas milhares que eu tive nesse tempo todo. Fui fiel e ela que foi sacana comigo.
- Beleza, Luan. Beleza. Mas você fazendo isso só tá dando gostinho pra todos que eu citei aqui! - falou saindo de perto de mim e eu bufei, terminando meu líquido de uma vez só. Merda. Uma loira chegou em mim. É, mundo moderno. Loira alta, gostosa e provocante. O que eu estava fazendo com uma baixinha? Olha isso, eu merecia bem mais. Eu merecia exatamente o que estou tendo agora. A olhei bem e ela sorria, bem safada. Eu adorei aquilo e quando estávamos prestes a nos beijar... A imagem da tal baixinha veio na minha mente. Droga. O que adianta eu mentir para mim mesmo? Desde aquela batida de carro, meu gosto mudou. Loiras altas e corpudas? Não mais. Lembrei dos seus cabelos castanhos caídos sobre seus ombros e meu peito, enquanto eu afagava os próprios após fazermos amor. Ok, podemos começar falando sobre a cor de cabelo: morenas. Claro. Morenas! Lembrei do seu corpo meigo e de cada parte dele, na medida certa. Lembrei-me das vezes que ela saía de toalha, de lingerie ou até mesmo sem nada... Eu limpava os meus olhos com cada imagem dessas. A admirava tanto, que chegava a duvidar que aquilo tudo era meu. Que somente eu podia tocar em cada parte do seu corpo delicado. Sua pele branquinha e suada... Retornando ao início dos meus pensamentos, "baixinha", eu lembrei da nossa diferença de altura. Todos questionavam e achavam engraçado, fofo, estranho... Ela nunca podia me roubar beijos e eu ria. Mas por mais que eu deduzisse, só atrapalhava nisso. Já que no nosso beijo de verdade, tínhamos encaixe perfeito. Eu me abaixava um pouco e ficava a cena mais linda, pelo menos pra mim. Nas nossas noites, o encaixe prevalecia. Ela era a melhor amante! Mas agora, acordo do transe e percebo que tenho que beijar outra boca. Não, não, não tenho. Desculpe-me loira alta, eu retiro o que eu disse após você chegar. Me rendo à baixas e morenas. Ou talvez somente à uma. Tanara. Desculpe-me mesmo, mas eu preciso vê-la e pedir desculpas pelas minhas palavras pessoalmente. Ou pensamentos, como estou confuso.
Me afastei dela e tentei explicar o meu recuamento. Ah, foda-se. Tanto faz o que ela achava. Saí atrás do Rober e Well, precisávamos ir para o camarote Schin. Foda-se exatamente tudo, eu precisava dela. Mesmo corno, mesmo chateado... Depois de matar minha sede dela, era só por a culpa na bebida e voltar com meus discursos de homem com orgulho ferido. Isso, exatamente.
-Vamos, Rober!
-Você já quer ir pro hotel? Mas nem está tão tarde, Luan. Podemos ficar mais um pouco.
-Eu não quero ir pro hotel, eu quero ir pra onde aquela filha da puta está.
-Do que você está falando, cara?
-Eu quero ir pro camarote que a Tanara está, Roberval. Vamos sem discutir!
-A confusão de ontem não bastou pra você?- suspirou pesado.
-Não te interessa! Relaxa, cara. Eu hein. Não vou bater em ninguém que chegar perto dela. -até porque só eu chegaria perto dela.
-Luan.. você promete?
-Prometo! - cruzei os dedos. Vai que via algo desagradável.
-Vamos, Well. Quero ver o que esse bipolar vai fazer.- resmungou e eu ri.
-Eu tô assustado. - Cirilo se pronunciou e eu os apressei. Queria chegar logo, queria vê-la logo.
Tanara's POV
Eu estava conseguindo me divertir. Dançar, beber, cantar... Até que estar na sofrência não estava sendo tão ruim. Depois de conformada que minha conversa com ele teria que ser adiada mais uma vez, eu decidi tirar outra foto. Sentei em um sofá vazio que tinha ali, pus minha cerveja de lado e fiz a pose para Cristina. Ele tirou várias e logo saiu. Não parava um minuto sequer! Fiquei editando a que eu tinha escolhido. Entre tantos efeitos, optei pelo B&W; um que eu não usava muito. Estava boazinha, postável.
tataccioly Fantasiando-se de algo bem semelhante à minha personalidade: meiguice. Ou não, né?!
Estava olhando algumas fotos no meu feed e claro, rindo de algumas também. Me concentrei totalmente ali e só despertei, depois de ouvir algo.
- Não quero te beijar com gosto de cerveja. - sussurraram no meu ouvido. Gelei. Eu conhecia aquela voz! Era a mesma que me causava todas as sensações boas possíveis. Luan.
- Está linda! Uma verdadeira princesa. - continuou e eu me arrepiei por inteiro, tendo finalmente a coragem de virar-me e confirmar que era ele. Era ele. Aí meu Deus.
O encarava desacreditada. Minha boca entreaberta mostrava minha surpresa com a sua presença ali, sentado ao meu lado.
- Luan? O que você está fazendo aqui? - eu já não entendia mais nada. Só então percebi que ele havia afastado minha cerveja, ela não estava mais ali.
- Vim te ver. - sorriu meigo. Ah seu sorriso! Esse me tirava do chão.
- Eu preciso tanto te explicar tudo, Luan... Olha, eu... - queria mais que tudo explicar que eu não havia o traído. Era a coisa mais importante. Ele me interrompeu, colocando o seu dedo na minha boca.
- Me deixa esquecer tudo que aconteceu só hoje? Por favor? Eu...preciso! - me olhou humilde.
- Mas... - tornei a tentar.
- Shi... Vamos aproveitar esse momento sem lembrar de nada? Só agora, Tanara. Por favor. Eu precisava te ver, mas pra isso acontecer, tive que ter amnésia desde o momento que pisei nesse camarote. - sorriu, envergonhado.
Eu acabei soltando um sorriso também e suas mãos rápidas foram para o meu cabelo, aproximando nossos rostos.
- Luan... - sussurrei, quando estávamos a milímetros.
- Só sente, por favor. - falou, me deixando mais embriagada. Permaneci calada e nós permanecemos daquele jeito, boca a boca, sentindo nossas respirações e nossos hálitos.
O olho preocupada e descubro que ele está de olhos fechados. Ele quer me matar. Fechei meus olhos, reprimi-os e os abri. Podia ser só mais um devaneio meu, ou até mesmo um sonho de princesa. Ele então finalmente colou nossos lábios, deixando ele juntos por um longo tempo. Queria sentir seus lábios nos meus, algo concreto, algo que estava acontecendo. Ou pelo menos voltou a acontecer. Ele me deu vários selinhos calmos, bem devagar. Minha boca já estava totalmente entregue a ele. Adentrou sua língua lentamente, aquilo não era um beijo como os outros. Dei passagem e logo começamos o nosso beijo único. Que saudade daquele beijo, do seu toque. Que saudade dele. Ele beijava devagar, com carinho e ternura. Eu fazia questão de retribuir. Nosso beijo se encaixava, tudo com a nossa junção se tornava perfeito. Era doce e estava adoçando meu carnaval. Ele levou a mão ao meu tronco e com delicadeza me puxou para mais perto. Falho. Estávamos sentados e isso dificultava uma aproximação. Mas ele não desistiu, me puxou novamente e conseguiu um avanço. Mas não era o suficiente para o que ele queria. Ele cortou o beijo, nossas bocas estavam inchadas. Pediu que eu levantasse e assim eu obedeci; posicionou-me de lado na sua perna direita. Ele então voltou a me beijar sem a mesma delicadeza e eu sorri entre o beijo. O meu Rafa estava de volta. Sua mão parou em minha coxa e ele a apertou, me levando cada vez mais para ele e com a sua mão em meu cabelo, aprofundou o beijo. Eu coloquei a mão em seu pescoço e comecei a acariciar, revezando com o seu rosto sereno, calmo. Ele me transmitia uma paz incalculável e meu coração esquentava do lado dele, de um forma que nenhum frio o congelaria.
- Eu não aguento mais. - falou, tirando sua boca de perto da minha e deitando a cabeça em meu pescoço; deixou uma mordida ali. - Vamos sair daqui. - Eu sabia do que ele estava falando. Eu também queria, muito. Fechei os olhos novamente e pensei se aquilo realmente estaria acontecendo. Será que era certo aquilo? Terminamos e... - Por favor, Tatá.
- Eu não sei, Luan. - respondi de olhos fechados, me deliciando com sua boca em meu pescoço.
- Você quer como eu, eu sei. Eu sinto. Não precisa desse receio! - falou com urgência e como eu iria raciocinar naquela situação? Não sabia, tínhamos acabado de terminar. Ele ficou com várias, me ignorou, me xingou... Mas eu sabia que depois disso tudo ficaria para trás. Nós conversaríamos e voltaríamos. Eu era dele. Então, qual o problema de me entregar? Seria só mais uma das nossas lindas noites de amor. Não resisti.
- Tudo bem... - falei e ele me lançou um sorriso. Voltou a beijar-me e minhas mãos afundaram no seu cabelo. Nossos beijos estavam muito...quentes. Quentes, mesmo. Explorava cada partezinha da minha boca, puxando meu cabelo com muita pegada. Aquele homem ia me matar. Não duvidaria que ele arrancasse minhas roupas ali mesmo, sem ao menos lembrar que o lugar não era apropriado. Torcia para que ninguém visse aquela cena, estávamos nos "pegando" mesmo. Seria constrangedor e perigoso, já que tudo que Luan fazia virava notícia. Não éramos mais namorados, isso daria uma boa confusão. Cortei o beijo, na tentativa de acalma-lo. Sua respiração estava muito rápida e eu ri, querendo transmitir calma somente com o olhar que eu lhe mostrava.
- Tudo bem, acho melhor a gente sair daqui. Senão...
- Vamos, Rafa. - sorri e ele sorriu junto. Alisei sua barba que estava nascendo novamente e ele beijou minha mão, mais controlado. Fez menção para eu levantar e assim eu fiz, ajeitando meus cabelos.
- O que é isso, Tanara? - fechou a cara ao me olhar. O que é isso o quê? Virei o meu rosto para os lados, não havia ninguém. - Da próxima vez vem com mais roupa. - resmungou e eu quase sorri, era bom ouvir aquilo. Pus meu celular no bolso e ele se levantou também, após se recompor. Me pôs na sua frente e firmou as mãos na minha cintura. Seu queixo no meu ombro e um sorriso idiota no meu rosto. Como eu estava feliz! Sabia que daria certo, eu sentia.
- Vamos atrás do Rober? - perguntei.
- Isso. - respondeu junto de um beijo no meu pescoço. Começamos a andar jeito, à procura de Roberval Lelis.
- Tenho que falar com a Cristina. - sussurrei.
- Cadê ela?
- Eu não sei. - fui sincera e ele riu. Melhor risada do mundo, a do meu menino.
- O Rober dá o recado a ela.
- Não é perigoso ela ficar sozinha? - andávamos.
- Eu peço pra ele fazer companhia a ela. Ele vai gostar de curtir mais.
- Sendo assim... - beijou meu ombro. Dois caras me encararam, aliás, encararam meu short e Luan fechou a cara. Simplesmente soltou seus braços da minha cintura e puxou meu short para baixo, com tudo.
- Luan! - ri, incrédula que ele havia feito isso.
- Isso mais parece uma calcinha.
- Ah, não... Claro que não! A calcinha é bem melhor. - pisquei pra ele e ele passou a mão no cabelo.
- Muié... - sorriu nervoso e eu me permiti rir. Abraçou-me novamente e finalmente achamos Roberval; que arregalou os olhos ao nos ver juntos. Luan não explicou nada e foi direto ao assunto, talvez fosse melhor assim. Rober ficaria com Cris e Well nos acompanharia. Numa oportunidade, Wellignton me pediu desculpas pela noite anterior. Eu desculpei sem graça, já que ele presenciava uma contradição: eu e Rafa juntos novamente. Estava envergonhada e Luan não facilitava, já que não parava de me roubar beijos.
De mãos dadas, saímos da van. Sua mão com a minha, aquilo me passava segurança e felicidade. Ai, como eu estava feliz. Fechou a porta e rodopiou-me, me dando uma juntada e nos causando uma gargalhada. Nossos olhares se encontraram e os nossos sorrisos foram se estabilizando. Por um momento eu percebi o clima que havia se tornado ali. Será que ele não enxergava como nós dois éramos felizes juntos? Será que nunca seria capaz de me escutar? Não dava pra ver, de longe, o quanto eu o amava? Trair, jamais. Tendo a mesma percepção que eu, ele selou nossos lábios novamente. Em poucos minutos estávamos em beijos mais quentes do que antes. Depois de alguns minutos, ele cortou o beijo devagar e me olhou, profundamente.
- Minha baixinha! - sorriu satisfeito e eu descansei minhas mãos no seu rosto. Selei nossos lábios repetidas vezes, suavemente. Mas diferente da recente vez, os selinhos não viraram beijos intensos, viraram outra troca de olhares. Me olhando amavelmente, juntou nossos corpos ainda mais, descendo uma das mãos que estava no meu cabelo para a minha cintura. Só então percebi o que ele faria. Safado. Ele se dirigiu à cama e me deitou com delicadeza, como se eu fosse uma boneca de porcelana. Ficou de pé me observando por alguns segundos, e eu vi um sorriso iluminar seu rosto.
Sem a menor chance de resistir, sorri de volta, e ele se deitou devagar sobre mim, distribuindo beijos pela minha barriga, pescoço e leves mordidas no queixo e bochechas pelo caminho. De olhos fechados, eu não conseguia deixar de sorrir com os carinhos em meu rosto, até que seus lábios se aproximaram do canto de minha boca, e inevitavelmente nos beijamos.
Deslizei minhas mãos pelo peito e barriga dele, levantando lentamente sua blusa. Estava morrendo de saudade daquilo, e não queria estragar o momento com qualquer tipo de pressa. Ele, que estava apoiado em suas mãos pra não depositar todo o seu peso sobre mim, soltava suspiros roucos quando eu me distraía e acariciava seu tórax ao invés de continuar a suspender sua camisa. Não era só eu que estava sentindo falta, ainda bem.
Quando ela já estava no seu peitoral, o olhei pedindo ajuda e ele levantou os braços, a tirando definitivamente. Me impulsionei com esforço um pouco mais pra cima, encostando minhas costas na parede atrás da cama e ficando quase sentada pra que ele não precisasse se esforçar tanto, e me acompanhou, sentando-se ao meu lado. Na mesma hora, ele passou uma de minhas pernas sobre ele e me sentou em seu colo, encaixando meu tronco no seu confortavelmente. Acariciou minha cintura lentamente, trazendo minha blusa pra cima com suas mãos. Me desfiz dela, vendo-o morder o lábio inferior discretamente, e comecei a beijar caprichosamente seu pescoço, conseguindo excitá-lo sem vulgaridade. Ele agarrou meus cabelos devagar, apertando minha coxa com certa força na tentativa de se controlar e não acelerar muito as coisas. Voltei a beijá-lo logo, sentindo-o bem mais enérgico, e não demorou muito pra que meu shorts não estivesse mais onde eu o tinha colocado antes de sair do hotel.
Enquanto nos beijávamos intensamente, eu escorreguei minhas mãos até o cós de sua calça, desabotoando-a com facilidade e puxando-a pra baixo devagar. Me afastei de conforme tirava a peça, e engatinhei sobre ele pra voltar à minha posição anterior, sentindo seu olhar quase doer de tão desejoso sobre mim. Assim que me aproximei o suficiente, ele me deitou ao seu lado, colocando-se entre minhas pernas e me beijando tão profundamente que eu pensei que quisesse me engolir.
Senti as mãos dele tatearem minhas costas em vão buscando o fecho, e não pude deixar de sorrir. Notando meu divertimento, ele se afastou um pouco, confuso e ofegante, e eu sorri ainda mais, abrindo meu sutiã pelo único fecho frontal. A cara de compreensão e deslumbramento dele foi impagável.
Após fazer meu sutiã voar longe até encontrar o chão, foi descendo seus beijos pelo meu corpo, demorando-se um pouco mais em meu busto, e antes de voltar a unir nossos lábios, senti seus olhos fitarem cada traço do meu rosto rapidamente, admirados.
Passei as mãos sobre suas costas e cintura nuas, até alcançar o elástico de suas boxers. Mordendo o lábio inferior dele de leve, eu ameacei tirá-la, mas antes disso, minha calcinha já estava na metade do caminho sem que eu tivesse percebido. Nos despimos por completo, agradando simultaneamente um ao outro, e quando ele voltou a me beijar, tateei os bolsos de sua calça, em busca de sua carteira, encontrando-a sem dificuldade. Interrompi o beijo para colocar a camisinha nele, sentindo-o ofegar tanto quanto eu.
Assim que estávamos devidamente protegidos, eu busquei os lábios dele com os meus, beijando-lhe desde o pescoço até a boca com um pouco de urgência. Luan me correspondia calmamente, mas com muita intensidade em cada movimento, até que colocou sua boca perto de meu ouvido e sussurrou, com a voz rouca:
- Eu te amo.
Ele se afastou para me olhar nos olhos por um segundo, e ao me ver sorrir, voltou a me beijar, me penetrando logo depois. Mesmo com os movimentos dele, delicados e maravilhosos, eu fitava seus olhos extremamente pretos, que pareciam brilhar por conta própria em meio ao rosto rosado e úmido de suor dele, totalmente conectada a Luan, não só física, mas também emocionalmente. Ele me beijava algumas vezes enquanto se movimentava, parecendo deslumbrado por estar comigo, e por vezes um sorriso sutil surgia em seus lábios avermelhados. Só quando ele se deixou cair devagar sobre mim algum tempo depois, satisfeito e com seu dever igualmente cumprido em relação a mim, eu consegui respirar, tamanho foi meu envolvimento emocional com aquele momento. Luan beijou de leve a curva de meu pescoço, me fazendo sorrir fraco, e eu relaxei de tal maneira que a próxima coisa que eu vi foi ele se deitando ao meu lado, me cobrindo com o edredom e me aconchegando em seu abraço após um último beijo em meu ombro.
- Eu também te amo - foi tudo que consegui dizer, colocando meu braço sobre o dele, que estava em minha cintura, e entrelaçando nossos dedos antes de adormecer profunda e instantaneamente, tamanha era a minha paz de espírito. Porque meu espírito agora estava completo. Ou pelo menos, quase completo.
Luan's POV.
Ela dormia no meu peito e eu a observava. Como era linda. Afagava seus cabelos, já devia ser perto das 10:00h. Depois de passarmos a noite fazendo amor, ela ficou exausta e adormeceu. Não acordaria tão cedo, eu sabia. Seu sono era profundo e eu, que também deveria estar dormindo, estava pensando no que eu faria. Preocupado, na verdade, fodidamente preocupado. Ela me parecia tão vulnerável, eu não seria capaz. Ela ainda era minha menina, mas eu não podia simplesmente perdoar. Aquele assunto martelava na minha cabeça, em todos esses dias. Eu queria esquecê-lo de uma vez, não ouvi-lo nunca mais. Mas como esquecer com ela nos meus braços? Acordaria e tentaria se explicar; e eu não sei se aguentaria ouvir. Tinha medo. Um medo que nem eu sei o exato porquê. Por quê? Ela poderia ser fingida e falar que nada aconteceu, ou poderia ser sincera e pedir meu perdão. Mas eu não queria, queria por um fim nisso tudo de uma vez. Queria muito perdoa-la, mas meu orgulho não deixava. Continuarmos juntos depois disso, seria torturante. Eu sempre lembraria e me machucaria. Terei medo que aconteça de novo, ficarei martirizando as vezes que ela falava que ele era passado e que me amava. Era muito complicado. Mais complicado ainda, sou eu. Tenho que afasta-la de uma vez da minha vida e simplesmente não consigo me controlar. Seu beijo, seu cheiro, seu toque... Me deixavam louco. Porra. Louco. Como uma música dos seus ídolos: “Na batalha com a saudade eu me rendo e te procuro. Já cansei de brigar comigo e não consigo te esquecer! Eu me sinto acorrentado em você...” Era exatamente assim que eu me sentia: acorrentado nela. A amei como ninguém e sei que daqui em diante será muito difícil, mas terei que enfrentar e superar. Por mais doloroso que seja, tinha que ser assim. Tinha que esquecer ela pra poder lembrar de mim.
Beijei seu rosto bem devagar, com medo de me mexer e acabar acordando-a. Alisei seu rosto e respirei fundo.
- Eu te amo... - suspirei fundo. -...pequena. - segurei sua mão e a alisei, vagarosamente. Como eu daria continuidade aquilo? Estava tão nervoso, mal comigo mesmo. Com muito cuidado, consegui tirá-la do meu peito. Sentei na cama e pus as mãos na cabeça. Eu ia conseguir fazer aquilo... Queria passar o dia a enchendo de beijo e, quem sabe, fazendo amor novamente. Não. Vamos, Luan. Você é forte. Encarei-a e soquei a cama. Por que tinha que ser tão linda? Levantei e fui para o banheiro, ainda estava nu.
Tanara's POV.
Acordei com um sorriso imenso, ao sentir o nosso cheiro. Sim, o quarto exalava nossa paixão. Passei a mão do meu lado e não o senti ali. Imediatamente abri os olhos e confirmei sua ausência. Me sentei, segurando o lençol que me cobria. O avistei na varanda, encarando o nada. Não percebeu que eu havia acordado e então, eu levantei e catei minhas peças de roupas em silêncio. Tomei um banho rápido e saí já arrumada, com as mesmas roupas que eu estava ontem. Amarrei meu cabelo em um coque e logo abri a porta do banheiro, dando de cara com ele sentado na cama. Meu estômago revirou e de repente uma vergonha tomou conta de mim. Queria me aproximar e lhe dar um beijo de bom dia, falando que a noite foi maravilhosa. Mas não, eu tinha que ir direto ao assunto.
- Precisamos conversar, Luan. - falei e ele continuou calado. - Eu ligava e você não atendia, me ignorava de todo jeito e eu acho que tenho o direito de falar. Saiu do meu quarto me xingando e chorando e...
- Talvez porque eu seja um trouxa que te amava de verdade. - sorri. - Mas esse trouxa morre aqui, Tanara.
- Não, não, Rafa. Me deixa falar! Eu também te amo de verdade, amor.
- Nada que você falar vai adiantar, Tanara. Eu quero por um fim nessa história de uma vez por todas. Vai embora, por favor.
- Quê? - sorri desacreditada. - Você foi me procurar, Luan! Eu achei que finalmente você ia querer me ouvir e...
- Fui e já consegui o que eu queria. Agora você pode ir! - falou e meus olhos se arregalaram. Então ele só queria transar? Simplesmente matar a vontade? - Eu não quero e não vou te escutar. Já sei tudo que você vai falar e não vou perder meu tempo. Acabou, Tanara. Aceita de uma vez e segue sua vida.
- Então você só queria transar comigo? Agiu como um cafajeste comigo, Luan? Comigo?
- Você pensou que eu queria o quê? - me encarou pela primeira vez. Fiquei sem reação, sem voz... Idiota! Mil vezes idiota! - Você queria também, Tanara. Não vem dar uma de mocinha usada. Transamos, dormimos e agora é a hora de nos despedirmos. Se você não sair, eu mesmo saio. Não quero mais olhar pra você! - falou aquilo frio, me olhando sem coração. Como ele podia? Ele faltou que me amava! Minha vontade era de chorar, chorar muito. Sair dali de uma vez também, quem sabe. Mas não, eu tinha que pelo menos falar umas verdades.
- Não, não vou dar uma de mocinha usada. Só pensei que você fosse diferente; mesmo que os homens sejam todos iguais, fosse pelo menos diferente comigo. Mas você não é. Não vou mentir, achei que nossa noite significaria uma conversa, uma volta... - falei e ele riu irônico. Meu nojo só estava crescendo, como eu fui ingênua.
- Você já tinha sido injusto demais em me ignorar por todo esse tempo. Deduzir tudo e não me escutar. Como pôde acreditar em algo se não sabe minha versão? Sendo que se trata de mim? Você foi burro e arrogante, Luan! Do mesmo jeito que está sendo agora. Queria muito e tentei me explicar... Mas agora eu cansei. Não vou ficar correndo atrás de alguém que não está nem aí. Se você gostasse mesmo de mim e da nossa relação, me escutaria. Tudo para ficarmos bem. Mas agora deu! Não vou ficar me humilhando pra você. Não quer me escutar, não escuta. Acredita na Flávia! Ela está certa. Mas eu só espero que quando você descobrir a verdade, não se arrependa. Porque você vai se arrepender, Luan! O que você está fazendo comigo, não se faz com ninguém. Eu fui uma das únicas mulheres que te amou de verdade. Nunca mais você vai encontrar outra Tanara! Continua ficando com o mundo inteiro, achando que vai me machucar... Porque não vai mais! Eu vou te esquecer e vou dar a volta por cima. Quando você reconhecer seus erros, já vai ser tarde demais. - escapou uma lágrima e eu limpei. - Pensei que tivesse feito amor com meu Rafa, mas não... Como está se sentindo? Acho que bem. A boba caiu como um patinho! Agora o príncipe do sertanejo está solteiro, pode voltar a mostrar que é o fodão... Boa sorte nessa nova fase, cantor. - fui até a porta. - Até nunca mais! - o olhei e ele não me encarava. - Ah, só mais uma coisa: usa camisinha. As putas que você vai pegar não acharão ruim ter um filho do Luan Santana. Fica a dica! - saí, batendo a porta com tudo.
Eu precisava disso. Precisava te perder, para poder encontrar meu amor próprio. E eu sei que amanhã ele estará aqui do meu lado, ocupando seu lugar. Mas posso falar só uma coisinha? Rapidinho? Enquanto meu amanhã não chega, deixa-me ficar quietinha, encolhidinha na cama, me deixa sentir um pouquinho de frio, no qual só o calor do seu corpo conseguiria aquecer, me deixa chorar pela a última vez (a última eu juro!) relembrando de novo da nossa história, que mesmo depois de tudo, foi a mais linda história de amor que eu já vivi. Agora deixa eu fechar meus olhos e tentar dormi,e esperar pelo meu amanhã que estar tão próximo.Mas não sai do meu lado enquanto não amanhecer,deixa eu continuar te sentindo aqui,me abraçando enquanto ainda é noite.
Tati Bernardi
Hello hello lindas! Desculpem a demora, estou sem internet. Tenho 3 capítulos prontos, glória irmãos? Glória! Espero que gostem, estou preparando muitas surpresas pra vocês. Um beijo e comentem!
Quero Maissss e se a Tata estiver engravidado nessa " última Transa " deles aí eu quero Maissss
ResponderExcluirQue capitulo foi esse senhooor?? Vontade de socar o Luan! Arrancar o luanjr cortar e assar pra comer.aff '*' não demora mais assim tataa TODA hora eu vinha olhar pra ver se tinha cap novo e me batia depressão! Continuuua logo bjjjs.
ResponderExcluir-Dani.
Eu sinceramente, estou me segurando pra não chorar na frente de todos que estão aqui, sério mesmo. Mas ta difícil, ainda mais por vc ter feito umas coisas dessa. Eu achava que agr tudo iria se resolver, que eles ia jogar na cara desse bando de babaca que o amor prevalece, mas a peste do Luan Rafael é cabeça dura demais e eu quero esganar ele.
ResponderExcluirA Tatá esta certa, ela não pode mais se rebaixar, msm shippando pra caramba esses dois eu quero é mais que o Luan tome vergonha na cara e se foda quando descobrir a verdade. Depois que ele sofrer mais um pouquinho correr atrás do prejuízo e tentar reconquistar a Tatá, que não pode perdoar facil e fazer doce kkkk
Não some assim mais não mulher, quase mata a gente do coração. Eu fiquei preocupada.
Bjs e continua logo
Não acredito nisso, que Luan cachorro vey 😣 posta mais um hoje nega.
ResponderExcluiragora o Luan tomou um choque de realidade
ResponderExcluirQuero eles juntos logo, quase chorei aqui... vontade de socar a cara do Luan
ResponderExcluirPara, para tudo que capitulo foi esse ? To chorando horres, meu deus como ele pode fazer isso com ela ? Safado, cachorro, que raiva do LUan. Posta mais, por favor 🙏🏼🙏🏼
ResponderExcluirvocê quer nos matar do coração ??
ResponderExcluirposta mais.
-Lais
Só preciso desabafar falando que chorei com esse capítulo pqp
ResponderExcluirCapítulo maravilhosoooooooooooo! Quero mais!!!
ResponderExcluirContt pelo amor de Deus ...
ResponderExcluirSe a raiva que sinto do Luan aumenta a cada capítulo ? Yes ! Velho muita sacanagem o que de fez , se não queria pra qte usou a menina sabendo que ainda existe sentimento? Affz vontade de socar a cara dele. Tomara que el a tenha ficado gravida , queria muito que isso acontecesse. Posta logo . *Lais
ResponderExcluirComo eu amo esse casal *-*
ResponderExcluirEsses dois juntos são tão ♡♡♡♡
Pq a vida não é só flores, vei? Pqqqqq
Manooooo, eu me arrepiei quando ele foi atrás dela
Mas que fdm
Luan foi cafajestão com a Tanara
Amei a superioridade dela diante da situação, falou todas as verdades que ela tava precisando falar e que o Luan tava precisando escutar.
#Continuaaa
Ass:Mona
CARACAAAAAA ! Oq foi isso Tata ! Eu achei q meu casal estava d volta :'( mas ñ :'( Luan foi um tremendo babaca e agora quero q ele sofra um pouco, ñ ñ eu quero q ele sofra SOFRA muito ! Tadinha da Tata :'( ! VC lacra!! VC é a melhor, a melhor juro! Amo dmais essa fic e já quero mais ! Pf Tata ñ dmora muito pra postar pq ta cada dia melhor e meu coração ñ vai aguenta esperar muito kkkk cont pf
ResponderExcluirEu n acredito q Luan fez isso com ela crlh. Eu quero muito, agora, nesse momento matar Luan. Mds que capítulo fod*!
ResponderExcluirContinuaaaa pelamor
Eu to passada com o Luan. Como ele pode fazer isso? Eu sei que ele ta magoado e com muita raiva dela, mas poxa fazer isso? Passou dos limites. Mais o que ela disse pra ele foi demais. E sabe o que eu acho? Eu acho é pouco. Agora ele toma um choque de realidade e acorda pra vida. Já quero o prox cap pra ver o que ele vai achar disso tudo que ela falou hahahaha! Necessito de mais caps. Bjoss!
ResponderExcluirMe fala que não foi meu Luan fazendo isso, não acredito que ele simplesmente usou ela. To com uma vontade de bater e ao mesmo tempo de cuidar pq ele deve ta sofrendo demais. Porém, eu to sofrendo muito mais e quero Lunara de volta e dessa vez quem vai atrás é o Luan descobrindo a verdade. Poxta logo Tatah
ResponderExcluirLaura Araujo
Eu preciso deles juntos de novo Tataaa! Juro pra você, eu nunca sofri tanto com um término em uma fic assim, eu incorporei a Tanara, entrei com tudo nessa história e fiz dela a minha também. Eu preciso dessa volta! Aaaaai senhor! Shshshh continua mulher! Beijo :*
ResponderExcluirLuan cafajeste, cachorro... Nossa, que raiva do Luan... Continuaaa
ResponderExcluirq nojo do luan cara agora eu n torço mais voltar n torço pra ele sofrer muito pra depois se puder ela perdoar pq o que ele fez foi uma baita de uma sacanagem,q raivaaaaaaaaaaaaaaa cont
ResponderExcluircátia
Vontade de socar a cara do Luan, como que ele faz isso ??
ResponderExcluirDê a volta por cima Tata ... Existe Caio Castro nesse mundo Linda hahah
@SonhoComOLuanS
Nossa a vontade que eu estou de bate no Luan ninguem imagina cara.
ResponderExcluirComo ele deve essa coraje cara q raiva.
Tatah tem que da a volta por cima e mesmo sofrendo mostra que esta bem.
Contt bjooos
Coooooooont pf
ResponderExcluirMeu Deus Tata já quero mais idiota do Luan burro tem que sofrer agora
ResponderExcluirPUTA QUE PARIU TANARA -- eu tinha lido o início mais n sabia que seria assim meu Deus :0 -- o Luan ta MT babaca pqp, o que custa escutar?? Já quero o 88 pq eu sei e vi que você tem, posta logo caraaaan pelo o amor de God
ResponderExcluirgostaria de saber o pq a senhorita gosta tanto de me fazer chorar com esses dois em?! ou é pq to muito emotiva?? mas enfim quando pensei q a coisa ia se resolver e BOMBAAA não foi dessa vez, mas sei q viram capitulos q ira me surpreender como todos ne?! demora postar não ta?!! bjus
ResponderExcluirContinua, posta por favor eu to adorando!
ResponderExcluirAgora e sério. Porra chorei com esse final���� Vontade de socar a cara do Luan não falta....
ResponderExcluirAgora e sério. Porra chorei com esse final���� Vontade de socar a cara do Luan não falta....
ResponderExcluirMulher de Deus
ResponderExcluirPosta logo que vou viajar e vou ficar sem internet ����
Oi vadia, pode postar mais!
ResponderExcluirOu você acha que tem esse direito de postar uma vez no mês?! Anda fia, agiliza, quero Luan sofrendo arrependido, cachorro, tomara que pegue doença no pinto!
Miih
Fanfic lacradora..Aproveitar que ta com Internet e posta esses capítulos prontos..Continua
ResponderExcluirJá acabou Tanara? Kkkkkk
ResponderExcluirMulher, que foi isso? Tô no chão. Essa recaída aí apaixonante ❤❤ E esse baleia que só faz merda? Tadinha da Tata!
Anseio/Necessito/Almejo/Quero/Preciso/Imploro pela continuação...
Pra finalizar: ARRASOUUUUUUUU!
Não acredito que ele fez isso. Luan foi um babaca ���� Tadinha da tatá �� continuaa/ Alicia
ResponderExcluirCoooooont pf Tata
ResponderExcluirContinua
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